sexta-feira, 15 de julho de 2011

Switched at Birth - 01x06 - The Persistence of Memory

Um episódio que em 40 minutos nos faz mudar o modo de olhar para a sociedade e nos emocionar ao extremo.
© ABC Family / Reprodução
Todo o drama familiar, as peculiaridades tanto dos Kennish quanto das Vasquez, a briga e a rixa entre as famílias e todo o falatório tradicional que consagraram a série estão sempre presentes, mas quando o drama pessoal e os preconceitos envolvidos à Daphne pintam, fizeram este episódio ser o melhor da summer season.

Era claro que uma hora a série deveria se basear na história e na barra da personagem de Kate Leclerc, e o que poderia soar como clichê, acabou funcionando de uma forma brilhante, sem apelar e sem assistencialismo barato, sendo fiel a qualidade até agora imposta pela série e fundamental para dar um banho de água gelada nesta sociedade vil em que vivemos.

Sem muitas tramoias, sem muito oba-oba, sem expectativas exorbitantes, Switched at Birth pode não ter o melhor elenco do mundo, pode não ser a melhor série da atualidade, pode não ter um roteiro perfeito, mas é sempre excelente dentro do que pretende fazer e no que faz.

O drama de Daphne, o seu depoimento sobre sua infância, toda a sequência na escola nos faz pensar muito em todo o seu dilema. Ver a garota exposta a tantos sentimentos ruins e barreiras, e não conseguir encarar foi uma barra em tanto, principalmente começando a partir de zombamentos por conta de sua condição e incentivado mais ainda por conta de um acidente no laboratório de culinária.

O interessante também foi ver Wilke misturado a isto tudo. Tudo bem que ele tem lá suas más relações, o negócio do pôquer e outros problemas a serem ditos mais abaixo, mas foi bonito ver ele apoiando a garota em uma situação completamente delicada.

Funcionaram como um bom casal, ele evitando que ela fosse atropelada, retrucando as pessoas a quem tiravam sarro da menina. Wilke fez bem a Daph que precisava de um bom par e o Lewis não era o suficientemente bom para tal, e depois desse episódio Austin Butler meio que mudou minha opinião sobre ele.
© ABC Family / Reprodução
Mas a marca do episódio e o ponto de emoção extrema ocorreu, principalmente, em dois pontos: Daphne se abrindo e contando sua experiência para a Bay e Kathryn e seu momento com Regina. Foi lindo o discurso "pró-surdo" feito pela personagem latina, e foi mais lindo ainda que não passou de apenas uma discussão e que Kathryn acabou mudando seu modo de pensar e agir.

Ver a Sra. Kennish executando a linguagem de sinais me arrepiou de tal forma como nunca ocorrido antes com a série e foi tão lindo quanto Daphne falando como acabou conhecendo Emmett e como ele a defendera.

Emmett que me surpreendeu e acabou funcionando bem melhor como um par para a Bay. Ele fazendo suas descobertas sobre o paradeiro do pai da menina e nos divertindo com o "jogo de mímica". Fato é que Bay é a única que mergulhou fundo no que queria e o que seria apenas uma história a mais na série, acabou fazendo com que seja um algo a mais.

E dentre tudo isso, ainda nos resta Toby, que, desesperado, teve de roubar um teste de Química para vender na escola a mando de Wilke, e John Kennish e o processo contra o hospital. O que realmente me preocupa pelo fato de o hospital ter removido a oferta de acordo e ter descoberto alguma prova contundente em relação à troca na maternidade.

Mas isso e um pouco mais é para momentos futuros. No dia em que Switched at Birth fez meus olhos calejarem por lágrimas, fico feliz por termos algo assim em exibição nesta época do ano. Resta esperarmos pelos próximos episódios e torcer pela beleza desta série.

0 comentários :

Postar um comentário