Cachorro comendo bolsas e MMA muito menos sangrento, é por isso que eu amo As Brasileiras.
Devido alguns problemas comigo, acabei meio que acumulando um episódio (justo o de titia Ivete, pode não...), então por isto, neste texto, resumiremos dois episódios desta vez. O primeiro, "A Desastrada de Salvador", estrelado por Ivete Sangalo e que, em minha opinião (e com dor no coração), foi um pouco inferior aos anteriores.
Raquel, personagem da cantora baiana, é linda, maravilhosa e genuína, em mesmas proporções que é atrapalhada e completamente desorganizada. A história traça um ponto bastante próximo a realidade, tentando implementar através de elementos sutis essa característica de proximidade ao telespectador.
O problema, no entanto, foi a apelação dos atores ao recurso conveniente de atuação de novelas, com expressões estereotipadas e feições além do que a proposta da série pede. Outro problema foi o fato de Ivete Sangalo não ser atriz, forçando sua atuação em determinados momentos que soaram forçada dentro da proposta de roteiro.
No mais, o episódio abusou de elementos simples e que acabaram servindo de forma positiva para a trama. O texto foi simples e raso na medida em que não podia-se utilizar de conceitos e bases vindas da atriz, e mesmo assim foi basicamente leve e interessante.
Já em "A Culpada de BH", preciso dizer que ocorreu exatamente o contrário. Foi um dos episódios que eu mais gostei e que mais aguardava, mesmo não sendo mineiro. Sou fã do trabalho de Ísis Valverde desde Sinhá Moça, mas preciso dizer também que o roteiro foi basicamente previsível.
Ísis Valverde interpretou Catarina, uma jovem de fama por ser azarada e que acaba sempre se envolvendo em situações estabanadas, que acredita em príncipe encantado e estava a esperar por ele. Numa das situações curiosas de Catarina, ela acaba conhecendo Vitório (Humberto Martins), com quem acabaria se envolvendo e indo para...
... O "The Ultimate Fucking". Sério, o roteirista que teve esta ideia precisa ser premiado com muitos louros de ouro, porque eu ri litros da sacada logo em primeiro momento e mais ainda com a sequência apresentada de luta em seguida.
A cena em si acabou funcionando perfeitamente, encaixou-se na história sem parecer caricata e muito menos apelativa. Uma sutileza, nem tão sutil assim, que funcionou perfeitamente para o episódio. O único problema foi o twist, que ao todo foi previsível, mas compreensível dentro do roteiro.
O Vitório morto era o Vitório Pai, não o Vitório de Catarina, aquele qual ela rolou e se enrolou no octógono entre quatro paredes (!). O roteiro soou mais previsível ainda quando a personagem que fez a viúva da ocasião explica que ele era um médico analista de doenças relacionadas ao sono.
Foi compreensível a necessidade dessa finalização simples para que a história pudesse surtir o mesmo efeito como as demais anteriores surtiram. Uma coisa ainda sobre este episódio, adorei as roommates de Catarina, trollando o não-morto Vitório e se desesperando quando ele se mexeu. Muito bom.
O episódio "A Desastrada de Salvador" teve roteiros de Sylvio Gonçalves e direção de Chris D'Amato. Já o episódio "A Culpada de BH" teve roteirização de Clarice Falcão e Márcio Alemão, e direção de Tizuka Yamazaki. O próximo episódio a ir ao ar na próxima quinta é "A Fofoqueira de Porto Alegre", estrelado pela apresentadora Xuxa Meneghel.
P.S.: Por ser review de dois episódios distintos, eu não pude entrar em muitos detalhes, mas semana que vem (se Deus quiser) voltamos com a publicação normal.
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