Um rei a menos na busca pelo Trono de Ferro.
Depois de plantar algumas dúvidas com o episódio passado, Game of Thrones apresenta um episódio
relativamente bom, apesar de gasto excessivo de tempo com diálogos e cenas
não-funcionais neste momento da série.
A grande dúvida que assombrou a todos com o Monstro das Sombras gerado
por Melisandre não foi resolvida ou explicada, mas a primeira vítima da
criatura já foi feita, o que dá um ganho para as forças de Stannis.
O bichinho decidiu ir lá e matar Renly Baratheon, o irmão caçula de
Stannis e do finado Robert, em frente à Brienne e Catelyn Stark. Uma coisa que
ainda não entendo é o que impede de Melisandre mandar o monstro assassinar
todos os aspirantes ao Trono, claro, porque não foi apresentado nenhuma
limitação ou impedimento para tal.
O problema ficou para Robb, que viu uma proposta de acordo ir por água
abaixo, logo após Renly concordar que ele tenha o controle das terras do norte
e ostente o título de Rei do Norte, desde que ele fique com o Trono de Ferro,
caso vençam a guerra.
O gigantesco exército de Renly se uniu à Stannis, com exceção da Casa
Tyrell, que saiu a francesa por creditar a morte de Renly ao irmão, e Brienne,
assim como Catelyn tiveram também seu nome envolvido como possível assassina do
Baratheon.
Brienne se juramentando à Lady Stark foi uma cena muito bacana e com
forte carga emocional, gosto da interação das duas e é uma grande adição para
Catelyn ter uma guarda-costas como Brienne, agora com as duas voltando para
Winterfell e um ataque eminente a caminho.
Bran e Rickon, mesmo com todos os homens de Winterfell ali juntos, não
conseguirão parar e defender os portões da cidade por um ataque de Theon
Greyjoy, que está mais preocupado em mostrar serventia a seu pai com um bando
de carniceiros indo atacar uma casa defendida pelos Stark.
Uma coisa a ficar atenta é a expressão de preocupação que Osha faz ao
ouvir o sonho de Bran, narrando a inundação da cidade e mais uma vez o tal
corvo dos três olhos.
A melhor cena do episódio, como rotina, ficou com Tyrion Lannister, a
Mão do Rei, que tentou arrancar informações de seu primo que anda fazendo sexo
com Cersei, sua irmã, e protagonizou um momento hilário em Porto Real ao
perceber que o “macaco demoníaco” escrachado em praça pública era uma metáfora
a ele.
Tyrion tem mesmo de ficar receoso com o povo, uma vez que eles acreditam
que é a Mão quem manipula as ações inconsequentes e descabidas de Joffrey.
Agora, ele também está ciente da produção de “fogovivo” (wildfire) a mando de Cersei e já fez o favor de tomar as rédeas da
produção para si, uma vez que uma faísca pode provocar a queima da cidade
inteira.
Outra que anda dispensando elogios é Arya, a selvagem garota Stark é
puro amor, mesmo enfrentando Tywin Lannister. A cena em que o seu senhorio e a
garota dialogam a respeito da origem dela foi intensa e muito boa, aqui sim um
diálogo proveitoso.
Outra cena interessante de Arya é com Jaqen H’ghar, que lhe ofereceu a
oportunidade de dizer três nomes para a morte, por ter salvado a vida de três
homens. Ele diz: “O Deus Vermelho pega o que é dele, garota
adorável. E só a morte pode pagar pela vida. Você salvou a mim e aos outros
dois. Roubou 3 mortes do Deus Vermelho. Precisamos devolvê-las”.
O primeiro a
morrer é Cócegas, àquele que era responsável pelas torturas em Harrenhal. A
minha única ressalva é por quem Arya tem escolhido para morrer, acho que ela
poderia muito bem dizer nomes que sejam de importância durante esse jogo pelo
Trono.
Daenerys finalmente conseguiu fazer os seus bichinhos de estimação
comerem, gostei de ver a coisa finalmente acontecendo e Dargarys, um de seus
dragões, comendo. Agora, Danny vai precisar ficar atenta, serão muitos
interessados em seus dragões e Xaro Xhoan Daxos é certamente um destes.
Ele a pediu em casamento para garantir o Trono de Fogo para ela, e
consequentemente Westeros inteira para ele, como Rei. Melhor momento em Qarth?
Ver Sor Jorah tentar impedir os dothraki de roubar as coisas da cidade. Ri
litros com isto.
E a parte menos importante porque nada acontece: Snow e companhia, além
da Muralha. É desperdiçada boa parte do episódio com diálogos e cenas
cansativas e sem propósito prático dentro da trama da série, por mais que falem
que um dia isto será importante, não consigo comprar o fato ou entender por que
eu tenho de aturar tanta lentidão com um arco tão chato. Se não fosse por isto,
talvez aí sim eu pudesse considerar que Game
of Thrones é a melhor série de todos os tempos.
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