Uma questão de tempo.
O título do
episódio foi tão pontual e preciso para narrar o que ocorreu com este episódio
de Continuum que acho que não precisarei me alongar muito com as minhas
condolências de ter assistido a um episódio com um potencial tão grande que
caiu no marasmo de produções procedurais.
Sim, a série caiu
no marasmo e não soube aproveitar seu tempo de tela por falta de competência ao
tentar criar uma história e ter de preencher os minutos restantes com alguma
coisa inútil e que tivesse uma relação com Kiera e o futuro, nem que pra isso
eles precisassem inventar do nada.
A sensação que tive
foi que eles traçaram um plano para a temporada, mas esqueceram-se de que a
série tem 40 minutos de episódio e que alguns deles tem história que seriam
levemente compactadas na metade do tempo.
Estava gostando de
Continuum apesar de seu ritmo um pouco instável, mas não consegui sequer dar a
importância devida para o retorno, esperado e previsível desde o piloto, de
Edouard Kagame, o poderoso chefão da Liber8.
Fato é que eles
tinham em mente uma coisa e se viram com muito tempo em aberto, então, como
eles acham que o público não iria se importar, implementaram uma história
avulsa, sem qualquer conexão com a trama central e estragaram o desenvolvimento
que a série deveria ter atingido neste episódio.
Houve uma
declaração de guerra, mas quem conseguiu se importar depois de ver 40 minutos
desperdiçados (ok, apenas 2/3 do episódio, que é muito) com muita ladainha e
pouquíssima importância prática para a mitologia da série.
O cara morreu, o
seu assistente foi preso, estava trepando com a ex-chefe e ambos conspiraram
para a morte dele, mas Kiera alegou que ela seria importante no futuro com a
criação de energia limpa e decidiu livrá-la da acusação de homicídio. Brincando
de Deus como Alec bem disse, mas o mesmo Alec em 60 anos vai assinar um
contrato com a empresa que a vadia assassina fundou. Lição de moral pra quê
mesmo?
Em um parágrafo
resumi uma investigação inteira que não levou a lugar nenhum. Agora, a
importância estava no retorno de Kagame, ele brincou um pouquinho com a Kiera
no recinto espiritual (seja lá qual for o nome) e declarou uma guerra. Coisa
que seria resumida em pouco mais de cinco minutos.
Ainda não entendo o
uso da maconha pelos terroristas da Liber8, assim como foi só desculpa para
preencher o tempo do episódio, bem como a relação de Travis e da Rainha de
Copas.
Continuum tem um
potencial muito grande e está desperdiçando-o, transformou uma “regularidade”
na história em um arco procedural e não foi eficaz no episódio. O roteiro foi
infeliz e caiu muito em comparação aos anteriores. Neste momento, acho que nem
a Protetora poderá salvar a série de um final insatisfatório.
P.S.: Finalmente a Kiera conheceu pessoalmente o Alec, que decidiu que vai consertar sua roupa super high-tech e ainda deu uma lição de moral. Esperava mais.
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