Foi de partir o coração.
E o que falar sobre um episódio que eu realmente fiquei curioso com o que estava para acontecer. A nossa tia sádica do Ryan Murphy simplesmente te insere na trama e te faz sentir a dorzinha de cada um dos personagens - ou daqueles pelo qual você demonstra empatia - e rói seus sentimentos sem dó e nem piedade. Pois é, eu disse que ele era um sádico megalomaníaco.
Glee essa semana, antes de seu leve e tradicional hiato de 4 semanas que antecede a transmissão dos seus últimos episódios do ano, nos faz chorar, claro, mas o mais importante: nos faz lembrar. Nos lembra de momentos que foram importantes para cada um dos personagens, as criações dos casais, inclusive intercalando com vídeos de temporadas passadas, principalmente da temporada de estreia.
É curioso ver como Glee passou de uma série basicamente sobre adolescentes perdedores caricatos e cheios de trejeitos clichês para uma trama com um drama bem dosado e que sabe dosar o tempo e a nova fase e personalidade adquirida pelos personagens. Sim, é curioso ver como a série cresceu junto com seus personagens, como amadureceu junto as adversidades e os problemas. Me sentindo poético hoje.
Foi um episódio doído, no sentido bom da coisa, ou não. O que quero dizer é que este episódio conseguiu carregar bem o drama de cada núcleo, principalmente dos três casais centrais nessa semana. Finnchel, Brittana e Klaine tomaram decisões, decisões em circunstâncias mais dolorosas ainda e que os levaram a caminhos de mais dor. Ok, agora eu soei depressivo, mas foi assim mesmo que fiquei depois de ver ao episódio.
A separação do Finnchel - que eu torcia desde o começo desse rolo/namoro/noivado, enfim - começa se materializar desde o momento que o Finn abre a porta, é óbvio, encontrando Rachel com um "amigo" - quem falou que não existe "amizade com benefícios"? -, e depois de narrar sua expulsão trágica do exército e seu mimimi de "não saber o que quer ser da vida", ver a sua namorada cantar numa euforia "Give Your Heart a Break" é praticamente um sinal.
O problema mesmo é quando Rachel assume que beijou o menino Brody. Claro que ela se sentia culpada, mas foi o Finn quem a colocou numa estação de trem com a intenção dela "se encontrar", foi ele quem não mandou notícias durante quatro meses. Mas ela agarrou o Brody. Enfim, a discussão de relacionamento com o verdadeiro rompimento no palco do anfiteatro do McKinley High, de volta a Lima, foi... Argh. Ainda mais com as palavras da Rachel ressoando o ouvido dele...
"You are my first love, and I want more than anything for you to be my last love, but I can’t do this anymore. We’re done."
Já a situação do meu amado Brittana foi algo mais sensitivo. É claro que mesmo em momentos sérios Brittany consegue te arrancar um sorriso, apontando pra garota surtando e dizendo que estava daquele jeito sem Santana - quem não ficaria daquele jeito sem Naya Rivera, meu Brasil? - e de uma declaração linda com outra interpretação fantástica com "Mine", mas o assunto também era sério.
Tudo bem que Santana não quer ter aquele tipo de relação a distância em que alguma das duas iria quebrar a cara pela outra traí-la - assunto para o próximo bloco, aguarde -, e mesmo sob os protestos de Brittany que dizia que nunca traiu ou trairia Santana, vimos uma pausa, algo que ela classificou que não era um rompimento. Se é que deu pra entender.
Mas eu realmente fiquei com pena de Kurt, ou como eu e Sue Sylvester preferimos chamá-lo: Porcelana. Esse sim sofreu de algo que Santana temia sofrer ou fazer Brittany sofrer. Ele ouviu de Blaine, depois de uma tocante e absolutamente sensacional performance acústica de "Teenage Dream" (música que ele cantou no primeiro encontro deles na Dalton Academy), que ele estava saindo com outra pessoa. A desculpa do trabalho sendo o principal causador da separação, que o Kurt estava dando atenção demasiada a Vogue e tudo mais.
E as canções estavam perfeitas. Além das já citadas, "Don't Speak", ainda em Nova Iorque, com toda a situação ali criada foi muito bacana, assim como "The Scientist", encerrando o episódio com flashbacks. Cenas de momentos felizes de todos os casais, inclusive Will e Emma, que também passavam por uma turbulência neste episódio, mas que, sabe como é, não possui aquele destaque como os outros casais.
Também tivemos a separação de Kitty e Jake, mas quem se importa mesmo? Ah, só aqueles que querem ver logo o menino agarrando a lindinha da Marley. Enfim.
Glee retorna agora apenas dia 8 de novembro para exibição de novos episódios, até lá, vamos nos martirizando e chorando no cantinho, porque Ryan Murphy partiu nossos corações. Mas sem tentar suicídio, ok? Se é pra alguém morrer que seja o Ryan Murphy, ou talvez não, porque daí quem cuidaria de Glee... Que seja, até o retorno, bitches.
P.S.1: Sei que vai ter gente que vai querer me comer vivo por conta da review grande, mas qual é? Vou ficar mais de um mês sem falar de Glee, deixa eu expressar minha raiva por Ryan Murphy... de novo!
P.S.2: Quer dizer que teremos especial de Grease? Minha mãe já disse que já ama.
Músicas do episódio:
- "Barelly Breathing", de Duncan Sheik, interpretada por Finn Hudson (Cory Monteith);
- "Give Your Heart a Break", de Demi Lovato, interpretada por Rachel Berry (Lea Michele) e Brody Weston (Dean Geyer);
- "Teenage Dream", de Katy Perry, interpretada em versão acústica por Blaine Anderson (Darren Criss);
- "Don't Speak", de No Doubt, interpretada por Finn Hudson, Rachel Berry, Blaine Anderson e Kurt Hummel (Chris Colfer);
- "Mine", de Taylor Swift, interpretada por Santana Lopez (Naya Rivera);
- "The Scientist", de Coldplay, interpretada por Finn Hudson, Rachel Berry, Blaine Anderson, Kurt Hummel, Santana Lopez, Brittany S. Pearce (Heather Morris), William "Schue" Schuester (Matthew Morrison) e Emma Pillsbury (Jayma Mays).
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