terça-feira, 9 de outubro de 2012

Revolution - 01x04 - The Plague Dogs

Diário de sobrevivência de sequestros, capítulo 37: Sou linda e consigo desviar de flechas bancando o João Bobo.

Mais um episódio daqueles de Revolution que te deixa de cabelo em pé se perguntando "sobre o que era essa série mesmo", quando surge cachorros do nada, sequestradores avulsos e muita impertinência e burrice por metro quadrado, afligindo a pelo menos 90% do cast principal. Eu falei, a água oxigenada de Charlinda é contagiante.

Incrível ver que enquanto eu estava viajando com o "previously..." e troca para cenas de Charlie, essa linda, que sai correndo no meio do mato, com um moço da milícia cheio da malícia pra querer ter sua comidinha e aquela cena de tensão como se não soubéssemos que titio Miles estaria ali em questões de segundos.

Tem alguns mistérios realmente incoerentes com a proposta da série que estão apenas inseridos pra gente que é muito fã bomba sair explodindo em reviews falando "gente, é mirabolante", ou então "que isso, é muito foda", ou ainda "explodiu minha cabeça". Desculpa, eu não compro plot simplório achando mirabolante e que tudo fará um sentido escomunal e brilhante no fim.

Acho até bastante cômodo a série montar uma identidade misteriosa pra tito Miles, escondendo seu passado como se ninguém soubesse que ele foi/é/era/ainda é/será/continuará sendo megaevil em escalas que nem Capitão Neville consegue, se bem que duvido que alguém consiga comprar Esposito como megaevil, fazendo carão.

Acho mais cômodo ainda ver que tudo indica que a série se encaminhe para uma resolução voltada em Rachel, a mãe dos dois pentelhos que protagonizam essa série. Parece que essa mulher sabe o segredo e será quem dará as respostas e que isso só ocorra depois de um encontro cheio de emoção transbordado pela interpretação de Charlinda, sinta a ironia.

O direcionamento do episódio foi ainda mais avulso, com toda a história dos cachorros, do Nate que não é Nate, a facada na perna de Maggie e o sequestro da Charlie. Em partes, o cara querer matar Maggie porque acertou uma flecha da besta da Charlie (da arma, não a pessoa, se bem que dá na mesma, enfim) em um dos cãos dele, fiz cara de nojinho, mas superei.

O que não superei foi o Aaron ser mordido na perna e sequer mancar depois disso, sem contar na sua corrida que supera Usain Bolt nos 200m com barreira. Se é que ele corre essa maldita prova. Assim como o cara entrar no restaurante sem ninguém ver, raptar Charlinda e o Aaron se bastar a gritar feito uma gazela. Me pergunto por que não soltou o Nate que não é Nate antes, assim ela não ia para o cativeiro com uma flecha apontada na cabeça e ter que ficar balançando feito um João Bobo para conseguir desviar em cima da hora do tiro disparado por titio Miles abrir a porta.

Por fim, temos duas perdas nessa compilação. O sequestrador avulso e Maggie. Mas quem se importa, se eles colocam mamãe Rachel em um flashback repetido de ângulos diferentes, se encontrando com o Miles e sentenciando seu cárcere privado até hoje nas mãos de Monroe. Aliás, quem se importa com cliffhanger quando se tem Danny e Capitão Neville trocando experiências acaloradas em um porão qualquer?

Por essas e outras que eu prefiro os megaevil. Capitão Neville conta uma historinha depois de ficar preso por uma viga de madeira, deixando Danny livre pra voar e voltar a pousar no ninho de sua irmãzinha linda, mas que isso, ele precisa ficar com aquele peso na consciência, salvar o cara e depois se fuder lindamente sendo aprisionado no segundo seguinte. Palmas lentas pra você Danny. Palmas lentas para Revolution. Palmas lentas para mim. Até semana que vem, porque essa comédia eu não perco nem se me pagarem pra isso.

P.S.1: E não, eu não sou sadomasoquista.
P.S.2: Episódio só fica bom nas cenas em que o Miles manda Charlinda calar a boca, por quê, hein Brasil?
P.S.3: Review dedicado a linda da Laysa Zanetti, que conseguiu amar a trollação básica da semana passada. 2bjs pra ela.

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