terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

American Idol - 12x11 - Las Vegas Round, Part 1

Os rounds mais broxantes da temporada.

Em diferentes formas da expressão "broxante", é o que eu consigo resumir se alguém pedisse para narrar estes dois episódios com duas horas cada em apenas uma única palavra. Muita gente avulsa que não teve seu airtiming, gente que apareceu em tela e ainda assim decepcionou e quase nenhuma performance realmente boa (quando eu digo boa, digo em sua total expressão, não apenas uma performance regular ou um pouquinho superior aos outros coleguinhas adversários, por favor).

Neste round, divido em quatro partes (duas para os rapazes, duas para as moças), os candidatos foram divididos em grupos de 10, depois da apresentação de cada candidato, os jurados já lhes davam um feedback prévio sobre o que acharam da performance, mas apenas após a apresentação de todos os 10 que a coisa ficava mais interessante, quer dizer...

Deveria ficar mais interessante, com o que eles chamaram de "Sudden Deaths" (equivalente às "Instant Eliminations" da segunda temporada do The Voice US), os jurados em sua plenitude de poder no painel, escolheriam os 5 que avançariam e 5 que seriam eliminados de cada grupo. Caso existisse alguma dúvida entre o painel, formado por Jackson, Carey, Urban e Minaj, eles seriam obrigados a chamar um "Tie Breaker", com a ajudinha do Jimmy Iovine, presidente e produtor musical da Interscope Records, responsável pela produção musical dos candidatos durante a temporada e o possível gerente do grande vencedor deste ano (assim como é de Phillip Phillips, vencedor da temporada passada).

O grande problema foi, no entanto, o mal uso do tempo e uma fórmula relativamente tosca de eliminação. Quer dizer, assim como no que foi carinhosamente chamado "O Corredor da Morte" das duas últimas temporadas (o Final Judgement), cada um, separadamente, recebia o veredicto, o problema é que não havia nenhuma emoção na revelação, coisa que sobrava nos Finals Judgement.

Mas quem dera o problema só ficasse por aí. Com série de escolhas de músicas erradas e produção porca de arranjo e desenvolvimento musical pela banda liderada pelo Ray Chew, com as canções parecendo versões baratas de karaokê, ambos os programas foram fúnebres e terríveis de serem vistos - e ouvidos.

Vamos dividir os blocos agora de comentário pela ordem apresentada (e por gênero, devido a própria divisão natural do programa), e os vídeos de cada apresentação podem ser conferidos através dos links no final de cada um dos blocos.

GIRLS | PARTE 1
A noite foi aberta por Jenny Beth Willis, que apresentou uma performance relativamente fraca, com vocais fora de ritmo e com umas variações esquisitas, onde, eu confesso, ter sido culpa do nervosismo de abrir a noite e ainda se apresentar para uma plateia de 1500 pessoas. Mas não a absolve de cometer o erro de uma escolha errada ao apostar em "Heaven, Heartache and the Power of Love" como sua song-choice. Em seguida, foi a vez de Tenna Torres, que cantou "Soulmate", da Natasha Bedingfield, e acabou me surpreendendo com um controle até positivo, depois do fiasco do group round em Hollywood, onde parecia que era uma esquilete de Alvin e os Esquilos. Porém, a canção acabou se tornando grande demais para os vocais da moça, que demonstrou uma limitação no trecho final e, ainda por cima, foi tão empolgante quanto uma dose de sonífero.

Depois de duas apresentações fracas, Adriana Latonio seguiu as performances da noite com um clássico de Aretha Franklin e foi aí que menina Ade acertou. Foi bem na escolha e conseguiu encaixar seu tom vocal e empregá-lo a canção. Foi a única, entre as três primeiras, que demonstrou força e caráter próprio, além de bons vocais. Controle no ponto, com uma ou outra variação negativa, mas nada a se preocupar. Daí veio Brandy Hotard, mas aí eu lembro que se fosse para ter uma Brandy nessa fase, o sobrenome dela seria Neelly (desculpa mundo, não superei a eliminação dela). Faltou atitude, faltou voz, faltou talento, sobrou beleza (ok, parei). Foi ruim, fraco e entediante. Foi como olhar pra uma apresentação da Lana Del Rey: bonitinha, canta de forma ok, mas que parece música de ninar.

Só que tinha alguém pra animar um pouco as coisas, e esse alguém é uma da minha listinha das cinco mais desse Top 20 feminino: Shubha Vedula. Shubha cantou e bateu cabelo em "Born This Way", começou demonstrando controle e extensão no piano, mas perdeu os vocais ao tentar impor coreografia ao acelerar a canção com um arranjo, no mínimo, esquisito. Só que, pra mim, não só por ela ser uma das minhas favoritas, Shubha trouxe algo que nenhuma das antecessoras trouxe: carisma, energia e entrega (mesmo que o resultado final não tenha sido dos mais benéficos). Mas Kamaria Ousley queria a todo modo o posto de pior da noite, então encerro meus comentários dizendo: parabéns, você conseguiu!

Mas tinha alguém que queria roubar a noite, aliás, tem roubado os holofotes desde a semana passada: Kree Harrison. Pegando uma música que, pra mim, nunca será superada por alguém que não seja Crystal Bowersox, ela me surpreendeu. Vocais fortes, no ponto, demonstrando controle e extensão na medida certa e com intensidade emocional. Ouso dizer ser a melhor da noite. Mesmo que pra isso eu vá contra meus princípios de exaltar o #TeamAngela até a morte. Angela Miller, nesta semana, pegou uma música da Jessie J (outra, por sinal) e mostrou o melhor domínio de palco, mesmo que tenha apresentado um ou outro problema vocal, fez o suficiente para se garantir na próxima fase. #GoAngela

E daí vem Isabelle, que é tão indecisa e não sabe que nome escolher (lembrando que ela se chama Christina), mas que sempre me lembra Erika Van Pelt na temporada passada. Erika era uma artista completa, tão bem formada quanto Kelly Clarkson, mas não conseguia engatar uma conexão com o público (diferentemente da KC). Ela fez uma apresentação regular, com voz forte, mas nada surpreendente. O total oposto de Amber Holcomb, que foi uma baita surpresa, com um dos melhores vocais da noite (apesar de não me agradar o timbre - mas isso é um problema pessoal). Ela conseguiu demonstrar sua variedade vocal, mas fiquei com a sensação de deriva e totalmente antiquada, mas superemos por enquanto.

RESULTS
Se eu fosse o único jurado e responsável pelas eliminações, eu teria escolhido por Kree, Amber, Angela, Adriana e Shubha (em ordem da melhor para a menos melhor, digamos assim), mas não é bem assim. Kree, Amber e Angela estavam garantidas, era óbvio, com a adição de Tenna Torres, sobrava apenas um banquinho (#RaulGilFeelings) e duas fortes candidatas. Ou era Adriana, ou era Shubha. Os jurados optaram por Adriana, eliminando assim Shubha, que eu espero, torço e rezo para vê-la na próxima temporada mostrando para os jurados o talento que eles desperdiçaram.

VÍDEOS

RESULTADOS: PARTE 1 | PARTE 2

Depois das 10 apresentações do primeiro grupo de garotas, o dia seguinte foi dos rapazes, mas isso fica para daqui a pouco, com a sequência deste texto. Que pode ser conferida logo abaixo:

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