sábado, 9 de fevereiro de 2013

Being Human US - 03x04 - I'm So Lonesome I Could Die

Aidan, o eterno forever alone.

Era uma vez Rebecca. E depois foi-se Bishop. Logo em seguida acabou-se indo Suren. E mais recentemente se foi Henry. Pois é, todos que cruzam o caminho de Aidan parece ter um fatídico destino nas mãos: a morte. Não importa se é com uma estaca no coração ou se foi por beber de um sangue contaminado, todos que se envolveram com Aidan acabaram no mesmo bote: aquele rumo ao limbo.

Em um episódio em que a estrutura questiona e enfoca todas as prioridades do Aidan, Being Human se mostrou mais humana do que nunca para o "último vampiro de Boston" (pelo menos o último até que provem o contrário). Aqui, a questão a ser tratada não estava apenas na simplicidade de lidar ou não com a morte de alguém próximo, mas talvez o dilema de entrar em estado de mártir e acreditar que sempre estará sozinho.

Contudo, Aidan não está, nunca esteve e nunca estará sozinho. E Sally é esse componente importante pra mostrar o quanto ela e Josh já se dedicaram e abdicaram, muitas vezes, das próprias escolhas para priorizar as dele. A morte de Henry e seu processo de luto através da inevitável morte dele lhe carrega sentimento de culpa. Infundada, afinal, a decisão de drenar sangue contaminado foi do próprio Henry, por mais que tudo tenha começado no momento em que Aidan libertou Emma.

Mas, com isso, ganhamos tempo pra desenvolverem e aprofundarem a história entre Aidan e Sally. A ex-fantasma-agora-quase-zumbi-revivida se esforça pra fazê-lo superar a dor da perda. A dinâmica dos dois funciona perfeitamente. A preocupação dela tentando compreender o ponto de negligência dele  é completamente sensacional.

"Você quer morrer?", Sally pergunta. E ninguém pode entender melhor de morte do que ela. Talvez por isso que eu tenha sentido um discurso eloquente e extremamente verdadeiro por parte dela ao indagá-lo segurando uma estaca quase no coração dele. E a impressão que fica é que Aidan começa a ter um interesse romântico (e esperado, de fato) em Sally, mas um interesse que deverá ser disputado.

Pois é, depois de discutir questões sobre uma identidade nova pra Sally, afinal, ela está oficialmente morta e se quer ter uma nova vida sendo humana necessita de uma nova identidade, ela foi parar na funerária que encontrou o espírito do Trent, e por lá acabou encontrando um emprego. E é certo dizer que o rapaz, Max, está na dela.

Em um arco completamente desconexo, tivemos Josh e Nora, além da nova "house guest", Erin. Nora, no aniversário de sua mãe, quis manter Josh longe da sua família esquisita, mas todos conhecemos Josh e sabemos que nunca que ela conseguiria. E assim vão parar os três lá, afinal, depois da festinha do Sr. Crepúsculo, Nora não confia em ninguém pra ficar de olho em Erin.

Josh estava empenhado a pedir a mão de Nora em casamento, mas claro, como bom partido, foi pedir autorização para o sogro e, confesso, até eu fiquei desconfortável vendo a cena. Desconfortável também por Nora, por ter de ouvir falar de Will, seu ex-noivo megaevil que, mesmo ela não sendo chuva para música da Adele, ateou fogo na moça. Os fortes entenderão.

Nesse diálogo, acabamos descobrindo que Nora não matou apenas Will, mas sim também à Brynn (graças a Deus, desculpa, eu não ia aguentar outra participação da Tracy Spiridakos, atriz ruim que fique em Revolution), questionando, mais uma vez, a questão da culpa, tão pontuada neste episódio.

Mas a culpa, ou talvez a falta dela, é o que nos leva a ação de Erin, deixar se levar pelo irmão de Nora, RJ, e acabarem se pegando no quarto da moça, desencadeando uma briga entre ele e Josh. Uma coisa importante a se notar aqui é que tanto Josh, quanto Nora, assumem o papel de paternidade na situação. Foi assim, com instintos maternos, que Nora agiu ao levar Erin junto a sua reunião de família, pra não deixá-la sobre olhares "irresponsáveis", e foi assim também que Josh agiu ao encontrá-la com RJ.

Apesar de Nora chegar a conclusão de que não estão prontos para assumirem nenhum compromisso mais sério (independentemente do pedido de casamento, adiado por devidas circunstâncias), as suas ações, tanto quanto as de Josh, me fazem crer no contrário. Mas não o suficiente ainda para adotarem crianças em Uganda, isso é um passo mais sério do que eles podem lidar.

P.S.: Desculpa, eu não consigo olhar pro Bobby Campo (o intérprete do Max) e não lembrar dele em Premonição 4, esse sou eu desejando a sua morte desde já. 2bjs.

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