Não sou o Madimbu, mas vou te comer.
Episódio desta semana da versão americana de Being Human prova-se ter quase que um final feliz, diante de tanto desastre e do caos insaturado em seu antecessor. Mas como eu disse, um quase final feliz. Não se engane, este é, provavelmente, o último raio de sol antes da verdadeira tempestade que deve ditar os rumos deste final de temporada e, pra ser bastante sincero, nunca estive tão satisfeito com os rumos apresentados pela série até aqui.
Todos os arcos estão extremamente bem definidos e toda a reclamação daquele segundo episódio que destruiu tudo que a premiere havia criado ficou para trás. Aliás, este episódio especificamente mostra qual era a intenção do roteiro: a de transformar a nossa fantasma em uma nova criatura sobrenatural. Sim, me referi tantas vezes à Sally como sendo uma ex-fantasma-agora-quase-zumbi que nunca cogitei de ela ser uma zumbi na plenitude do ser. Mas era essa a intenção dos roteiristas. E este foi realmente o ponto a que chegamos.
A storyline de Sally é riquíssima e agora é possível compreender a necessidade ao menos de Nick dentro do enredo e trazê-lo juntamente a Sally de volta dos mortos. Claro que com o decorrer da trama, espero que alguém lembre do Stevie e de que também deve estar nesse mesmo processo de transformação. Engraçado também ver como a temática foi abordada. Não esperava que aquele estado de decomposição fosse uma ponte entre a necessidade de comer carne fresca (literalmente fresca, de ser vivo literalmente vivo) com uma transformação em um novo ser sobrenatural.
Agora, Sally vendo que terá de se alimentar destes animais menores, confessa pra Aiden e diz que entrará em um processo de abstinência, ou seja, veremos nossa nova zumbi se decompondo lenta, dolorosa e gradativamente. Se a coitada já estava sofrendo enfiando uma escova na boca e saindo através da bochecha, imaginem agora.
Só que a história dos zumbis não termina aí. Depois de uma conversa com Sally, com Zoe achando que Nick está agindo de forma estranha e arrancando pedaços dela com mordidas suculentas, a enfermeira mediadora chega em casa e se depara com Nick comendo um gato vivo. Mas se você esperava que ela ia falar que está tudo bem, acho que nem tempo pra isso terá. Nick ainda está com fome, e Zoe parece ser o prato principal.
Enquanto isso, Aidan estava morrendo. E Nora meio que finalmente quis fazer as pazes com ele. A lopiranha loira só decide quando o moço está em leito de morte e quando ele limpa a barra dela lá com o puro-sangue bandidão. Conveniente pra ela, não? Mas amém que esse, com o perdão da expressão, cú doce de Nora, finalmente chega ao fim.
Aidan, enquanto passa pelos processos finais da morte causada pelo vírus, vai se lembrando de Suzanne, sua provável primeira mulher e mãe de Isaac, seu filho biológico. Não tenho certeza pra que servirá num futuro este flashback ou se foi uma coisa providencial neste episódio para explicar uma decisão, que o levou a se deixar levar (redundante? imagina) por ficar com Kat, com a bênção da amiga Nora, é claro.
Mas Aidan não estava morrendo? Estava. No passado. A saída utilizada pelo script é boa, apesar de um pouco cômoda. Como Aidan bebeu sangue da Erin e teve uma convulsão (assim como lá na primeira temporada ao beber o de Josh), o seu sangue se tornou auto-imune ao efeito do vírus, lhe causando uma nova convulsão e o curando. Com isso, lá foi ele atrás da vampiranha Blake que persegue o menino Kenny, que viu seu acordo com o Aidan ir pro saco, ligou pra vampiranha avulsa e fez um novo. Ela ouviu o que queria ouvir, descobriu como Aidan se curou e agora será a vez dos vampiros caçarem os lobisomens. É claro.
Enquanto isso, Josh vai tentando se conectar com seu lobo interior como dica de um cara completamente insano encontrado por Nora assim que acordou de sua noite de Lua cheia. O grande lance de toda a narrativa aqui, com Pete e o fato de ele e do seu lobo serem vegetarianos, é exatamente essa, fazer Josh lidar bem o processo de re-transformação, através de muito ioga e meditação. Assim, esperaremos por um novo episódio com as decorrências deste, principalmente com os arcos abertos na história de Sally e de sua nova forma zumbi. Mal posso esperar.
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