Foram 40 episódios. Esta foi a final com o recorde de votação na
história do programa. E, mesmo assim, foi a final com a pior audiência da
história do American Idol. Vamos ser diretos ao ponto: o programa não apresentou
uma grande temporada, não teve candidatos com “idol quality” indiscutível e
simplesmente caiu no marasmo.
Com o The Voice e o The X Factor, Simon Fuller que se cuide, a fórmula
do sucesso do Idol pode ter sido abalada e ficar cantando músicas mais velhas
que a minha avó não ajuda em absolutamente em nada.
Como foi final de temporada, nós precisamos expor críticas do que foi a
temporada comparada com as demais e com as expectativas para a próxima
temporada, mas, infelizmente, prevejo um futuro meio obscuro pro programa.
Podem culpar Revenge que teve finale (sensacional, por sinal) no mesmo
horário e “roubou” parte dos telespectadores, mas a audiência
temporada-a-temporada anda caindo. O júri também é um problema. Mesmo com
Jennifer Lopez, Steven Tyler e Randy Jackson, eu acho necessário fazer uma
reformulação no painel (podem deixar o Steven como mascote para fazer as
presepadas que fez, como nas audições de San Diego).
Acho que o problema nem foram os participantes, este ano até que teve
uma leva razoável de candidatos, o problema foram os temas, e o culpado disto é
Nigel Lythgoe. Produtor executivo, Nigel (que já foi jurado no So You Think You
Can Dance) necessita encontrar algo melhor e mais atual para o programa.
Por fim, vamos às críticas das canções deste ano. Diferentemente do ano
passado, não estou bravo com o Idol (o ano passado perdi Pia, Casey, James e
Haley antes mesmo da final, ver a Jessica esse ano na dita cuja pra mim foi lucro
absoluto). Mas chega de enrolação, vamos ver o que teve de mais ou menos na terça-feira.
Simon Fuller: “I HaveNothing”, Whitney Houston
Um tiro no meio da cabeça do Tio Fuller, por favor. Ele pegou uma música
batida, deu para um cantora que precisava de algo mais atual, afinal é a final
do Idol, e só posso dizer que achei regularmente bom. Nada de espetacular, só
foi uma aula de como acertar as notas para Shannon Magrane.
Performance Favorita: “ThePrayer”, Celine Dion & Andrea Bocelli
Faltou momento. Achei que faltou algo e isso é o máximo que consegui
explicar. A canção foi lindíssima, ela acertou uma nota que eu tive que correr
pro Twitter pra comentar no maior estilo fan-boy de Jessica, mas mesmo assim
não achei espetacular. Foi muito bom, e só.
Winner Single: “ChangeNothing”
Single um tanto esquisito. Uma baladinha pop, com uma letra um pouquinho
tensa e bastante linear para o que a Jessica se acostumou a fazer no palco do
programa. Acho que foram muito infelizes com a escolha, apesar dela ter se
contorcido para entregar uma performance bacana.
Simon Fuller: “Stand by Me”, Ben. E. King
Mudou a melodia, acabou comigo. Desculpa, Phillip, mas prefiro a versão
de Timão e Pumba, e não estou brincando. Não via a hora dessa chatice mórbida
acabar e de ir para os comerciais. O meu problema é que a melodia da canção é o
que eu mais gosto dela, e foi exatamente ela que ele mudou.
Performance Favorita: “MovingOn (Anthony’s Song)”, Billy Joel
Eu gostei, foi a melhor música da noite, em minha humilde opinião. O
twist no meio me animou e finalmente me deixei me divertir ao som do Phillip. O
meu único problema, que vou repetir eternamente, é as caretas e a dancinha de
perna que ele faz. Ódio eterno disso.
Winner Single: “Home”
O novo tema de Rei Leão? Não? Achei que o Phillip esta noite estava
inspirado a relembrar a infância de um bocado de gente. Pois então... gostei
não. Pode ter standing-O, podem fazer estardalhaço na minha TL, podem me xingar
muito nos comentários, mas eu não gostei e pronto. Tudo muito chato e achei que
ele estava na mesma nota desde o começo em loop infinito. Passo.
Eu poderia enrolar vocês aqui até ir lá embaixo revelar quem ganhou essa
porcaria, mas não, sou muito bonzinho e já adianto aqui. Depois dos 132 milhões
de votos, recorde na história do Idol (worldwide, certamente), Phillip Phillips ganhou essa merdinha.
O quinto homem seguido a ganhar o programa. O quarto “white man with a guitar” com esse mesmo estilinho. Será que vocês
não cansam não, América?
Jessica Sanchez ficou com o segundo lugar e nem sei dizer se foi ou não
justo ou injusto, fato é que seria impossível a garota ganhar do que os
americanos andam se acostumando a fazer como vencedor do programa.
E quem não viu deve estar se perguntando, e as outras duas horas intermináveis
de programa? Pois bem, aguenta firme que vamos narrar essas delícias – só que
ao contrário.
Na terça-feira ainda tivemos o campeão do ano passado, Scotty McCreery
cantando o tema de eliminação da temporada, “Please Remember Me”, e Jason
Derülo cantando o Coca-Cola Perfect Harmony Single, “Undefeated”, que vou
resumir em apenas “oi?”.
Calma, porque eles ainda deram o ar de sua graça por mais vezes. As garotas do Top 12 cantaram o medley “Ain’tNobody / Throught the Fire / I’m Every Woman”, com a intérprete original, Chaka
Chaka na Buthcaka.
Os garotos, por sua vez, apareceram no palco com o medley “America / Crackin’Rosie / I’m a Believer / Sweet Caroline”, cantando com o intérprete Neil
Diamond. Além de fazerem uma homenagem para o integrante recentemente falecido
do grupo disco Bee Gees, Robin Gibb, cantando o medley “Words / How Deep Is Your Love / HowCan You Mend a Broken Heart / To Love Somebody”.
Já Phillip, se contentou a
cantar com o tiozinho John Fogerty um medley do Creedance Clearwater Revival,
“Have You Ever Seen the Rain? / Bad Moon Rising”. Phillip ainda
cantou com sua adversária de final, J. Sanchez, a música “Up Where We Belong”, do
filme An Officer and a Gentleman (A Força do Destino, em português brasileiro).
Ainda teve gente subindo no palco. O terceiro colocado Joshua Ledet se
juntando à vencedora da terceira temporada, Fantasia Barrino, e cantando “TakeMe to the Pilot”, do Elton John, que foi tanta gritaria que a produção do
programa cortou e colocou o intervalo. GRAÇAS A DEUS! Se não meus tímpanos
iriam estourar. P.S.: Se liga na roupa que Fantasia estava usando, era da Mulher Gato, só que tiveram que remendar uns pedaços de pano do lado pra caber nela. Pois é...
A quinta colocada Skylar Laine também quis dar sua contribuição. Puxou
Reba McEntire para ligar o rádio e cantar “Turn On the Radio”. Além dela,
Hollie Cavanagh se juntou à última mulher a vencer o programa, Jordin Sparks
(sexta temporada), para cantar a música “You’ll Never Walk Alone”, do musical
Carousel.
Por fim, mas não menos importante, os convidados especiais. A começar
com Rihanna, que decidiu incorporar o espírito da finale da quinta temporada de
Doctor Who (referência nerd #modeon) e sair da caixa (!) e cantar (?) e dançar
“Where Have You Been”.
Depois de duas temporadas, chegou o momento de ver Aerosmith se
apresentando no programa. Com duas canções, “Legendary Child” e “Walk This
Way”, a banda liderada por Steven Tyler fez minha noite mais feliz, mas nada se
compara a ela. Ela.
Depois de protagonizar o “dancei na piroca do meu marido” o ano passado
e já ter protagonizado o “dancei na piroca do meu ex-amante e agora namorado
que chifrou meu marido que eu dancei na piroca no ano passado” este ano,
Jennifer Lopez, nessa orgia maluca, se juntou à festa com “Goin’ On”, com Flo
Rida, single para o filme Step Up Revolution (Se Ela Dança, Eu Danço 4), e
“Follow the Leader”, com o duo Wisin & Yandel.
Pois então, essa foi a final do American Idol. A temporada foi longa,
sobrevivemos e vamos nos preparar para a próxima. Tem nova temporada do The
Voice já em setembro e The X Factor com Demetrinha Lovato e Brit-lóide Spears também, ale´m de ter o divo Simon Cowell.
Alguma chance de perder essas delícias? NENHUMA! Vejo vocês por aqui na décima segunda temporada, se eu conseguir
sobreviver. Então, até lá.
P.S.: O canal oficial do programa não disponibilizou os vídeos da performance de Jason Derülo, ou do Aerosmith.
P.S.: O canal oficial do programa não disponibilizou os vídeos da performance de Jason Derülo, ou do Aerosmith.
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