E eu ainda estou chorando...
... de raiva da desgraçada que é Tia Ryan Murphy, o segundo maior Troll do universo das séries. Eu ainda não consegui digerir absolutamente nada desse golpe de realidade que Troll Murphy nos atacou na cara. Fato é que o produtor executivo, criador, showrunner e desenvolvedor de Glee, não só exibiu uma finale com uma resolução dura e realista, como mexeu com diversos sentimentos dos telespectadores.
Eu não chorei como no episódio anterior, mas ainda assim chorei. Só que eu ainda não sei exatamente se chorei de raiva pelas inúmeras sambadas na cara da sociedade que Ryan Murphy deu, ou se foi por pura raiva de ver inúmeros sonhos destruídos e corações partidos neste final de temporada.
Antes de mais nada, como qualquer outra season finale, precisamos fazer um balanço da temporada comparado à anterior e à sua proposta inicial, pois então, esta terceira temporada trouxe e recuperou todo o espírito mágico e envolvente de Glee em sua temporada inicial, diferente do ano passado onde xingamos eternamente os produtores não por um episódio ruim, mas por uma temporada inteira de incongruências e episódios fracos e absurdos (ainda não entendo nada do que foi o especial de Britney Spears e o bisonho Jesus-Grelhado).
Agora, quais são as pretensões para a próxima temporada? Brad Falchuk e companhia de roteiristas terão de se desdobrarem para conseguir mesclar os momentos dos já formados ex-membros do New Direction e a introdução do novo ano estudantil, como sua nova leva de audições e novos personagens.
O maior mérito deste episódio de Glee esteve pelo fato de criar uma ponte a qual será necessária para narrar a vida pós-High School para os seniors deste ano. Se você considerar que toda a trama básica de todas as temporadas da série foram encerrados no episódio duplo da semana passada, você perceberá o quanto este episódio foi muito mais necessário para abrir as tramas para a próxima temporada do que para encerrar esta.
O maior choque para todos foi a revelação da carta de aceitação da New York Academy of Dramatic Arts de Finn, Kurt e Rachel. Eu já esperava pela rejeição de Finn, até porque nós sabemos como ele é ruim em todos os requisitos em atuação, eu já esperava pelo milagre das Nacionais e ver Rachel ser aceita, mas não esperava pelo baque que seria ouvir a rejeição de Kurt.
Eu odeio Porcelana, todos sabem disso, mas é indiscutível como foi surpreendente e meio duro a forma como tudo aconteceu. Tenho de lembrar uma frase dele lá no começo da temporada: "eu quero que meu último ano seja mágico". Pois bem, só se perder o papel principal em West Side Story, perder as eleições para presidente de classe e não conseguir o sonho de entrar na NYADA for ser mágico.
Quanto ao Finn, o meu respeito pelo personagem cresceu de uma forma mágica nesta temporada. Eu simplesmente odiava aquele garoto bizarro que dançava da forma mais escrota possível e hoje consigo gostar muito da postura de liderança que ele tomou. Retornarem com a ideia de entrar para o exército e honrar seu pai desonrado foi precisa para mostrar o amadurecimento do personagem diante da decisão que tomou com seu relacionamento com Rachel.
R ida de Rachel para Nova Iorque como decisão tomada por Finn para não fazê-la atrasar o sonho dela por conta dele foi de cortar o coração, e "Roots Before Branches" no clima de despedida difícil e dura simplesmente foi de uma pessoa heartless.
Lembro de como eu simplesmente odiava Rachel por sua insistente forma de me irritar com seus inúmeros solos, mas hoje terei de lidar com a falta que eu sentirei dela para a dinâmica da série e do Glee Club. Ela é a grande estrela do show, indiscutível. Sei que ela não se ausentará da série, mas só de ir para Nova Iorque já é uma mudança difícil de se lidar.
A separação de Finnchel foi dolorosa. Nunca fui fã do casal, aliás, tinha momentos que cheguei a odiá-los nessas três temporadas, mas não me contive e chorei feito criancinha com a separação do casal. Acho que foi o grande ápice do episódio, a despedida de Rachel para trilhar seu difícil caminho para o sonho de conseguir um lugarzinho entre tantos talentos em Nova Iorque.
Achei a despedida de Amber Riley da série um pouco simplória em virtude do fato de ela realmente estar deixando a série, mas acho que foi o que deu pra fazer com o pouco tempo que a personagem teria em tela. Foi bacana por mostrá-la indo buscar seu sonho e consegui-lo por conta do vídeo que Sam postou no YouTube. Um final digno para Mercedes.
Já Quinn estava com seu futuro decidido há algum tempo. Adorei a repetição da famosa cena do banheiro com Rachel e sua promessa de visitinha em NY. Mas Quinn só foi de necessidade para a trama de Puck em busca de conseguir concluir o High School. Com ajudinha dessa, quem não iria tirar um "C-"? Fiquei super feliz pelo personagem.
Agora eu acabei desenvolvendo uma incerteza para minha personagem preferida de Glee, Satã-na. Santana percebeu a burrada que estava fazendo em não entrar em uma universidade ou perseguir seu sonho como os outros formandos fizeram, que também foi um bom choque de "semancol".
Como Brittany vai ficar no McKinley High para nos brindar com mais um ano de pura sabedoria, Santana vai ter a difícil dúvida de permanecer em Ohio ao lado da namorada, ou ir também para Nova Iorque com o dinheiro que mamãe Gloria Estefan (só eu achei que poderia ter rolado um dueto?) lhe deixou. Será que rola um bem-bolado de ver Santana, Quinn e Rachel no mesmo quarto em NY? Seria épico!
Os momentos mais especiais para mim foram as sinceras despedidas de Sue e Quinn, e Finn e Schue. Adorei a verdade vinda de Sue para Quinn depois de tantos problemas acumulados e tanta coisa que vivenciaram juntas. Da mesma forma como ri com Schue abrindo o jogo e sendo sincero quanto à sua tática de ter conseguido um líder para o seu grupo.
Um dos momentos que vai ficar guardado em Glee é a rendição de Burt e vê-lo dançar "Single Ladies" com Tina e Brittany, relembrando o sexto episódio da primeira temporada. Outro momento muito bom que foi lembrado neste episódio foi a primeira performance dos seis integrantes originais do Glee Club, com "Sit Down, You're Rockin' the Boat".
Este episódio pode não ter sido muito feliz, em minha opinião e em relação ao meu gosto, quanto às músicas, mas a franqueza das letras e das cenas me fizeram só gostar mais ainda dessa "despedida". Adorei a "passagem de bastão" entre os seniors e o restante do grupo, encerrando uma Era em Glee.
Sei que a review ficou imensa, mas não conseguiria passar e transmitir cada pedacinho desta finale sem me estender. Estou com muita vontade de saber o que vai acontecer com Glee de agora em diante, e espero por ter a presença de vocês na nova Era de Glee na quarta temporada. See-ya!
Músicas do episódio:
- “Sit Down, You’re Rockin’ the Boat”, do musical Guys and Dolls, interpretada por Finn Hudson, Rachel Berry, Amber Riley, Artie Abrams, Tina Cohen-Chang e Kurt Hummel; (canção apresentada no piloto)
- “Forever Young”, de Rod Stewart, interpretada por William Schuester;
- “Single Ladies (Put a Ring on It)”, de Beyoncé, dançada por Burt Hummel (Mike O’Malley), Brittany S. Pierce e Tina Cohen-Chang;
- “I’ll Remember”, de Madonna, interpretada por Kurt Hummel;
- “You Get What You Give”, de New Radicals, interpretada pelos formandos do coral New Direction;
- “In My Life”, de The Beatles, interpretada pelos não-formandos do coral New Direction;
- “Glory Days”, de Bruce Springsteen, interpretada por Finn Hudson, Noah “Puck” Puckerman e pelo coral New Direction;
- “Roots Before Branches”, de Room for Two, interpretada por Rachel Berry.
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