Ok, The Vampire Diaries, eu
queria uma finale épica, e não uma que me fizesse inundar São Paulo.
Depois de uma sequência de episódios fenomenais no início da temporada,
um desenvolvimento mediano pelo meio do caminho e uma relativa saturação do
arco central, The Vampire Diaries,
diferentemente do ano passado, encerra a temporada com chave de ouro e com uma
cereja em cima do bolo.
Posso dizer que este é um daqueles episódios épicos que vai ficar
marcado na vida de todo seriador. Sem dúvidas, um dos melhores episódios da
série, isso pra não dizer que foi “O” melhor episódio de toda a série.
Pra quem tem a experiência de ter lido os livros iniciais da série (os
originais de 1992 a 1994), sabe como tudo aconteceu até que o ápice com a
transformação de Elena no terceiro livro, e a série retratou praticamente fiel
aos livros. Até me surpreendi que, depois de tanto tempo, Kevin Williamson e
Julie Plec se basearam na história de L.J. Smith, ainda mais depois de tantas
alterações já feitas.
Sim minha gente, Elena agora é
uma vampira e por falta de uma doppelgänger piranha transformada, temos
DUAS! Tudo bem que uma anda sumida e desaparecida, pelo que lembro, para fugir
de Klaus e do bando Original; mas agora teremos Elena para brincar e sambar na
cara da sociedade seriadora para tomar a decisão de qual Salvatore escolher.
E esta transformação será providencial e mais capciosa para sua decisão.
Mas até que tudo se desenvolvesse na “grande decisão” pela qual os fãs da série
esperaram por quase três anos, muita coisa aconteceu.
Tive que assistir três vezes ao episódio para ter certeza de tudo que
aconteceu e vir aqui escrever mais lúcido este texto, pois da primeira vez que
assisti o episódio eu debulhei-me em lágrimas por pelo menos trinta minutos
ininterruptos, a partir da despedida na caverna.
Sério, gente, nunca mais brinquem conosco desse jeito! A perfeição e a
intensidade dos momentos definiram uma sequência de acontecimentos que
sucederam em sentimentos inexplicáveis para cada um de nós, telespectadores.
A perfeição contida no roteiro foi tamanha que não sei bem quais elogios
fazer para exaltá-la. A única coisa que me cabe falar aqui é o quão feliz fico
por ver que a série ainda tem a magia de nos fazer ficar instigados e ansiosos
com o que está por vir.
A obviedade dos acontecimentos não tira o mérito do roteiro. Todos esperavam
pelo que fosse acontecer. A queda de Elena não era apenas um detalhe bobo, era
necessário para todos os acontecimentos que dali aconteceria. A concussão não
era bem uma concussão, era uma hemorragia cerebral e o único jeito de tratá-la
era com sangue de vampiro, devidamente dosado por Dra. Meredith “Melissa ‘-A’
Hastings” Fell.
Os falshes foram tão precisos e tão lindos para complementar a série que
não tenho outros elogios cabíveis para eles. Todas as cenas e os acontecimentos
eram de tamanha profundidade e de tamanho bom gosto que não sei nem o que
escrever sobre.
A “morte” de Klaus me foi uma surpresa sem tamanhos precedentes na
televisão americana. Tudo bem que Bonnie estava ali para se ocupar em salvar
toda a linhagem gerada por Klaus, o que inclui Tyler, os Salvatore, Caroline e
sua mãe, no mínimo (isso apenas se ele estivesse falando a verdade), mas nunca
imaginaria que veríamos Alaric metendo uma estaca no Original e virando para
nossa Rebekah e dizendo “you are the next”.
A cena seguinte em que mostra a decisão final de Elena no carro com Matt
foi tensa e bastante intensa. A decisão tinha que ser tomada ali, com Klaus
“morto”, ela tinha que escolher apenas um dos irmãos Salvatore para se despedir
pessoalmente, e ela optou por Stefan.
A explicativa de que o que ela sente por Stefan é praticamente um amor
por gratidão me soou um tanto esquisita, não soou verdadeiro, e ela falando que
se tivesse conhecido Damon primeiro, as coisas poderiam ser diferentes, vai ser
importante para a próxima temporada e para sua decisão verdadeira.
Ela realmente conheceu o Damon antes, aliás, três meses antes do que
conheceu Stefan, mas ele a fez esquecer porque as pessoas não podiam saber que ele já
havia chegado a Mystic Falls. Agora transformada, a memória que lhe foi apagada
está de volta e as coisas poderão ser diferentes. E o #TeamDelena pode vibrar.
Ela acabou transformada por morrer submersa em um acidente idêntico ao
que houve com seus pais, ela optou por salvar Matt, da mesma forma que seu pai
optou por salvar ela. Acordou por conta do sangue utilizado lá no começo do
episódio e, agora vampira, causou a morte de Alaric.
Por mais que eu goste do Matt Davis, ainda mais em suas versões
possuídas, era necessária sua morte, não havia espaço para ele para o decorrer
da série, além do mais o ator já estaria envolvido em outros projetos e teria
de se afastar da série de qualquer jeito.
Dos Originais restantes, em sua forma primária, temos Elijah, Rebekah e
até Kol, isso porque Klaus estaria “morto”, se não fosse o feitiço utilizado
por Bonnie, e agora ele habita o corpo de Tyler, que poderia ter morrido se não
fosse a “sobrevivência” de seu gerador.
A cena na caverna, que iniciou o mar de lágrimas, foi a despedida de
Tyler e Caroline. Foi tão intensa e com tanto sentimento que foi lindo de
acompanhar, provando o excelente trabalho dos roteiristas e dos atores, que nos
fizeram amá-los a cada episódio e criar uma empatia que a morte deles
significasse a morte de um ente querido, praticamente.
Adorei Bonnie e sua revolta sem tamanho, quero muito mais vê-la assim do
que a bruxa avulsa que só sabia fazer feitiços de levitação de folhas de
árvores, serviços de localização inúteis e trazer a pessoa odiada em três dias.
Dos mais inúteis, tivemos Matt e Jeremy, que como sempre, só servem para
atrapalhar as coisas e tomar ações precipitadas, só para ver Elena longe desse
mundo sobrenatural e que sempre a coloca em perigo, como se não fosse essa a
decisão dela.
A minha única reclamação com a temporada em si é Katherine. Ela é a
personagem mais icônica da série, e a única pessoa a protagonizar momentos como
o “Kaboom” no episódio em que o Mikael morreu definitivamente ou cortar os
dedos do tio inútil de Elena, que viríamos a descobrir que era seu pai.
A temporada se encerra em altíssimo nível e com a série colocada em
outro patamar. É indiscutível a qualidade atingida pela série mais subestimada
pelas pessoas que sequer se deram o trabalho de assisti-la e ainda assim
criticam-na e elogiam produções duvidosas só por ser assinada por determinada emissora.
E que venha a quarta temporada!
P.S.1: Texto longo? Check. Fan-boy mode on
surtando? Check. Vejo vocês na próxima temporada? CHECK!
P.S.2: Pra que o Elijah voltou mesmo? Além de fazer um daqueles acordos
que todos sabem que ele nunca cumpre e que Elena sempre cai?
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