Ainda perdida. No tempo, no espaço e na TV.
Ainda não tenho convicção do que dizer sobre Continuum, que apresenta sempre episódios bastante regulares e com boa qualidade em efeitos e aspectos técnicos, entretanto, em um outro aspecto ainda anda pecando: roteiro. É nítido e claro que os roteiristas ainda não acertaram a mão com grande precisão com a série, apesar de um piloto excelente, e entrega mais uma obra confusa.
Não sei ainda dizer se tudo o que estamos vendo será importante para a conclusão da trama no final da temporada e se será válido, o que digo por ora é que ainda não estou certo 100% de que a série consiga manter a consistência do piloto e adicionar elementos concisos com a mitologia do seriado e amarrar tudo com uma excelência ainda não vista até então.
Sim, estou subestimando Continuum e a produção canadense esperando ser surpreendido positivamente, ao invés de superestimá-la, como uns andam fazendo, para no fim se surpreender negativamente. O ritmo do episódio é uma coisa que ainda tenho de me ajustar, ainda sigo com a minha máxima de que eles correm com a história para adicionar o maior número de elementos e mostrar que no fim nada será necessário, mas por ora esperemos, afinal, estamos ainda na primeira metade da temporada.
Apesar dos aspectos negativos que persistem perseguir o enredo de Continuum, tenho de creditar os roteiristas por darem espaço para a Liber8 e desenvolver o episódio sobre um personagem que, em minha opinião, merece mais destaque que o detetive Carlos Fonnega: Kellogg.
Ele não tem o cérebro do Lucas, mas está longe de ser um troglodita como o Curtis. É o único dos seis sobreviventes até então da Liber8 que quer ficar em 2012 e até promete ajudar a Kiera a chegar em seus antigos colegas de bando terrorista. Pra falar a verdade, ele deu uma rasteira nela ao levá-la a uma emboscada que culminou na morte do Curtis, a roupa high-tech da Kiera com um curto-circuito e sua expulsão da Liber8, com direito a explosão e pulo na piscina. Épico.
Eu achei que a Rainha de Copas, Sonya, teria alguma grande influência no episódio, afinal, ela é quem rouba pedaços da coluna das pessoas enquanto está toda montada na prostituta, prepara uma solução a base desse treco que roubou e aplica no Travis, para salvá-lo da morte. Entretanto, a introdução mostrando sua prisão em 2077, foi absolutamente anulada pelo roteiro e só utilizado um pequeno elemento presente para o desenvolvimento do roteiro. Por este motivo, a série acabou perdendo alguns pontos.
Por fim, deveremos ter Kellogg se filiando a Kiera, ou então haverá alguma sambada monstruosa na cara da sociedade com Kellogg a traindo, pela segunda vez, e armando debaixo de seu nariz a pedido de Travis.
Quem apresentou desenvolvimento desta vez foi Alec. O gênio fundador no futuro da Sad Tech tem um padastro e uma família bem esquisita, que abomina o uso de tecnologia, claro, indo contra tudo o que Alec desenvolve no celeiro da família. Resultado? Neste momento nenhum, apenas um aprofundamento na história do rapaz.
Em resumo, Continuum ainda peca no desenvolvimento de determinados núcleos, acertou dando espaço para a Liber8, ao invés de ficar mostrando a tensão sexual entre Kiera e Fonnega (que ainda assim houve) e brincou com momentos de Kiera não saber de algumas coisas do nosso presente, como o comunicador Bluetooth e o joquempô (isso mesmo, o pedra-papel-tesoura).
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