E agora, Jamie, foi você?
Faltando apenas um único episódio para que a
enrolação do segredo do assassino de Rosie Larsen ser revelado, The Killing
apresenta o seu principal suspeito para a definição da temporada. Jamie Wright
é pra mim uma escolha wrong. Tudo
bem, a piada foi pífia, mas a intenção foi boa.
Mais abaixo tentarei explicar os meus motivos
por não gostar da ideia de ver Jamie como o assassino da garota Larsen. Por que
agora, vamos ao que aconteceu durante o episódio, que iniciou onde seu anterior
terminou e seguiu a pista deixada: alguém da campanha de Richmond esteve
envolvido pelo assassinato.
Gostei da agilidade da Linden ao arquitetar
um acordo com o prefeito Adams para ter uma espécie de liberdade investigativa
e total imunidade durante o final de investigação, explicando onde o
arrombamento da enseada e a foto que incriminou erroneamente o Vereador Darren Richmond
na finale da primeira temporada se encontravam e se equivaliam (“Orpheus Descending”, 1x13).
Em resumo, o prefeito e sua comissão de
campanha não têm nada a ver com o assassinato da jovem Rosie Larsen, aliás,
eles estariam sendo passados para trás pela Chefe Nicole Jackson (do Cassino
Wapi Eagle), que assinou um contrato com um assessor de Richmond para que o
Vereador ganhasse o principal investidor da campanha adversária.
Os ossos descobertos nos episódios anteriores
da investigação teriam sido plantados por Richmond para tirar a enseada de
Adams, assim como a foto falsa que condenava Richmond foi feita pelo gabinete
do prefeito para tirar votos do Richmond, alegando-o ser o assassino de Rosie,
com as consequências disso sendo apenas um dano colateral.
O que me interessou foram as ideias de Linden
e Holder durante o episódio, pensando junto com os telespectadores e dosando
todas as teorias investigativas plausíveis para uma resolução satisfatória e
correta do caso no próximo episódio.
O que eu acho que ninguém esperava era o jogo
e troca de interesses/suspeitas entre Donnie e Marie, na verdade, Jamie Wrigth
e Gwen Eaton, respectivamente. Eu realmente gostei de como os roteiristas
brincaram em confundir nossas teorias e, em algumas partes, misturá-las. Por
algum tempo tivemos Jamie sendo o assassino, depois era apenas a Gwen, e por
outro momento víamos a teoria se misturar, com Gwen e Jamie agindo como
cúmplices, explicando a agressividade da perseguição na floresta, e a
passividade em assassinar a moça afundando o carro no lago.
Aliás, essa seria a teoria mais cabível como
resolução da série, mas não tenho certeza se eu aprovo ainda. Enquanto não
houver demais explicações e um embasamento melhor na conclusão do caso,
explicando corretamente os interesses na morte da moça, assim como todas as
pontas soltas durante as duas temporadas, seria no mínimo insatisfatório.
Por exemplo, isso não explica a necessidade
de um núcleo mafioso, assim como a intromissão de Ames e do Cassino serem
apenas superficiais. Não explica o cara que insiste perseguir o casal de
protagonistas, assim como não explica o “carro preto” que Rosie tanto temia.
Em outras palavras, The Killing teria resolvido um caso com a mesma
superficialidade que teria sido se Darren Richmond fosse o assassino da moça,
como foi cogitado no final da temporada passada.
Para aprimorar todas as teorias, três pessoas, além de Rosie, estavam no
décimo andar do Cassino Wapi Eagle: Chefe Nicole Jackson, Michael Ames e Jamie
Wright, mas sinto que Gwen Eaton também esteja envolvida, afinal, ela que
assinou a entrada do carro da campanha em que Rosie foi encontrada.
Para chegar a esta conclusão, a série faz com que a chefe de segurança
do Cassino, Roberta, entregasse os CDs com os vídeos da suposta câmera quebrada
do elevador, alegando que ela poderia ter o mesmo destino da ex-chefe de
segurança do local: de 10 a 20 anos de prisão.
Gostei da introdução sombria de Ted Wright, o cara que Darren citou em
seus discursos depois de uma historinha contada pelo Jamie. Ted é o avô de
Jamie e ele sabe de algum segredo que envolve Jamie. A finale vai abordar por
um bom tempo a questão, até que revele o que o rapaz assessor de Darren esconde
a respeito da noite em que a garota Larsen foi assassinada.
Ainda tivemos o retorno efetivo de Mitch para a casa dos Larsen. O que
nos trás a algumas competições sob o teto da família. Round 1: Mitch vs. Terry.
As duas competindo pra ver quem é a maior cadela da série, se é a que foi em
busca de um caminho espiritual ou se é aquela que ficou, cuidou da família e
tentou mantê-la unida. Vitória por nocaute de Mitch.
Round 2: Mitch vs. Stan. Briga dos pais da família que discutia sobre um
assunto idiota, que resultou em ambos falando que a Rosie era filha dele/dela e
que sofriam demais. Vitória de Mitch, por um quilômetro. Round 3: Mitch vs.
Tommy. Competindo pra ver quem é menos digno de perdão. A mãe que abandonou os
filhos e a família, ou o garoto que mata passarinhos, prende o irmão no
porta-malas do carro e faz cara de quem comeu e não gostou. Empate técnico, com
Mitch levando por um décimo.
Semana que vem conheceremos o assassino de Rosie Larsen. Jamie é o
grande suspeito e não me surpreenderia se a série inventasse um twist de última
hora e apresentasse outra pessoa como assassina e saberemos em breve se essas
duas temporadas foram válidas ou esquecíveis.
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