quarta-feira, 13 de junho de 2012

The Killing - 02x12 - Donnie or Marie


E agora, Jamie, foi você?

Faltando apenas um único episódio para que a enrolação do segredo do assassino de Rosie Larsen ser revelado, The Killing apresenta o seu principal suspeito para a definição da temporada. Jamie Wright é pra mim uma escolha wrong. Tudo bem, a piada foi pífia, mas a intenção foi boa.

Mais abaixo tentarei explicar os meus motivos por não gostar da ideia de ver Jamie como o assassino da garota Larsen. Por que agora, vamos ao que aconteceu durante o episódio, que iniciou onde seu anterior terminou e seguiu a pista deixada: alguém da campanha de Richmond esteve envolvido pelo assassinato.

Gostei da agilidade da Linden ao arquitetar um acordo com o prefeito Adams para ter uma espécie de liberdade investigativa e total imunidade durante o final de investigação, explicando onde o arrombamento da enseada e a foto que incriminou erroneamente o Vereador Darren Richmond na finale da primeira temporada se encontravam e se equivaliam (“Orpheus Descending”, 1x13).

Em resumo, o prefeito e sua comissão de campanha não têm nada a ver com o assassinato da jovem Rosie Larsen, aliás, eles estariam sendo passados para trás pela Chefe Nicole Jackson (do Cassino Wapi Eagle), que assinou um contrato com um assessor de Richmond para que o Vereador ganhasse o principal investidor da campanha adversária.

Os ossos descobertos nos episódios anteriores da investigação teriam sido plantados por Richmond para tirar a enseada de Adams, assim como a foto falsa que condenava Richmond foi feita pelo gabinete do prefeito para tirar votos do Richmond, alegando-o ser o assassino de Rosie, com as consequências disso sendo apenas um dano colateral.

O que me interessou foram as ideias de Linden e Holder durante o episódio, pensando junto com os telespectadores e dosando todas as teorias investigativas plausíveis para uma resolução satisfatória e correta do caso no próximo episódio.

O que eu acho que ninguém esperava era o jogo e troca de interesses/suspeitas entre Donnie e Marie, na verdade, Jamie Wrigth e Gwen Eaton, respectivamente. Eu realmente gostei de como os roteiristas brincaram em confundir nossas teorias e, em algumas partes, misturá-las. Por algum tempo tivemos Jamie sendo o assassino, depois era apenas a Gwen, e por outro momento víamos a teoria se misturar, com Gwen e Jamie agindo como cúmplices, explicando a agressividade da perseguição na floresta, e a passividade em assassinar a moça afundando o carro no lago.

Aliás, essa seria a teoria mais cabível como resolução da série, mas não tenho certeza se eu aprovo ainda. Enquanto não houver demais explicações e um embasamento melhor na conclusão do caso, explicando corretamente os interesses na morte da moça, assim como todas as pontas soltas durante as duas temporadas, seria no mínimo insatisfatório.

Por exemplo, isso não explica a necessidade de um núcleo mafioso, assim como a intromissão de Ames e do Cassino serem apenas superficiais. Não explica o cara que insiste perseguir o casal de protagonistas, assim como não explica o “carro preto” que Rosie tanto temia.

Em outras palavras, The Killing teria resolvido um caso com a mesma superficialidade que teria sido se Darren Richmond fosse o assassino da moça, como foi cogitado no final da temporada passada.

Para aprimorar todas as teorias, três pessoas, além de Rosie, estavam no décimo andar do Cassino Wapi Eagle: Chefe Nicole Jackson, Michael Ames e Jamie Wright, mas sinto que Gwen Eaton também esteja envolvida, afinal, ela que assinou a entrada do carro da campanha em que Rosie foi encontrada.

Para chegar a esta conclusão, a série faz com que a chefe de segurança do Cassino, Roberta, entregasse os CDs com os vídeos da suposta câmera quebrada do elevador, alegando que ela poderia ter o mesmo destino da ex-chefe de segurança do local: de 10 a 20 anos de prisão.

Gostei da introdução sombria de Ted Wright, o cara que Darren citou em seus discursos depois de uma historinha contada pelo Jamie. Ted é o avô de Jamie e ele sabe de algum segredo que envolve Jamie. A finale vai abordar por um bom tempo a questão, até que revele o que o rapaz assessor de Darren esconde a respeito da noite em que a garota Larsen foi assassinada.

Ainda tivemos o retorno efetivo de Mitch para a casa dos Larsen. O que nos trás a algumas competições sob o teto da família. Round 1: Mitch vs. Terry. As duas competindo pra ver quem é a maior cadela da série, se é a que foi em busca de um caminho espiritual ou se é aquela que ficou, cuidou da família e tentou mantê-la unida. Vitória por nocaute de Mitch.

Round 2: Mitch vs. Stan. Briga dos pais da família que discutia sobre um assunto idiota, que resultou em ambos falando que a Rosie era filha dele/dela e que sofriam demais. Vitória de Mitch, por um quilômetro. Round 3: Mitch vs. Tommy. Competindo pra ver quem é menos digno de perdão. A mãe que abandonou os filhos e a família, ou o garoto que mata passarinhos, prende o irmão no porta-malas do carro e faz cara de quem comeu e não gostou. Empate técnico, com Mitch levando por um décimo.

Semana que vem conheceremos o assassino de Rosie Larsen. Jamie é o grande suspeito e não me surpreenderia se a série inventasse um twist de última hora e apresentasse outra pessoa como assassina e saberemos em breve se essas duas temporadas foram válidas ou esquecíveis.

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