Como conduzir uma
história tão boa sem cair em qualidade?
Esse é o grande
desafio da nova temporada de Alphas,
que mesmo quando apresentava episódios perdidos em relação a trama central,
conseguia ter episódios inteligentes e com roteiros construídos impecavelmente.
A temporada se
inicia oito meses após os acontecimentos da declaração do Dr. Rosen em pleno
Congresso Nacional em live stream para o mundo anunciando a existência de seres
humanos com capacidades mentais aprimoradas, que ele denomina como alphas.
O grande desafio do
roteiro era que, ao mesmo tempo em que tinha de explicar o que aconteceu com
todos os integrantes do time de Dr. Rosen, ele também deveria introduzir a história
que iniciará a temporada e ditará os rumos dos 13 episódios que estão por vir.
Dr. Rosen foi
ateado em uma cela de um Centro Psiquiátrico como inimigo de Estado, enquanto
Bill e Hicks serviam com seus dons à equipe de Clay perseguindo outros alphas
para prendê-los na ainda existente prisão Binghamton, com Rachel trancafiada em
seu quarto cem depressão, Nina dando seus golpes como sempre e Gary sem enviar
notícias há duas semanas, quando trabalhava para o serviço nacional monitorando
as atividades dos alphas.
O grande mote da
temporada também está no fato de o governo ter feito do anúncio do Dr. Rosen um
grande boato sensacionalista e, assim como as teorias da conspiração, existir
entre a sociedade com o dilema de uns que acreditam e outros que duvidem.
Enquanto isso,
vimos que Gary estava preso em Binghamton, por ter atacado com sua
sensibilidade de autista, dois agentes da NSA. A ideia de chips que controlam
os neurônios que permitem as habilidades dos alphas funciona e, apesar de achar
que não deva ser citado novamente na série, é possível termos o seu retorno
futuramente.
A rebelião no
Prédio 7, que traz Rosen de volta ao jogo e toda a equipe alpha de volta, foi
extremamente inteligente ao ponto de mostrar um diálogo interessante entre
Cornell (líder dos rebeldes) e Rosen, que só lhe deu tempo para uma fuga
genuína da prisão.
E apesar da
previsibilidade da fuga, gostei muito da forma como o roteiro levou a questão
toda e a forma como ela ocorreu. Foi perspicaz ver a garota que causou o
curto-circuito que deu origem à rebelião criar imagens falsas nos monitores,
levando-os a acreditar no que via, mas que na verdade era tudo mentira.
Muita explosão,
carro voando, correria e direito até a slow motion de tiro. A cena final e a
forma como tudo volta exatamente ao ponto em que estávamos antes da finale, mas
nem por isso é menos válido do que tudo o que aconteceu neste episódio, ou no
seu predecessor.
O que esperar da
série neste para esta temporada? Não sei, mas com toda certeza estarei aqui
acompanhando e torcendo por episódios tão bons ou melhores do que este.
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