quinta-feira, 26 de julho de 2012

Alphas - 02x01 - Wake Up Call (Season Premiere)


Como conduzir uma história tão boa sem cair em qualidade?

Esse é o grande desafio da nova temporada de Alphas, que mesmo quando apresentava episódios perdidos em relação a trama central, conseguia ter episódios inteligentes e com roteiros construídos impecavelmente.

A temporada se inicia oito meses após os acontecimentos da declaração do Dr. Rosen em pleno Congresso Nacional em live stream para o mundo anunciando a existência de seres humanos com capacidades mentais aprimoradas, que ele denomina como alphas.

O grande desafio do roteiro era que, ao mesmo tempo em que tinha de explicar o que aconteceu com todos os integrantes do time de Dr. Rosen, ele também deveria introduzir a história que iniciará a temporada e ditará os rumos dos 13 episódios que estão por vir.

Dr. Rosen foi ateado em uma cela de um Centro Psiquiátrico como inimigo de Estado, enquanto Bill e Hicks serviam com seus dons à equipe de Clay perseguindo outros alphas para prendê-los na ainda existente prisão Binghamton, com Rachel trancafiada em seu quarto cem depressão, Nina dando seus golpes como sempre e Gary sem enviar notícias há duas semanas, quando trabalhava para o serviço nacional monitorando as atividades dos alphas.

O grande mote da temporada também está no fato de o governo ter feito do anúncio do Dr. Rosen um grande boato sensacionalista e, assim como as teorias da conspiração, existir entre a sociedade com o dilema de uns que acreditam e outros que duvidem.

Enquanto isso, vimos que Gary estava preso em Binghamton, por ter atacado com sua sensibilidade de autista, dois agentes da NSA. A ideia de chips que controlam os neurônios que permitem as habilidades dos alphas funciona e, apesar de achar que não deva ser citado novamente na série, é possível termos o seu retorno futuramente.

A rebelião no Prédio 7, que traz Rosen de volta ao jogo e toda a equipe alpha de volta, foi extremamente inteligente ao ponto de mostrar um diálogo interessante entre Cornell (líder dos rebeldes) e Rosen, que só lhe deu tempo para uma fuga genuína da prisão.

E apesar da previsibilidade da fuga, gostei muito da forma como o roteiro levou a questão toda e a forma como ela ocorreu. Foi perspicaz ver a garota que causou o curto-circuito que deu origem à rebelião criar imagens falsas nos monitores, levando-os a acreditar no que via, mas que na verdade era tudo mentira.

Muita explosão, carro voando, correria e direito até a slow motion de tiro. A cena final e a forma como tudo volta exatamente ao ponto em que estávamos antes da finale, mas nem por isso é menos válido do que tudo o que aconteceu neste episódio, ou no seu predecessor.

O que esperar da série neste para esta temporada? Não sei, mas com toda certeza estarei aqui acompanhando e torcendo por episódios tão bons ou melhores do que este.

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