Um péssimo meio
para uma boa causa.
Episódio que
permeou a estratégia adotada pela Liber8 e o seu plano para a sequência da
temporada, após uma semana de descanso do descaso que foi o episódio anterior e
que, na verdade, mostra-se uma trama sem um rumo devidamente traçado.
O procedural
encapsulado foi, de certa forma, útil para mostrar o que Kagame e sua trupe
quer. A revolução começa pela cabeça e com as pessoas adquirindo conhecimento,
e é isso que se trata esse episódio.
Um problema, logo
de cara, foi uma má referência logo nas cenas iniciais, a utilização do futuro
é sempre muito bem-vinda, desde que sirva para exemplificar um ato que ocorreu
no futuro e que tenha ligação com o passado, mas isso não ficou evidenciado e,
apesar de não afetar o desenvolvimento da trama, não traz nada de útil ou que
adicione algo ao episódio.
O sequestro por
trás de uma manifestação que de pacífica tornou-se um caos e uma sequência de depredação
orquestrada minunciosamente pela Liber8 foi, na verdade, até certo ponto
poético e bastante inteligente, mas que só mostrou como as idealizações da
Liber8 são para uma causa plausível, mesmo tomando rumos um tanto violentos.
Verdade seja dita,
desde o ressurgimento de Kagame, a Liber8 adotou uma postura estratégica muito
mais inteligente e parou de missões estúpidas regadas a golpes e saltos de ação
em slow motion, hoje sou muito mais #TeamLiber8 do que qualquer outra coisa. A
resolução simplória e até bacana só serviu para atiçar ainda mais o movimento
revolucionário e gerar uma margem de lucro gigantesca para o grupo terrorista.
Apesar de tudo
isso, tive certo problema com a obviedade com que as coisas ruminaram. O chefe da segurança e o japonês avulso
estavam envolvidos e você já deduzia isso desde o momento em que os personagens
foram apresentados.
Alec até ganhou um
pouco mais de espaço para os seus dilemas familiares, que mostrou o
envolvimento do meio-irmão com a facção que depredou o prédio da companhia
internacional e tivemos muito blá-blá-blá para aturar do menino e do pai.
A discussão entre o
moleque e o Alec pode ter sido só a primeira de muitas que virão, e digo isso
em referência inclusive ao futuro. Aposto numa grande trama envolvendo o núcleo
familiar esquecido de Alec com o arco principal, mas será que os roteiristas
enxergam o mesmo futuro brilhante caso isso seja aproveitado em Continuum? Duvido.
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