quinta-feira, 26 de julho de 2012

Termômetro: Perception


Deu pra perceber, e sem precisar ter a alta-sensibilidade do personagem do McCormack, que esta semana estamos com algumas novidades. Entre elas, a criação de colunas semanais é o grande destaque. Nesta coluna, falaremos sobre séries de forma geral, desde uma primeira impressão atrasada ou não ou até mesmo uma temporada inteira (como já estou preparando para uma semana especial que está por vir).

A coluna Termômetro do Megastore Series virá sempre com uma série diferente analisar todos os seus prós e contras de sua produção, bem como o desenvolvimento de história e as atuações de seus atores, através de um “termômetro” que medirá a “temperatura” da série, variando entre 0º a 100º (o que eu duvido que alguma série tirará de mim).

Essa semana, o alvo de análise é Perception, produção da emissora TNT e que conta no elenco com o antigo astro da comédia Will & Grace, Eric McCormack. Só assisti ao piloto cerca de uma semana depois de ir ao ar e por indicação do colaborador João Gabriel.

E depois de tudo que vi, Perception comprovou-se ser apenas mais um drama assistível e, por ter McCormack no elenco, uma obrigação prazerosa a todos os seriadores.

Aliás, o Dr. Daniel Pierce, personagem de McCormack, além de ser um genial professor de universidade e, apesar de sofrer de esquizofrenia, é o que a série tem de melhor. Ele encorpara bons elementos presentes em personagens como House (Hugh Laurie) e nos diverte inúmeras vezes com seus atos até um pouco insanos.

O problema da premissa ocorreu por uma má colocação da tentativa de mostrar o subconsciente do Dr. Daniel trabalhando durante o caso, pois ele chega à conclusão do crime através da consciência, mas sem nenhum “disparo” ou uma pista concreta que o leve a tal suposição. Essa talvez seja a palavra, suposição. E através da suposição você não consiga comprar o imaginário dele e sua solução.

Entretanto, a presença de elementos encontrados em séries como The Mentalist e Lie to Me trazem para a série um ar um pouco mais canalha e acaba, apesar dos clichês, funcionando de forma boa e apreciativa.

O maior problema, apesar de tudo, é a tentativa da produção querer que você compre que Rachel Leigh Cook é uma agente do FBI. Em nenhum momento eu consegui leva-la a sério, mesmo quando demonstrou um pouco de seu conhecimento em neurociência, de sua época de aluna do Dr. Daniel.

Em compensação, o elenco de apoio é apenas descritível como excelente. Arjay Smith e Kelly Rowan estão absolutamente perfeitos e funcionaram bem em suas funções na série.

O aval final é que, apesar de ter tido base apenas com o piloto da série, já é possível definir em alguns sentidos se a série é boa ou não, e o que vimos é que, trabalhando alguns pontos, poderemos ter em Perception uma grande série.

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