O melhor episódio
da temporada, até a página dois.
De fato este
episódio de Continuum me pegou
desprevenido e me prendeu durante toda sua duração, sabendo intercalar todos os
pontos dramáticos com as cenas de ação, sabendo criar um bom clímax e ser, ao
todo, uma boa obra, completa, pra falar a verdade.
Não tive problema
em relação ao roteiro, que foi até um pouco poético em criar o “Dia Um” da
Liber8, o “Dia de Teseu”. Mas, o grande problema, é quando relevamos o episódio
e fazemos uma avaliação que engloba o todo e não apenas uma parte.
O episódio “Family Time” foi desconexo e irrelevante
para a trama central, que na verdade é o que tem sido 80% das histórias que
vamos vendo em Continuum. Os
roteiristas simplesmente tentaram mudar a dinâmica e criar um ponto de início
para a Liber8, mas o que vimos foi que absolutamente nada ali terá importância
para a finale ou pro decorrer da próxima temporada, em caso provável de
renovação.
Não foi filler como
os anteriores, por apresentar uma abordagem que tenta construir a história da
Liber8, mas foi simplesmente outra trama atacada sem grandes pretensões que
será descartada na primeira oportunidade que tiverem.
O que a história
tentou fazer foi, resumidamente, contar a história de como Edouard Kagame virou
o chefe dos megaevil e porquê ele quer se vingar das grandes corporações. É
óbvio que quando diz que “aquele foi o
dia que mudou a minha vida” se refere ao dia da morte de seu pai, mas é tão
tosco ele culpar “as corporações” por matar o pai quando na verdade ele quem
manteve a família e dois policiais como reféns e se passou pelo pai. É tão
sem-noção quanto a ideia de paradoxo que eles abordaram na série.
Pra piorar, qual a
necessidade de envolverem Kellog e Kiera, meu Brasil? Não tenho problemas com
isso, ela pode dar comidinha pra quem quiser, mas precisava da cena no futuro
da morte da irmã do Kellog nas mãos de Kiera? Precisava da cena final dela
dizendo “eu estou sempre presente nas
tragédias de sua família?”, sendo que o episódio NÃO ABORDOU ISSO? Desnecessário, irrelevante e completamente
forçado.
Agora, forçado é a
palavra pra explicar a necessidade de colocarem Alec e Kiera presos na mesma
situação. O roteiro precisava pô-los juntos e nada melhor do que o “irmão” dele
sequestrar todo mundo, explodir tanques de propano, inventar a ladainha do “Dia
de Teseu” e prosseguir correndo e fugir de um cerco policial. Pois é, a polícia
de Vancouver já foi mais eficiente.
O engraçado disso
tudo é que Kiera vindo do futuro deveria ter percebido alguma conexão na
história com o grande “Dia de Teseu” (vou ficar repetindo isso só porque achei
cretino, poético e insolente) que TODOS
sabem. Menos ela, pelo visto.
De qualquer forma,
o episódio foi bom, mas a sua conexão com a trama e com os arcos em
desenvolvimento foram pífias. Continuum terá o dever de ser surpreendente na
finale, porque do jeito que vai indo, dificilmente alguém seguirá assistindo a
isto.
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