domingo, 9 de setembro de 2012

Doctor Who - 07x02 - Dinosaurs on a Spaceship

Dinossauros... em uma espaçonave?... AWESOME!

Uma coisa que eu realmente senti falta de Doctor Who nessa sua ausência era essa sua essência cômica e como os episódios são repletos de informação e ao mesmo tempo intercalando com suas inúmeras auto-referências, as referências pop-britânicas e essa liberdade criativa para criar, construir e desconstruir arcos baseando-se na história da humanidade.

Se Steven Moffat foi excelente no script do episódio de retorno, por que não dizer que Chris Chibnall foi absolutamente perfeito, mesclando o ar de aventura que o Doctor e seus fieis escudeiros enfrentam com história egípcia, explorador avulso e, claro, dinossauros.

O episódio "Dinosaurs on a Spaceship" consegue reunir com maestria coisas simples com a magnitude da série, mas o mais importante foi como o episódio se comportou como um entretenimento barato e que passou voando, num piscar de olhos, conciliando com as cenas de tensão e ação e, de quebra, alegrando todas as gerações de whovians pelo planeta com tanta situações cômicas.

O início rápido com a reunião rápida de Rainha Nefertiti, do explorador avulso John Ridell, dos nossos amados Pond e, por acidente, de Brian Williams, mas como todo mundo na família de Rory e Amy é farinha do mesmo saco, por que não generalizar e chamá-lo de Brian Pond também? Pois é, o pai de Rory que vai consertar uma lâmpada e, de repente, se vê dentro da TARDIS, se reunindo em uma outra nave, que ameaça cair na Terra e tem de ser impedida pelo Doc para não virar migalhas por mísseis que estão por vir da Agência Espacial Indiana, tudo isso em 2367, d.C.

Mas se você já estava se contentando com isso, eis que a série introduz um bom vilão, com toques de suspense e comédia, correria contra o tempo para evitar a explosão da nave, muitos dinossauros e, claro, situações constrangedoras que não só o Doc protagonizou, mas também realizadas por Papai Williams. Pois é, Rory, super te entendo, meu pai também me faz passar por situações tão vergonhosas quanto, mas longe de carregar uma mini-pá no bolso.

De qualquer maneira, a descoberta de haver dinossauros na nave não foi nem o charme, mas a forma como ocorreu, com Doctor e sua gangue dividida e com seus arcos sendo trabalhados separadamente, mesmo que o arco em que o Doc se encontrar sempre receber um destaque muito maior. Rainha Nefertiti é a típica badass que todos ama [sic], e confesso que ri litros com a situação toda dela com Ridell e Amy dizendo ser uma rainha também, rainha do Rory, bem, esposa... Ah, você entendeu.

Gostei da forma como trabalharam a questão da nave ser siluriana e em como isso só enriqueceu o conflito entre Doctor e Solomon, ainda mais a decisão obscura e que o Tenth Doctor encarou muitas vezes, de castigar e decidir quem vive e quem morre. Doctor Who é uma série tão complexa que aborda temas como genocídio com total tranquilidade, naturalidade e de forma brilhante.

Adorei o encerramento e a saída utilizada, mesmo com todas as questões éticas que a escolha do Doctor impõe, a discussão se ele agiu ou não corretamente por declarar, praticamente, a morte de alguém. Rory e Papai Brian pilotando a nave, Amy e Ridell cuidando de um bando de T-Rex, e Nefertiti ainda mais badass do que nunca.

Entretanto, o mais divertido, inusitado e sensacional foi a forma que o Doc criou uma relação com o tricerátopo, carinhosamente chamado de Tricey, inclusive o montando e todas as piadas sobre como "fazer ligar ou apertar o freio" do animal. Genial. A morte inescrupulosa dele a mando de Solomon só me fez gostar ainda mais fado escolhido pelo Doctor pra ele.

O encerramento com o Brian realizando seu sonho de ver a Terra em órbita (parece que é um tesão coletivo, quase todos que tripularam a TARDIS têm o mesmo desejo, e quem não teria?) foi fofo, ainda mais com ele viajando pelo mundo, completamente diferente do que estava acostumado antes, e enviando cartões postais pro casal Pond.

E o melhor momento de todos, o que todos os whovians estavam esperando - ou não - e que eu morri de rir imensamente foi o beijo entre o Doctor e o Rory. Preciso falar mais alguma coisa, a não ser que semana que vem vamos ao faroeste brigar com um ciborgue valentão? Não, acho que não.
PS.: Os dois robôs foram divertidíssimos e, claro, Amy querendo fazer high-five com a Nefertiti foi hilário.

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