Ele estava a procura de um doutor.
Tentando popularizar Doctor Who na América, a BBC tem investido em gravar a produção na terra do Tio Sam e produzir coisas que remetem claramente à cultura americana, e nada melhor do que ter o clássico clima de faroeste para representar todo esse clichê americano.
E no meio disso tudo, o que falar sobre esse episódio? Que, acima de tudo, entra no dilema que o Doc vive desde a época pós-Donna, decidindo quem viveria ou quem morria e toda aquela discussão relativa ao episódio anterior? Aliás, esse foi o ponto que mais me chamou a atenção no episódio, a questão do fato do Doctor pirar na batatinha quando passa muito tempo viajando solitário, aliás, alguém se lembra de "The Waters of Mars"?
Parando (ou seria obrigado a parar) no meio do deserto americano, numa cidade chamada Mercy com seus incríveis 81 habitantes e todo aquele clima hostil, cercada por pedras e madeiras - apenas para delimitar o espaço territorial da cidade, coisa básica - por causa de um ciborgue psicopata que estava atrás do doutor. E não, não era o Doc.
As situações cômicas, mesmo em número altamente reduzido comparado ao anterior, foram divertidas e trazem aquele clima característico que a série tem desde a sua criação, mas o mais interessante foi o modo como o roteiro e a história se desenvolveram, bem amarrados e tendo de lidar com a linha tênue do certo e do errado que o fandom adorou a criticar após o episódio da semana passada.
O tal ciborgue pistoleiro, Gunslinger, estava atrás de Kahler-Jex, o médico que o criou, entre outros modelos, durante a guerra no seu planeta para ser o exército e encerrá-la. Acontece que, para ter sucesso em seu "experimento", Jex matou diversas pessoas em testes, e com o fim da guerra e uma danificação nos circuitos do Gunslinger, ele se voltou contra os criadores e estava decido a matá-lo.
Avaliando de forma geral, o Gunslinger era apenas um justiceiro, disposto a matar apenas os reais culpados. A descoberta da verdade pelo Doc abriu a discussão sobre a forma insana que o Doc assume quando está sem seus companions. E, aliás, pelo tempo cronológico dele, ele estava a muito tempo sem eles, se parar pra lembrar que na temporada anterior ele tinha pouco mais de 900 anos e nessa ele já atingiu os 1200.
A saída do roteiro para a situação também foi muito inteligente e bacana, com os excelentes diálogos entre os personagens e tomadas sensacionais. Jex se matando depois de um monólogo e auto-assumindo a culpa, a indicação do Gunslinger para ser o novo xerife da cidade, depois da morte de Isaac e do período de Doc sob a patente, e claro... luzes piscando.
O fandom está maluco, pirando e formulando teorias que misturam ovos, sofás, lâmpadas e listas de natal. Como é Doctor Who e nada parece fazer sentido e no final ter algum, podemos dizer que os Weeping Angels estão chegando, como presente de natal, trocando lâmpadas sobre o sofá enquanto fritam ovos? Só isso vem a minha cabeça... beincadeirinha! Até semana que vem.
P.S.: Review atrasada por causa da faculdade, eu tentei ligar a minha TARDIS e voltar no tempo para postá-la, mas os circuitos internos estavam pifados. Droga!
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