Uma re-estreia de fazer os olhos brilharem.
Que saudades de Glee. Saudades de todas as insanidades provindas de titia Ryan Murphy, do humor ácido e rápido de alguns de seus personagens e do drama adorável de outros. O pior de tudo isso é que eu nem desconfiava que sentiria tanta falta de Glee na minha watchlist.
O que dizer de um episódio que vinha com aquela barra monstruosa de "mudança de hábito" e ter de, além de apresentar novos personagens, reformular a vida de outros tantos. Claro que eu senti falta de alguns, afinal, eles fizeram parte da "alma da série", Santana (principalmente, diga-se de passagem), Finn, Puck, Quinn e Mercedes (assim como Treinadora Beistie, não se esqueçam dela!) fazem falta, em qualquer circunstância, e nós teremos de nos adaptar a esse novo formato. De aproveitar um personagem em um momento, e esquecê-lo por outro.
Acho que eu não lembro de uma premiere tão consistente e tão marcante de Glee quanto essa, aliás, pouquíssimas séries conseguem sustentar no primeiro episódio um nível de excelentismo brilhante deixado pela sua temporada anterior. E os roteiristas da dramédia musical da Fox estão de parabéns por isto.
Já deu pra perceber o quanto eu amei cada pedacinho deste episódio, não é mesmo? A inserção dos novos personagens foi funcional, as histórias foram coerentes (o que no começo era uma raridade tremenda em Glee) e a essência da série permanece a mesma.
O título de duplo sentido do episódio praticamente consegue permear a nova fase da série. Com o dilema de quem assumiria o controle dos principais solos no New Directions e o dilema da Rachel ter de mudar, de se tornar outra pessoa.
No plano de Ohio, conhecemos os novos personagens e vimos outras histórias em paralelo. Além de lidar com "quem assumiria o posto deixado por Rachel Berry", o episódio mostrava as audições para ser os novos membros do Glee Club e um pouco da história do Kurt.
Ai, Porcelana. Eu já falei o quanto eu o odeio? Ele ultrapassa todos os meus níveis de ódio, mas gostei tanto da história dele nesse episódio. Pois é, a abstinência por Glee andou causando efeitos colaterais em mim! Mas o que mais gostei foi ver o apoio do Blaine e, principalmente, de Burt Hummel. Sério, que pai fofo! Abrindo mão de tantas coisas e incentivando o sonho do filho. Quem não quer um pai desses?
A escolha para ser a "nova Rachel" foi meio bisonha, com Unique, Tina, Brittany e Blaine disputando cantando "Call Me Maybe", para que Artie escolhesse.
A introdução dos novos personagens também foi um ponto alto deste episódio. Jake Puckerman e seu ataque de pelancas em sua audição por não ter sido interrompido por Professor Schue foi meio exagerado, mas acho que será tarefa pro Glee Club moldar a personalidade do personagem ao longo de sua estadia na série.
Já a "nova Quinn" ficou a cargo de Kitty, que tem potencial pra ser ainda mais bitch do que Santana e Quinn juntas, mas sem a empatia que as antigas integrantes do New Directions exalavam. Ainda bem que essa linda restaurou a guerra e rebaixou os Gleeks para o posto de losers com direito a slushie na cara. Tempo para a adição de Robin, a filha fofinha de Sue Sylvester. Quanto amor por essa linda.
Mas a história principal gerou em Marley. A doce e humilde garota, filha da merendeira da escola (que só parece ter 10 vezes o tamanho dela) e que tem um talento vocal indiscutível. Eu fiquei com receio dela ser uma versão caricaturada da Rachel, e ainda bem que eles deram uma personalidade completamente única para a personagem.
Falando em Rachel, o que dizer de sua nova forma em Nova Iorque? Adorei todo o elenco que irá contracenar com Lea Michele por lá, principalmente a linda da Kate Hudson, possuída no papel de professora de dança megaevil, ou podem chama-lá de Cassandra July.
E parece que essa nova vida começa a desmoronar o seu relacionamento pão com ovo com o Finn, mas sério que alguém gosta desses dois juntos? Estava torcendo pra esse tal de Brody agarrar ela ali no banheiro mesmo e acabar com toda essa seca vivida por Senhorita Berry. Brody que, pelo visto, vai ser o novo par em potencial pra Rachel, vamos ver até quando eles vão conseguir manter esse "cute style" do casal.
Destaque para Whoopi Goldberg, que retorna e explode a moça que ia cantando "Ave Maria" nos 5 primeiros segundos de música. Destaque também pra qualidade da fotografia de Glee, achei lindo os novos cenários em Nova Iorque. E destaque pra mim chorando com o encontro de Rachel e Kurt na "Big Apple" ao som de "Chasing Pavements".
P.S.1: Semana que vem é o segundo e special para Britney Spears. It's Brittany, bitch!
P.S.2: Gostei de todos os números musicais, mas não significa que eu gostei lá de todas as músicas.
P.S.3: Não gostei das piadas com a mãe da Marley, mas confesso que eu ri quando a Kitty disse que a garota era filha de Mike & Molly, série da CBS.
Músicas do episódio:
- "Sister Christian", de Night Ranger, interpretada por Brody Weston (Dean Geyer);
- "Call Me Maybe", de Carly Rae Jepsen, interpretada por Tina Cohen-Chang (Jenna Ushkowitz), Blaine Anderson (Darren Criss), Brittany S. Pearce (Heather Morris) e Wade "Unique" Adams (Alex Newell);
- "Americano / Dance Again", mash-up com músicas de Lady Gaga e Jennifer Lopez feat. Pitbull, interpretada por Cassandra July (Kate Hudson);
- "Busters Get Poppin'", canção original, interpretada por Stoner Brett (Ryan Heinke);
- "Never Say Never", de The Fray, interpretada por Jake Puckerman (Jacob Artist);
- "Ave Maria", de Franz Schubert, interpretada por Beatrice McLain (Amanda Jane Cooper);
- "New York State of Mind", de Billy Joel (popularizada na voz de Barbra Streisand), interpretada por Rachel Berry (Lea Michele) e Marley Rose (Melissa Benoist);
- "It's Time", de Imagine Dragons, interpretada por Blaine Anderson;
- "Chasing Pavements", de Adele, interpretada por Marley Rose e pelo coral New Directions.
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