segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

American Idol - 12x01/02 - New York / Chicago Auditions (Season Premiere)

Randy: "Eu tô caduco e continuo aqui".
Nicki: "Minha peruca tá caindo. SOCORRO".
Keith: "Onde aperta o botão pra minha cadeira girar? Oh, wait, eu não tô mais no The Voice Australia".
Mariah: "What the hell eu tô fazendo aqui?".
E o maior reality show musical do planeta está de volta. O American Idol vem novo, prometendo um rejuvenescimento e um painel "apaixonado" ao que está fazendo. E qual é o resumo da famigerada semana de estreia que levou 4 horas do nosso precioso tempo? Que Nicki Minaj confunde quem é Cady ou Regina em Mean Girls (aposto que você está indo no Google descobrir neste exato momento). Olha o tamanho do problema.

Falando em problema, era esse um dos grandes motivos de reclamação. O painel de jurados. E acredite, a interação entre o grupo de jurados liderados por Randy Jackson não é das piores. Pra falar a verdade, fica a sensação de que eles estão no mínimo se esforçando pra pelo menos ser funcional, sem jurados samambaias (um beijo no coração de Britney Spears, Steven Tyler e Cee Lo Green) e com comentários úteis (mesmo que alguns acham que a cor da maquiagem é motivo para se dizer "não").

O painel formado pelo único remanescente do painel original, Randy Jackson, traz para este décimo segundo ano um cantor country, uma diva e uma rapper. Keith Urban, o único com experiência em julgar alguém, se sobressai claramente em naturalidade comparada às outras novas companheiras. Nicki Minaj, no entanto, me surpreendeu. Pois é, Minaj mostrou ser extremamente honesta em seus comentários, me divertiu em alguns momentos, apesar de não entender a utilidade de seu "sotaque britânico". Já Mariah Carey não foi tão feliz. A diva bancou a "política" e utilizou toda sua extensão do "vocabulário Paula Abdul de qualidade", restringindo-se a comentários simples (mesmo tendo a capacidade de formular frases, coisa que Spears ainda não descobriu, e tido alguns conflitos com Minaj).

CRÈME DE LA CRÈME
Curiosamente, o meu maior problema nessas 4 horas de programa foram os candidatos. Eu confesso, sou uma pessoa que se apega muito facilmente às coisas, mas uma única mão é necessária pra contar a quantidade de pessoas que se tornaram relevantes nestes dois episódios de estreia pra mim. Aliás, em uma mão dá e sobra pra contá-los. Dois. Ou melhor, duas.

A garota que roubou o pimp-spot das audições de Nova Iorque, Ashlee Feliciano é uma das duas. E por mais que eu possa ficar escrevendo parágrafos sobre o trabalho bonitinho que a família dela faz, o que mais me surpreendeu em sua audição foi a voz. A sua versão de "Put the Records On" foi a única que me causou arrepios. Timbre forte e que começa a temporada na minha listinha de favoritos.

Outra quem garantiu um espaço no meu coração é Kez Ban. A pirotécnica amadora que não acredita nela mesma. Gostei muito da audição dela, com ela falando que ela sabe que não vai ganhar, e sim uma das meninas de 17 anos que fala que "isto é o sonho delas", mas nem por isso torcerei menos, certo? Me conquistou ao cantar "I've Got No Strings" (presente em Pinóquio), mas selou definitivamente ao cantar sua original "Wandering".

QUE DÓ, QUE DÓ, QUE DÓ
E mesmo que outros não conseguiram me cativar tanto quanto estas duas, há alguns nomes a serem lembrados, é claro. E sim, vou começar diretamente pelo fim e falar do dramalhão de Lazaro Arbos. O cubano que sofre de sei-lá-que-doença-rara e que foi pimp-spot do segundo programa e que foi martelado em nossas cabeças que ficaríamos em lágrimas com sua história. Na boa, Nigel, o drama foi tanto que me deu ânsia de vômito. Lazaro, de forma geral, não tem a melhor voz da competição, o nervosismo (talvez, sei lá) atrapalhou sim sua rendição de "Bridge Over Troubled Water", mas, entretanto, espero e sei que ele ainda vai sambar na minha cara.

Outro nome que martelou minha cabeça com seu dramão foi Angela Miller, mas este foi ainda mais positivo do que o de Lazaro. A garota com problemas auditivos e que surpreendeu aos jurados com uma apresentação ao som de "Mama Knows Best", da Jessie J. Ela mostrou confiança durante sua apresentação, dominou o "palquinho" e conduziu bem a performance.

Mais uma pro bloco dos coitadinhos e bulinados é menina Christina "Isabelle". Aliás, história da moça que choca Minajão. Afinal, quem acreditaria que aquela mulher "maravilhosa, linda e confiante", palavras da rapper, sofria bullying e teve problemas em relação ao peso? O melhor é que ela é boa, a sua audição com "Summertime" foi bacana.

EX-PARTICIPANTE-WANNABE
Enquanto uns se fazem de coitadinhos, outros vão tentando conquistar o público que votou por outros candidatos que atingiram relativo sucesso nas temporadas anteriores. É isso o que acontece com Sarah Restuccio, por exemplo. Primeiro, imagens da moça montada num quadriciclo, com uma arma letal em mãos e vivendo na roça. Desculpa, amiga, mas foi muito Skylar-Laine-wannabe. E mesmo que seja uma boa cantora country cantando um clássico de Carrie Underwood, o que mais me surpreendeu foi o talento da moça ao cantar "Super Bass", o hit supremo de Minajão. Entendo a confusão da menina sair do country e parar no rap, mas convenhamos, a menina é boa.

E se você está cansado daqueles carinhas que vão ao Idol, cantam Gospel e esperam ser o novo Ruben Studdard da vida, pode sentar na sua cadeira e ficar mais cansado ainda. Pois Curtis Finch, Jr é exatamente isso. Algo como Jacob Lusk e Joshua Ledet foram nas duas temporadas anteriores. Uma boa voz gospel que, por favor, EU NÃO DOU A MÍNIMA E ESTOU POUCO ME FUDENDO.

MAMÃE PASSOU AÇÚCAR EM MIM
Mas teve gente ousada também, é claro. A linda da Isabelle Parell (e eu paro por aqui, porque ela só tem 15!), trouxe papelzinho e tudo mais pra fazer Keith Urban cantar com ela em sua audição, o dueto "Baby It's Cold Outside". Gostei da voz, gostei da atitude, vamos ver onde isso levará a menina que me lembrou muito Ella Henderson (The X Factor UK).

Além de uma compilação de Minajão soltando a franga pra cima dos homens bonitos de Chicago, claro que sua reação não seria diferente com Griffin Peterson, onde vemos a nossa jurada amada alegar que "ele causa algo nela que Justin Bieber não causa". Um conselho pra Minaj: "Se fecha, amiga". Passou por um triz porque Mariah quer ver mais da beleza do moço, pois se dependesse de Randy Jackson, ele iria morrer debaixo de um caminhão de lixo.

ELES VOLTARAM
Tivemos de fato muitos rostos novos, mas alguns deles retornaram. E um que está de volta é Johnny Keyser, e eu vou ser bem sincero, ele já foi bem melhor. Achei bem qualquer-coisa a versão dele de "Try a Little Tenderness".

E o rei do "comeback" da temporada passada, Colton Dixon, deixou um presentinho para nós nesta temporada. Sim, Schyler Dixon está de volta! Ok, a Fox não mostrou a audição de retorno da moça, em sua terceira tentativa (uma não passou das audições, na outra foi eliminada em Vegas), mas ela está de volta, apareceu segurando seu "golden ticket" no final do programa de Chicago e veremos se seu destino será similar ao do seu irmão.

Sendo assim, ficamos na espera pelo próximo capítulo desta história. Claro, muitos outros foram aprovados, e outros tantos rejeitados (como Jamie Lono, por exemplo, ex-participante do The Voice). Nessas duas localidades, 88 nomes avançaram para a etapa de Hollywood, mas será que algum deles será o próximo ídolo americano?

P.S.: Começo do episódio com o American Idol dizendo: "chupa The Voice e The X Factor, nós temos 371 hits e mais de 200 milhões de singles vendidos, nós temos uma vencedora do Oscar, temos nove Grammys e o nosso último vencedor é disco duplo de platina. Chupa concorrência". Senhoras e senhores, THIS... is American Idol.

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