O concerto das damas.
Finalmente ao vivo. Finalmente enfrentando o voto popular. Não tem mais essa de errar e os jurados passarem a mão na cabeça, chegou a hora da América mostrar serviço e ver se, depois de seis anos, toma alguma vergonha na cara e dê a vitória a uma mulher. Mas isso será assunto para as semanas que transcorrerão a partir desta.
Finalmente ao vivo. Finalmente enfrentando o voto popular. Não tem mais essa de errar e os jurados passarem a mão na cabeça, chegou a hora da América mostrar serviço e ver se, depois de seis anos, toma alguma vergonha na cara e dê a vitória a uma mulher. Mas isso será assunto para as semanas que transcorrerão a partir desta.
Nesta semana, com três programas, totalizando cinco horas e trinta minutos de música, drama, mais música, mais drama, mimimi e anúncio do Top 10, os vinte candidatos restantes subirão ao palco, divididos novamente por sexo, para buscar as cinco vagas dedicadas ao seu cromossomo discriminante.
E os jurados nada poderão fazer. Quer dizer, Randy Jackson, Nicki Minaj, Keith Urban e Mariah Carey agora viram telespectadores de luxo do programa e se limitarão aos comentários pontuais, como sempre, mas sem poder de decisão (a não ser que tio Nigel Lythgoe invente um twist de merda e tenhamos, como usual, algum Wildcard).
Nesta primeira parte, as mulheres sobem ao palco e tentam convencer o público de que merecem uma vaguinha para a próxima fase do programa: os tão esperados Live Shows. De forma geral, podemos dizer que a noite foi quase como eu particularmente esperava, sem nenhuma surpresa, com boas apresentações e, claro, gente esquecível que nem terá o direito de voltar ano que vem (afinal, quem chega nesta fase e disputa o voto popular fica impossibilitado de retornar - e alguém esqueceu de avisar isso à Nicki Minaj).
Zoanette Johnson
"What's Love Got to Do With It", Tina Turner
De uma forma bizarra, eu tenho gostado da Zoanette, aliás, do que ela fez especificamente na semana passada, mas pegar uma música da Tina Turner e tentar acertar as notas como um bom cantor não é, definitivamente, um negócio da Zoanette. A Rainha da Selva, como Keith a chamou, são os trechos com notas altas em sequência de extensão sem fim, e é exatamente a única parte regular (não chega a ser bom, apenas regular, ok?) de toda a música. O arranjo, no entanto, foi bem feito, mas Zoanette esteve, ao menos, uns dois tons abaixo do necessário. De forma geral, isso foi uma grande bagunça.
Breanna Steer
"Flaws and All", Beyoncé
Breanna atingindo meu coração e pegando uma das músicas mais significativas pra mim. Apesar de acertar na canção (para mim), não achei certo para o tom de voz dela. Porém, Breanna me fez acreditar na lírica da canção, me fez curtir a música, me fez gostar da forma como ela contava a história. Ela mostrou vocais suaves e, mesmo sem atingir nenhuma nota alta, foi consistente. No mais, tive um problema com as mãos subindo e descendo, não achei natural, foi tudo teatral demais para mim.
Aubrey Cleland
"Big Girls Don't Cry", Fergie
Eu gosto muito do timbre da Aubrey, mas alguma coisa na performance não deu certo. Aliás, nada aqui me impressionou muito. Por mais que ela tenha ido bem em todos os trechos da canção e não ter errado em nada, achei uma escolha segura e confortável demais, sem grandes riscos. Entretanto, ela consegue cativar em conexão com a música, ela é bem verdadeira enquanto canta, como Nicki excelentemente pontua em seu comentário.
Janelle Arthur
"If I Can Dream", Elvis Presley
Tem alguma coisa errada com a Janelle. Lembro daquela moça que conseguiu me surpreender e arrancar de mim algo como "uma das melhores audições de uma cantora country no programa". Mas não é bem lá isso que andamos vendo nos últimos programas. Janelle tem se limitado demais, tem pego canções que não tem expressado todo seu poder vocal e, apesar desta ter sido imensamente melhor do que "Just a Kiss", ainda não foi 100% feliz em sua escolha.
Tenna Torres
"Lost", Faith Hill
Por algum motivo bizarro que circundam o American Idol a Tenna ainda segue no programa. Por algum motivo ainda mais bizarro o tom de voz dela me lembra Rebecca Ferguson (The X Factor UK 8). E pra ser ainda mais bizarro, ela não funciona em nada pra mim. Tem algo na voz dela que eu acho trêmula demais e nas notas mais altas sai ainda mais trêmulo, e daí fico com a sensação de ser um grito, não uma expressão da voz em si.
Angie Miller
"Never Gone", Colton Dixon
Angela virou Angie, mas ainda assim é impressionante. Angie Miller é impressionante. E mais ainda por pegar uma música do menino Colton e fazer uma versão acústica de um excelente rock-cristão de uma forma brilhante e tão intensa quanto. Angie é contemporânea em suas escolhas e, talvez por isso, tem sido a candidata que mais tem me cativado no programa. Seus vocais não foram perfeitos, mas foram, de longe, o que eu mais curti até agora na noite.
Amber Holcomb
"I Believe in You and Me", Whitney Houston
Se tem gente que a cada semana eu gosto menos (um beijo, Janelle), tem outras que ganham cada vez mais meu respeito. E Amber é uma destas pessoas. A forma que ela pega uma canção da Whitney Houston e canta tão naturalmente, sem forçar nada, sem exagerar em nada, é sensacional. Amber, mesmo sem acrescentar nada de novo ou original a interpretação, foi intensa na medida certa e seus vocais foram poderosos. E ganhar uma standing-ovation coletiva de todos os jurados é uma garantia (ou quase) de que teremos mais Amber pela frente.
Kree Harrison
"Stronger", Faith Hill
E eu achando que Kree nunca mais me pegaria desprevenido ou chegaria a me surpreender novamente... errado! Kree conseguiu encontrar uma canção que funcionou perfeitamente com a sua voz, seu timbre e sua forma de cantar. Os trechos iniciais de forma suave, melódico e com notas seguras nos levando a duas específicas notas mais altas é o que eu posso chamar de "quase perfeição divina". Se a América mandar Kree para casa, eu mando a América pra casa... do capiroto!
Adriana Latonio
"Stand Up for Love", Destiny's Child
Fraco. Chato. Entediante. Pedante. Quer mais adjetivos que possam qualificar essa performance em algo muito abaixo da qualidade esperada ou da concorrência? É por essas e outras que eu queria ver a energia de Shubha ou a originalidade da Juliana Chahayed. Adriana pegou um hino e fez dele um hino, daqueles que você dorme e só acorda no fim pra aplaudir demonstrando o mínimo de educação. Passo.
Candice Glover
"Ordinary People", John Legend
Amém. Amém que tivemos Candice pra dar um choque e fechar a noite. Eu esperava qualquer coisa vindo dela, principalmente alguma diva batida dos anos 80/90 (com todo o respeito, Mariah), mas não, ela foi autêntica e sambou na minha cara ao pegar uma música relativamente atual do John Legend e fazer jus, sem gritar ou estender nenhuma nota além da conta. Vocais precisos, certeiros e, claro, fortes como sempre.
Analisando de forma geral a noite das garotas, dá pra se tirar como base quem são as grandes favoritas, ao menos quatro nomes fortíssimos que deverão seguir na disputa, ainda que tenhamos uma ou outra correndo por fora querendo derrubar alguém e ficar com a suposta vaguinha restante. Aqui vão as minhas apostas.
Formarão o Top 5: Kree Harrison, Angie Miller, Amber Holcomb, Candice Glover e Breanna Steer.Podem aparecer no Top 5: Aubrey Cleland e Janelle Arthur.Certamente eliminadas: Zoanette Johnson, Tenna Torres e Adriana Latonio.
Enquanto a América decide as cinco remanescentes femininas, na próxima parte deste texto, e consequentemente do programa, será a vez dos rapazes mostrarem serviço. Cantar e tentar mostrar suas qualidades diante da América, os jurados e a nós, é claro, em busca de um dos cinco slots disponíveis. Mas e pra você, quais garotas formarão o Top 5 feminino? Quem foi a melhor da noite? A pior? Deixem nos comentários!
REVIEW | TOP 20, PARTE 2 - Guys Perform
REVIEW | TOP 20, PARTE 3 - Results
ANÁLISE | Conheça o Top 10
0 comentários :
Postar um comentário