terça-feira, 5 de junho de 2012

Continuum - 01x02 - Fast Times


O mesmo interesse, ações diferentes.

Continuum manteve a qualidade em relação ao piloto e apresentou um episódio bom dentro de suas limitações. O episódio poderia ter sido muito melhor se eles simplesmente ligassem os ideais abordados no piloto e desenvolvessem com mais calma a ideia de retornar para o futuro, como Kellogg fez questão de fazer.

Aliás, este é um problema recorrente em Continuum, um dos poucos até então. Tenho achado que a série tem corrido em alguns pontos, como a revelação de quem é Alec Sadler no futuro e agora essa tentativa rápida de voltar para o futuro. Entendo que era o motivo necessário para poder fazer com que a Liber8 perdesse uma peça da orbital (é assim que pretendo chamar a bola que faz a macumba de viajar no tempo), mas ainda assim acho que eles poderiam utilizar o tempo do episódio para trabalhar melhor os diálogos e ambientar os “viajantes do tempo” no nosso presente.

Tanto é que o melhor momento do episódio é quando Kiera tenta pegar um carro para chegar ao lugar onde a Liber8 está tentando criar um novo portal para o futuro. Ri muito com a habilidade (sinta a ironia) de Kiera em dirigir o veículo. É momentos como esse que seria bacana de se acompanhar de vez em quando.

Eu não descrevi muito a roupa multiuso de Kiera na review da premiere, mas corrijo o meu erro aqui: ainda estou boquiaberto com a qualidade dos efeitos e com a criatividade dos roteiristas para fazer esta vestimenta funcionar como chave, arma, disfarce, computador e todas as outras parafernálias que ela pode substituir.

Outra coisa que ainda me surpreendo é com a violência gratuita da Liber8 e, por pior que eles sejam ou por mais mortes que eles acumulam, eu ainda sigo torcendo pelos vilões da série. Nem sei se posso chama-los de vilões em um mundo onde somos ditados por grandes corporações, por isso sou #TeamLiber8 até o fim, e aposto que Kiera logo, logo vai querer fazer parte do time.

Outro problema que percebi é que eu realmente não consigo gostar do tal detetive Carlos Fonega e de toda a tensão sexual que eles tentam criar entre ele e a Kiera. A cena no elevador, a troca de olhares, a criação da força-tarefa e tudo mais só tem sido irrelevante para a mitologia que vem sido construída na série.

Trocaria tranquilamente estes momentos por mais tempo de tela para a Liber8 ou para me explicar o que rola naquela família esquisita do garoto Sadler. Sim, ainda acho que eles são e serão fundamentais para o futuro e que eles podem ser os precursores ou do Conselho Corporativo, ou da revolução da Liber8.

As tentativas de voltar para o futuro da Liber8 foram fracassadas, como todos previam. Era óbvio que eles não conseguiriam voltar para o futuro. Nem usando a energia de metade de Vancouver ou de um acelerador de partículas. Mas, como disse, tudo foi necessário para mostrar que os terroristas perderam uma pecinha daquela orbital megaevil.

O disfarce da Kiera também caiu rapidamente e ainda estou embasbacado com a facilidade que os policiais da cidade acreditaram no arquivo que foi precisamente encontrado pela hacker da polícia e que foi preparado por Alec.

A agora agente do FBI, Kiera Cameron, tem uma força-tarefa todinha pra ela e poderá investigar as ações da Liber8 no presente. O que mais estou curioso é pra ver como Kellogg vai se desenvolver. Um personagem que significava nada e que se mostra muito mais interessante ao decidir ficar no presente, um lugar que está muito ruim, mas nada comparado ao futuro.

P.S.: Adorei o flashback (ou seria flashforward?) mostrando um pouquinho do futuro, se esta é a fórmula de todos os episódios eu ficarei muito feliz com a série.

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