O mesmo interesse, ações diferentes.
Continuum manteve a
qualidade em relação ao piloto e apresentou um episódio bom dentro de suas
limitações. O episódio poderia ter sido muito melhor se eles simplesmente
ligassem os ideais abordados no piloto e desenvolvessem com mais calma a ideia
de retornar para o futuro, como Kellogg fez questão de fazer.
Aliás, este é um problema recorrente em Continuum, um dos poucos até então. Tenho achado que a série tem
corrido em alguns pontos, como a revelação de quem é Alec Sadler no futuro e agora
essa tentativa rápida de voltar para o futuro. Entendo que era o motivo
necessário para poder fazer com que a Liber8 perdesse uma peça da orbital (é
assim que pretendo chamar a bola que faz a macumba de viajar no tempo), mas
ainda assim acho que eles poderiam utilizar o tempo do episódio para trabalhar
melhor os diálogos e ambientar os “viajantes do tempo” no nosso presente.
Tanto é que o melhor momento do episódio é quando Kiera tenta pegar um
carro para chegar ao lugar onde a Liber8 está tentando criar um novo portal
para o futuro. Ri muito com a habilidade (sinta a ironia) de Kiera em dirigir o
veículo. É momentos como esse que seria bacana de se acompanhar de vez em
quando.
Eu não descrevi muito a roupa multiuso de Kiera na review da premiere,
mas corrijo o meu erro aqui: ainda estou boquiaberto com a qualidade dos
efeitos e com a criatividade dos roteiristas para fazer esta vestimenta
funcionar como chave, arma, disfarce, computador e todas as outras
parafernálias que ela pode substituir.
Outra coisa que ainda me surpreendo é com a violência gratuita da Liber8
e, por pior que eles sejam ou por mais mortes que eles acumulam, eu ainda sigo
torcendo pelos vilões da série. Nem sei se posso chama-los de vilões em um
mundo onde somos ditados por grandes corporações, por isso sou #TeamLiber8 até
o fim, e aposto que Kiera logo, logo vai querer fazer parte do time.
Outro problema que percebi é que eu realmente não consigo gostar do tal
detetive Carlos Fonega e de toda a tensão sexual que eles tentam criar entre
ele e a Kiera. A cena no elevador, a troca de olhares, a criação da
força-tarefa e tudo mais só tem sido irrelevante para a mitologia que vem sido
construída na série.
Trocaria tranquilamente estes momentos por mais tempo de tela para a
Liber8 ou para me explicar o que rola naquela família esquisita do garoto
Sadler. Sim, ainda acho que eles são e serão fundamentais para o futuro e que
eles podem ser os precursores ou do Conselho Corporativo, ou da revolução da
Liber8.
As tentativas de voltar para o futuro da Liber8 foram fracassadas, como
todos previam. Era óbvio que eles não conseguiriam voltar para o futuro. Nem
usando a energia de metade de Vancouver ou de um acelerador de partículas. Mas,
como disse, tudo foi necessário para mostrar que os terroristas perderam uma
pecinha daquela orbital megaevil.
O disfarce da Kiera também caiu rapidamente e ainda estou embasbacado
com a facilidade que os policiais da cidade acreditaram no arquivo que foi
precisamente encontrado pela hacker da polícia e que foi preparado por Alec.
A agora agente do FBI, Kiera Cameron, tem uma força-tarefa todinha pra
ela e poderá investigar as ações da Liber8 no presente. O que mais estou
curioso é pra ver como Kellogg vai se desenvolver. Um personagem que
significava nada e que se mostra muito mais interessante ao decidir ficar no
presente, um lugar que está muito ruim, mas nada comparado ao futuro.
P.S.: Adorei o flashback (ou seria flashforward?) mostrando um pouquinho
do futuro, se esta é a fórmula de todos os episódios eu ficarei muito feliz com
a série.
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