‘Cause every little thing, gonna be alright…
Um episódio duplo para encerrar uma temporada todinha construída para
introduzir muito lentamente toda a sua mitologia. Verdades sejam ditas, Touch por muitas vezes se superestimou e
durante estes 12 episódios apenas nos introduziu ao que queria apresentar.
Entre muitas coisas que poderiam ser ditas a respeito deste final de
temporada duplo, concordo que ele poderia muito bem ser compactado e
apresentado em quarenta minutos, assim como esperava um enfoque total ao enredo
principal da série, abandonando o padrão e o caso semanal em sua segunda parte.
Uma coisa que eu realmente gosto da série é David Mazouz, o garoto que
interpreta Jake consegue ser frio quando preciso e, com auxílio do sempre muito
preciso roteiro em suas narrações, ser uma grata surpresa durante esta primeira
temporada.
Kiefer Sutherland é um capítulo a parte, sempre fez e muito bem o que
lhe era exigido em cena. Enquanto ao Tio Tim Kring, teremos de esperar pra ver
se ele não vai destruir tudo o que construiu com a mesma maestria que o fez com
Heroes.
Falando rapidamente sobre os casos, vimos na primeira metade de “Gyre” um homem que, por ter estado
presente no tsunami, recolhia objetos devolvidos pelo mar em uma praia da costa
oeste americana esperando que seus donos entrem em contato com ele. Resolução
bonitinha e simples, ligando uma história que contou sobre uma mulher, com o
menino das embaixadinhas e a espada do samurai. Nada muito brilhante ou
diferente do que a série já fez.
No segundo episódio, ainda mais aleatório e esquecível, vimos um cara
andando pelo mundo para fazer músicos cantar o clássico de Bob Marley, “Three Little Birds”. Resultado, uma
história sobre aceitação, troca de sexo e encerramento da temporada com um
clipe de músicos (inclusive vários do Brasil) cantando a canção.
Martin Bohm passou por vários apuros nestes dois episódios. Depois de
Sheri entrar com o pedido de custódia do filho do ex-repórter para o governo,
mas que todos sabiam que ele ficaria a mercê da Aster Corps e teria um destino
parecido com a de Amelia: uma morte falsa.
Aliás, Jake foi tão sacana neste episódio que mesmo sabendo que seu pai
seria colocado para morrer nos trilhos do metrô, nem se mexeu ou tentou avisar
algo do tipo “olha, não sou de falar muito, mas meu pai tá prontinho pra morrer
se você não fizer nada”.
Algo que não gostei foi de Cleo no episódio, ficou apagadinha e no pouco
tempo que teve só soube fingir que traiu a confiança de Sr. Bohm, para depois
mostrar que traiu foi a Sheri e ajudar Martin a fugir com Jake.
Uma coisa muito boa neste segundo episódio, apesar de bastante
previsível, foi Randall, o cara que causou no piloto da série e que esteve com
Sarah Bohm durante os atentados ao World Trend Center no fatídico 11 de
Setembro.
Ele foi preciso para Martin durante a sua fuga com Jake até Los Angeles,
dando-lhe o carro e servindo perfeitamente para o sucesso de sua escapatória
para um lugar em que a Aster Corps não conseguirá encontrá-lo.
A única função dos casos desta semana foi trazer Maria Bello para
emprestar todo o seu talento como a mãe da garota Amelia. Lucy, personagem de
Bello, foi previsível durante todos os minutos dos dois episódios e o
encerramento mostrando Lucy, Jake e Martin em Los Angeles olhando para o
horizonte é apenas, aparentemente, o marco para iniciar uma segunda temporada
com a função de explicar e se aprofundar nos mistérios deixados em abertos por
esta.
Jake pegando na mão do Martin foi bonitinho, e pelo que foi mostrado no
vídeo a respeito de Amelia, ele só irá falar quando quiser dar uma de troll
master e, quando perguntarem a ele por que nunca falou, responder que “não era
necessário”.
Enfim, espero que a segunda temporada aprofunde na mitologia que foi
construída. Nós não sabemos absolutamente nada sobre a Aster Corps e muito
pouco sobre o poder destes 36 soldados da religião judaica. Então, até lá.







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