sexta-feira, 14 de setembro de 2012

The X Factor USA - 02x01/02 - Auditions 1 & 2 (Season Premiere)

Novo. Diferente. Melhor.

A nova temporada do The X Factor americano só terá o grande problema de apagar todos os problemas da temporada passada e finalmente trazer todo o glamour e sucesso conquistado na terra da Rainha. Simon Cowell precisará, antes de tudo, paciência e calma, controlar o ego e ser humilde para reconquistar o público americano.

Muitas mudanças foram feitas, mas o que posso dizer é que me surpreendi positivamente com esta estreia e com a forma que o programa retornou. Nenhuma mudança em questões estéticas, o grande lance desta premiere dupla foi apresentar o potencial inicial do programa e melhorar em níveis nunca antes vistos na qualidade de edição do programa.

Algo que a primeira temporada se suportou foi nas histórias dramáticas, na barra de vida inventada e caricata dos seus candidatos, e este bloco de audições já mostra uma postura completamente diferente e única para o programa. Claro que a ausência de um âncora/apresentador foi sentida, pelo menos nos minutos iniciais, mas a forma como Simon e a bancada de jurados conduziram o episódio e como a intercalação com os bastidores funcionou foi inclusive melhor do que a atual edição britânica.

A grande mudança, no entanto, veio no painel de jurados. Com a demissão de Paula Abdul e Nicole Scherzinger, o programa precisava de um rejuvenescimento e uma mudança completa nos valores. A produção parece ter entendido que este é um programa de talentos, e não um show sobre os jurados, e mesmo com a escolha polêmica do painel, parece buscar por isto.
Retornando como jurado, o criador do programa, produtor musical e o responsável por encontrar nomes como Kelly Clarkson, Carrie Underwood, Leona Lewis e One Direction, o criador do programa, Simon Cowell. Que se junta com o também veterano, L.A. Reid, produtor musical por trás de nomes como Rihanna, Drake, Usher e Justin Bieber.

Mas o que o povão queria mesmo ver eram as novas juradas. A jurada mais nova em realities shows deste tipo no mundo, mas com tanto potencial quanto Cheryl Cole. A atual sensação pop, ex-atriz da Disney, vencedora de 6 TCAs e do recente VMA, Demi Lovato.

Que se junta com o fenômeno, a eterna princesinha do pop, a mulher mais controversa do mundo da música, dona de seis primeiros lugares no topo da Billboard Hot 200 e milhões de álbuns vendidos no mundo, ela, Britney Spears.

Um ponto importante sobre este episódio duplo é em como os jurados estão bem no painel, funcionam e têm química, coisa que talvez nunca tenhamos visto no The X Factor USA. Simon Cowell perdeu muito de sua prepotência e da sua forma de sempre querer roubar os holofotes para si, L.A. Reid está muito mais simpático e melhor entrosado. Como Demi conseguiu dar feedbacks bacanas e se portar bem como jurada. E, apesar de um pouco contida, como Britney levará essa nova fase em sua carreira. Vai ser, no mínimo, interessante essa jornada.

Episódio 1:
Começamos com as audições no Texas e com o momento de muita fofura e comentários no maior estilo Mean Girls. A audição da lindinha Paige Thomas, que contou sua história com sua filha recebendo os comentários mais maquiavélicos vindos de Kaylee e Kaci Newton, as irmãs megeras. O curioso foi como a situação foi proposta, achei divertido e interessante no meio das audições. A audição da Paige, que cantou "I'm Going Down", foi bacana, a presença de palco é o mais legal, mesmo com uma limitação vocal nítida. Ela tem muito potencial como artista e a filhinha dela foi puro amor acenando para Britney Spears.

Há algum tempo, a Fox liberou uma audição em seu site de Shawn Armenta, e acabou virando o maior hit da internet, não pelo seu talento, muito pelo contrário, mas sim por sua cutucada à Demi Lovato, dizendo que a cantora usa autotune e ele não, causando desconforto em Britney, por que será? Melhor que isso é rever pra quem já viu, e ver pra quem não viu, de sua audição cantando "Sweet Cotton Candy Girl", que liricamente já é ruim, na voz dele é uma porcaria com "P" maiúsculo.

Tempo para Britney Spears liberar toda a sua maldade deliciosa que todos amam, ao som de "Toxic", numa compilação divertidíssima da nova jurada megaevil, montada no maior estilo Mel Bitch de malvadez. It's Britney, bitch!

Voltando a nossa sanidade mental perfeita, Reed Deming, um garotinho no maior estilo Justin Bieber, só que mais novo, subiu ao palco e praticamente decidido em cantar uma música do Bruno Mars. Tentou primeiro com "It Will Rain", soou forçado pro Simon e ele pediu para cantar outra música, e me mandou uma "Grenade". Exatamente como Simon previa, muito melhor do que a primeira escolha. Bom timbre e bom controle, mesmo com seus poucos 13 anos. Claro que precisa trabalhar nos vocais, tem boa presença vocal e, dependendo de como formarem as categorias, arrisco até uma Judges' Houses pra ele.

Como não tem apresentador pra segurar a responsabilidade de fazer o programa girar, esta fase basicamente vai mostrar os bons momentos dos jurados em sua "zona verde", numa sala totalmente a vontade. Pra começar, Demizinha interessadíssima em Niall Horan (One Direction), e Simon, como paizão, barrando tudo, inclusive perguntando sobre a vida amorosa da lindinha. Muito amor esse painel.

Lembra das irmãs megeras da audição da Paige e que aparecia sempre com cara de chuchu podre em todas as audições? Pois bem, finalmente chegou a hora da audição da irmã nojenta #1, Kaci Newton. Toda prepotente, se denominando a vencedora da temporada, ela conseguiu arruinar "Firework", como se tivesse alguma coisa entalada na garganta dela.

Em São Francisco, tempo para audições bizarras, com danças esquisitas, gritarias de travestis, um bêbado que parecia um cachorro tentando botar um ovo (via Simon Cowell), uma doida vestida de árvore e gente mascarado. E aquele momento que começa tocar "Let's Get It On", mostrar mulheres bonitas e uma noiva. Bem, o que for aquilo, Quatrele Da'an Smith subiu ao palco, cantou "Born This Way", ouvimos a voz da razão por L.A. Reid, e uma votação que só o próprio Simon Cowell consegue explicar.

É ciente de todos que o The X Factor americano meio que está buscando descaradamente pelo One Direction dos EUA, fazer o mesmo sucesso que os garotos do 1D fizeram no programa britânico, e o Emblem 3 foi só a primeira amostra, mesmo eles não se aceitando muito como uma "boyband". No meio tempo tivemos Vincent Thomas, contando suas peripécias em turnê no maior estilo "histórias de pescador". Enfim, voltando aos garotos do Emblem 3, eles cantaram uma música original chamada "Sunset Boulevard", meio bagunçado, mas com potencial, só que o mais interessante é o interesse de Demizinha nos moços.

E não é só Christina Aguilera que encontra fantasmas do passado em realities alheios, Britney Spears encontrou um ex-colaborador, Don Philip, que quis tentar a sorte depois de 10 anos de fracassos. O problema é ele ir cantar "Halo", com uma dicção horrível e foi praticamente um teste de fogo pra titia Brit, afinal, como reprovar um cara com quem trabalhou? E foi difícil, heim. Ganhou 4 nãos.

Passagem para Providence, a cidade da melhor audição deste primeiro episódio, com a lindinha Jennel Garcia, que foi montada no "Paris (Ooh La La)", acertando todas as notas, cantando bem, com forte presença de palco e com uma personalidade de estrela, amei os falsetes e ela é uma fofinha tão sedutiva que eu não consegui desgrudar o olho da tela. Lindo.

Encerrando este episódio, muito chororô e a barra da menina que sofria bullying. Foi bonitinho pelo contexto e pela forma como eles contaram, da comoção de Demi Lovato e da forma com que os jurados reagiram em relação a sua audição, afetada pelo fator emocional. Jillian Jensen entregou uma performance emocional de "Who You Are", com vocais regulares, um pouco limitados, mas se trabalhado, pode ter um futuro talvez como o de Drew. Mas o mais bacana mesmo foi Demi, que é muito fofa e foi lá abraçar a menina. Quanto amor.

Episódio 2:
Começando o segundo episódio de volta a San Francisco, com a compilação de abertura confirmando a melhora na edição do programa, temos a audição cheia de energia de Johnny Maxwell, com a canção original "All These People", mas assim como a câmera, eu estava muito mais interessado em Mamãe Maxwell, é claro. O garoto me lembrou uma versão mais nova do Drake, até a voz é muito parecida, inclusive no rap.

Cheia de confiança, bonita, montada e seduzindo Simon e L.A., Lexa Berman tentou conquistar os jurados cantando "Too Close", ou aquela música que você deve conhecer pelo comercial do novo Internet Explorer. Enfim, cantando em um único tom, a garota não é má cantora, e entendo a chance que o Simon Cowell quis lhe dar, mas sua arrogância expelida me fez concordar mais com os outros jurados e com seu NÃO.

Tempo para gente querendo seduzir, numa compilação montada com "I'm Sexy and I Know It", com direito ao momento consagrado por Kelly Rowland no programa britânico, dos moços levantando camisa, pra alegria de Demi Lovato. E claro, moças lindas, para delírio do solteirão Simon Cowell.

Assim como os jurados, estávamos tristes por San Francisco não ter mostrado nada de bacana e com potencial de vencedor do programa, mas daí resolveram chamar um tal de Jason Brock, uma versão mais afetada e mais fofinha de Adam Lambert. Cantando "New York State of Mind", depois da monografia de seu sonho de apresentação, ele entregou a melhor audição do dia, com um excelente controle vocal. Sensacional.

De passagem por Providence, o auto-proclamado fã número 1 de Britney Spears, Patrick Ford, subiu ao palco, cantando logo de começo, com um vaso de flores, assustando completamente a jurada e decidindo cantar "Circus", com direito a coreografia vergonhosa e vocais de estourar os tímpanos de qualquer pessoa. O sensacional da audição foi novamente a edição, com música de filme de terror depois do "não" da Britney, divertidíssimo.

Finalizando a semana de estreia desta temporada, tivemos uma garota de 13 anos, Carly Rose Sonenclar, que é uma gracinha e falou "ah, vou ali tentar cantar 'Feeling Good' e ver o que acontece", como se não fosse absolutamente nada. Música que Melanie Amaro detonou na semi-final do ano passado e que essa doçura de menina cantou com maestria. Potencial vocal absurdo, presença de palco excelente e que voz! Resultado: a primeira standing ovation completa da temporada.

Assim, encerramos o primeiro episódio duplo da temporada, com uma melhora significativa na qualidade do programa e que tanto esperamos para ver. É sensacional a forma como o programa voltou, totalmente reformulado, mesmo se mantendo fiel ao original. Esperando para ver mais do The X Factor USA, do que esse painel de jurados e do que estes participantes estão preparando para esta temporada, que promete ser fantástica!

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