Um, dois, três… ação!
Episódio mais que especial em Glee nesta semana, afinal, não é sempre que um musical atinge sua quingentésima apresentação (pro leitor mais lerdinho, é a apresentação número quinhentos, ok?) e ainda estar em uma fase tão bacana de episódios, mantendo um bom ritmo e sustentando bem todas as histórias que têm sido abordadas.
Aliás, é estranho ver que Glee é uma das pouquíssimas séries que têm mantido sua estrutura, sabido trabalhar seus arcos e ter um desenvolvimento de enredo louvável nestes últimos meses. Mais bizarro ainda é saber que ttiia Ryan Murphy anda inspiradíssima e só vem exibindo coisas de excelente tom e utilizado bem dos recursos que tem em mãos.
E este episódio é ainda mais especial. A série não só faz uma homenagem a ela mesma, mas também a filmes e aos clássicos números musicais em filmes. E, confesso, odiei o número de abertura do episódio. Porque conseguiu reunir meu personagem mais odiado, com uma música chata e uma performance nada impressiva. Mas ok, seguimos em frente, afinal, é o desenvolvimento a partir daí que fica interessante.
Sim, é assim que Will Schuester retorna em sua função de orientador do New Direction. Sonhando e tendo a brilhante ideia de fazer músicas de filmes. Mas não é isso que serve como prato principal ao episódio, e sim a revelação, finalmente, do beijo entre Finn e Emma. Depois de serenatas, conversas sobre recomeços e uma tentativa de entender o processo de insegurança da Trairemma (oi?), Cornoschue ouviu de seu quase padrinho de casamento que ele beijou a noiva. Ou ex-noiva, tanto faz. Claro que Cornoschue iria ficar doido do orifício anal, e isso renderá muitas coisas para o episódio seguinte.
Porque, afinal, não é só de cornos, chifres e traidores que vive Glee. Quer dizer... Marley também entrou na história de traição por conta do beijo dado por Ryder anunciando seu amor pela moça, fazendo do projeto de Puckerman outro corno na história. Espera, eu estou ficando tonto com tanta gente chifrada nessa história.
Engraçado e, talvez, o mais revelador da sequência é ver que Marley não está assim tão indecisa. Ela pode demonstrar que sente algo pelo Jake, sequer toca no moço na sequência recriada de Ghost, enquanto pegava com todas as suas forças no chinelo do menino Ryder. Marley, sua linda, você tapeia o Jake, mas não a mim.
Falando em gente traída, temos Rachel lá em Nova York em um processo de traição diferente. Talvez ainda pior. Santana, agora em Nova York, chegou pra mudar um pouco essa dinâmica entre Rachel e Kurt, além de trazer a cota bitch da série que andava em falta. É Santana revirando gavetas, procurando dentro de meias e revirando armários que chega a brilhante conclusão de que Brody é um traficante ao encontrar um pager e maço de dinheiro.
Ainda em Nova York, temos mais de Kurt querendo demonstrar que superou Blaine quando, na verdade, fica sonhando com uma reprodução de “Come What May” com seu ex-namorado, enquanto tem lá menino Adam debaixo do mesmo teto preso por uma nevasca que atingiu a cidade.
Eu odeio Kurt (talvez mais que o Mr. Schue), e todos sabem disso, odeio mais ainda o casal Klaine, e ainda juntam com um número musical que eu não sou lá muito fã (ainda não entendo essa superestimação de Moulin Rouge!) e pronto. Resultado pra odiar todo o arco. Menos Adam, que tem meu apoio depois daquela conversa verdadeira com Kurt.
E, voltando ao McKinley, claro que fomos recheados com performances divertidas e bacaninhas de acompanhar, como a tão esperada performance de “Shout”, a número quinhentos da série. Mas não foi só isso que rolou, afinal, tivemos mais uma competição de mash-ups, que nunca tem vencedor, mas que existe só pra criar mash-ups sem precisar de desculpas. Eu aprovo essa ideia, aliás.
Mas pra encerrar, como uma cereja em cima de um bolo, temos “Footloose”, é claro. Um excelente número musical que fecha bem o episódio e a temática proposta. Próximo episódio, temos praticamente um campo de batalhas, com duelo de boyband e até Sue Sylvester cantando. Como diria Woody, “sebo nas canelas, Bala-no-Alvo!”.
P.S.: Finn e Artie fingindo serem ruivos pra arrancarem dos pais de Emma onde ela estava. Genial, com assinatura de cretinice por titia Ryan Murphy.
Músicas do episódio:
- "You're All the World to Me", do filme The Royal Wedding, interpretada por Will Schuester (Matthew Morrison) e Emma Pillsbury (Jayma Mays);
- "Shout", de The Isley Brothers, interpretada por Blaine Anderson (Darren Criss) e Brittany Pierce (Heather Morris) com o coral New Directions;
- "Come What May", do filme Moulin Rouge!, interpretada por Blaine Anderson e Kurt Hummel (Chris Colfer);
- "Old Time Rock and Roll / Danger Zone", de Bob Seger / Kenny Loggins, interpretada por Blaine Anderson e Sam Evans (Chord Overstreet) com os homens do coral New Directions;
- "Diamonds Are a Girl's Best Friend / Material Girl", do filme Gentlemen Prefer Blondes / Madonna, interpretada por Wade "Unique" Adams (Alex Newell) e Marley Rose (Melissa Benoist) com as mulheres do coral New Direction;
- "In Your Eyes", de Peter Gabriel, interpretada por Will Schuester e pelo coral New Directions;
- "Unchained Melody", de The Righteous Brothers, interpretada por Jake Puckerman (Jacob Artist) e Ryder Lynn (Blake Jenner);
- "Footloose", de Kenny Loggins, interpretada por Sam Evans e Artie Abrams (Kevin McHale) com coral New Directions.
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