terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Grimm - 01x09 - Of Mouse and Man

E finalmente a trama principal andou.

No episódio dessa semana de Grimm, o roteirista deu-se o trabalho e a ousadia de adaptar um dos mais significativos e reflexivos contos que eu já li em toda a minha vida. O livro Ratos e Homens, vencedor de um prêmio Pulitzer, do autor vencedor do Nobel da Literatura, John Steinbeck, é uma obra complexa e incabível, na minha opinião, à mitologia de Grimm.

O dilema de sonhos basicamente tratados, e mal por sinal, na "sucataria" (se é que exista essa palavra) de um dos personagens do episódio é uma humilhação a tudo que a obra propõe. Eu como fã da escrita difícil e reflexiva de Steinbeck, me senti insultado ao acompanhar este caso da semana.

Como telespectador de Grimm, entretanto, me senti convencido de que foi um bom episódio em que a história que serve de arco principal finalmente caminhou, a passos minúsculos e lentos, mas mesmo assim é um avanço.

Não cabe julgar este episódio apenas de forma geral, tem-se de separar o conteúdo-base, no caso a história de Steinbeck, do conteúdo-televisivo, o caso da semana. É errôneo afirmar que a série acertou esta semana, porque não foi, não soube ser competente de honrar a história proposta. Mas também é errado dizer que errou, quando esta não é uma verdade completa.

Deixado as comparações inevitáveis de lado, o episódio nos trouxe uma trama que começa com um assassinato, e segue a investigação de homicídios múltiplos que aparentemente não estão relacionados. Enquanto o provável vilão do episódio era apresentado, um Lausenschlange (uma espécie de cobra-humano), nos envolveu até a motivação do suspeito menos provável, um Mauzheart (um rato-humano), era o verdadeiro assassino.

Os méritos do episódio nem ficaram muito por conta do caso da semana, mas sim pela história principal, onde Monroe apanha e segue com uma foice como aviso. Obviamente relacionado ao ceifador do episódio "Lovelyhearts" (aquele mesmo do comedor de sapos), é um aviso para manter o Blutbäd longe de Nick.

Já Juliette, tenho que confessar que ela conseguiu ser ingenuinamente tonta ao ir atrás daqueles que espionavam sua residência. Deixa que seu noivo policial resolva, e não você vai lá. O bom é que ela começa a perceber que tem alguma coisa errada e esquisita, mesmo sem saber que é seu noivo que enxerga monstros de contos de fada (ok, não é bem isso).

Espero por um episódio que me faça gostar das referências e da história, como foi o episódio d'Os Três Porquinhos. Falta um enfocamento melhor na trama principal e levar mais a sério o que tem proposto.

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