O que acontece se O Flautista de Hamelin decidir hipnotizar Os Três Porquinhos?
Pois é, meus amigos, depois de uma pausinha pra digerir os últimos episódios, Grimm volta com dois de uma vez, um na quinta pra testar a audiência e a receptividade, e o outro na tradicional sexta-feira. Se a trama tivesse sido um tantinho melhor, talvez até funcionasse, mas mesmo assim tem peixe grande demais pra Grimm competir numa quinta.
Dois episódios que eu me senti vendo um festival de horrores, da mesma forma como se eu estivesse vendo American Horror Story, ou aquilo que Grimm sempre faz. Na verdade, eu até gostei de ambas as tramas, mas a segunda foi a única que não seguiu o que a série sempre faz.
Em "Danse Macabre" vimos a "fórmula Grimm": um incidente, eles perseguem o suspeito mais provável e no fim ele é inocente e os vilões sempre estiveram na cara de todo mundo e são, normalmente, pegos.
A história dele é baseada num dos maiores clássicos dos irmãos Grimm que é parodiado até em Tom & Jerry. O Flautista de Hamelin que tem o dom de hipnotizar os ratos, e neste caso, o "Flautista" é um menino que entra em outro clichê onde ele não tem nada e é apaixonado pela menina que tem tudo. Típico de novela da Globo.
Diante de toda a história, comemorei a ausência do Monroe, porque mesmo ele sendo o melhor personagem, ele não conseguiria melhorar esse episódio que além de lento, teve o caso com um desfecho bobo e que não agregou nada a série.
Porém, Juliette "viu" a primeira reação de uma criatura sobrenatural diante de seu noivo, que deixou pra gente uma cena engraçada apesar de tudo. Capitão Reinard segue sendo o potencial grande vilão da temporada e mesmo assim fica agindo como amiguinho de Nick.
Já em "The Three Bad Wolves" vimos sim uma trama superior em inteligência e que me surpreendeu pela qualidade do roteiro, apesar de ter sido um tanto óbvio em algumas partes. Adorei ver o Porquinho resolver vingar seu Lobo-Mau. Falando no idioma da série, ver um Bauerschweins (isso parece nome de cerveja) vingando-se de um Blutbäd.
Mas a grande sacada foi que o vilão investigava a si mesmo. Ou seja, durante o incêndio, o chefe de investigação de incêndios da polícia cobria seu próprio crime. Outro bom ponto foi trazer um pouco do passado de Monroe, com Angelina, uma ex-namorada ou algo assim, já que ela era a Blutbäd perseguida pelo bicho-com-nome-de-cerveja por ela ter matado os dois irmãos dele.
Detalhe pro dilema do episódio e de Nick para a série: "Seria possível uma pessoa ser Grimm e policial ao mesmo tempo?".
Analizando bem, ainda bem que tinha um episódio depois de "Danse Macabre". Grimm volta com um episódio bem medíocre e outro já muito superior. Eu ainda não me decidi 100% se acompanho fielmente a série ou se boto um ponto final neste ano, mas a série tem alguma coisa que me atrai e ainda não sei o que é. Vamos ver, então.
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