E se?
Bom, antes de qualquer coisa, se você ficou esperando uma homenagem em cunho muito maior para “Simplesmente Amor” deve ter quebrado a cara lindamente como eu, se você esperou um episódio que fosse completamente brilhante deve ter quebrado a cara lindamente como eu e se você esperou além da pitada de eloquência um pouco de originalidade quebrou a cara lindamente assim como eu.
Verdade seja dita, este episódio especial de Natal de Glee não funcionou pra mim. O que não significa que foi ruim por completo, porque realmente não foi. Tiveram momentos que salvaram o episódio, mas comparado aos seus antecessores eu o coloco sem dó ou piedade em último lugar.
Um ponto positivo, a ser levantado logo de cara, foi essa brincadeira em dividir o episódio como os episódios temáticos, com cinco arcos diferentes que se encontram no final e encerram cantando uma música com uma superprodução natalina que ninguém sabe de onde vem.
Por este motivo, vou logo propondo algo diferente na review de hoje, vou colocar o episódio dividido pelos arcos, mas ranqueado pelo que eu menos gostei ao que eu mais gostei, ok? Então vamos lá...
5) Sue e seu espasmo natalino: Ok, é óbvio que um episódio com a temática é sempre bem-vindo doses de doçura e momentos bonitinhos que transcendem o espírito do feriado cristão, com um encerramento mais bonitinho ainda com todos cantando uma música fofa.
Mas isso nós já vimos. Claro que em outras circunstâncias. O que me incomoda é esses espasmos bipolares que fazem o coração da Sue ser maior do que Millie Rose, e, sim, isso foi uma piada com o tamanho da mulher.
Claro que é sempre bonitinho ver aos ataques de bondade de Sue Sylvester (?), mas não consegui comprar a naturalidade do momento, bem como a ideia de vender uma árvore avulsa de sei lá quantos anos que vale sei lá quanto pra fazer o “Natal dos sonhos” da família Rose.
4) O Hanukkah dos Puckerman: Tirando o fato de vermos finalmente uma interação entre os irmãos, que não sejam conselhos sobre mulheres e coisas do gênero, o Festival das Luzes dos irmãos Puckerman foi um tanto... Randômico, por falta de uma palavra melhor pra representar o que eu senti ao assistir a sequência na íntegra.
A ida pra Los Angeles com visitas aos estúdios da Paramount e cantoria que se encerrava em uma mansão onde Puck limpava foi uma sequência até bastante bacana, mas não supera o melhor momento que foi o encontro das respectivas mães no Breadstix.
3) O Natal dos Hummel: É aqui que morou o meu caso de extremismo com o episódio. Primeiro porque eu realmente acho exagerado fazer o Burt sofrer mais ainda. O discurso pra encerrar no fato de que ele tem câncer de próstata foi bacana, mas o problema é o câncer. Não bastou quase matar o personagem há algum tempo? Daqui a pouco acho que Ryan Murphy desenvolveu o complexo de Shonda Rhimes e está começando a cogitar em transformar Glee em uma tragédia.
O que mais gostei, no entanto, foi a reaproximação do Blaine com o Kurt, em mais um número musical clássico com direito à patinação e tudo mais. Gostei ainda mais por não terem forçado em um reencontro amoroso e esquecer o que o Blaine fez simplesmente, mas sim tentar uma reaproximação em tom de amizade. Veremos até quando.
2) O sonho alucinógeno de Artie: Aqui vai uma grande verdade: Esse arco não foi nada original, mas nem por isso deveu em qualidade. O mais bacana foi o fato do Artie ter caído da cadeira, dando um tom dramático e intimista muito maior a situação do que, por exemplo, ele tivesse levado uma surra.
O sonho utópico dele foi divertido, tirando a apresentação vergonhosa (e gay, como bem disse Finn), tivemos bons momentos:
- Rory como o leprechaun natalino, o “Anjo do Natal”, guiando Artie ao caminho da verdade;
- Tina continua gaga;
- Becky virou a “putinha” da escola, grávida e querendo dar comidinha pra todo mundo;
- New Directions não existe mais (porque o Artie é a "cola" do coral – isso sooa muito melhor em inglês);
- Will continua com a Teri, agora bebendo, enquanto a mulher carrega uma boneca (!) como se fosse o filho deles;
- Finn é o líder do time de futebol… e megaevil!
- Com referência à “A Felicidade Não se Compra” ("It's a Wonderful Life"), Rachel é a bibliotecária tímida;
- Kurt continuou sendo bulinado (denúncia!) e perdeu um ano e nunca conheceu o Blaine;
- Quinn sofreu o acidente, ficou paraplégica e acabou morrendo... Trágico.
1) O apocalipse Maia: Isso sim foi uma dose de cretinice marinado com bom humor. Incrível a interação entre Sam e Brittany, que juntaram seus neurônios famigerados e tentaram convencer o mundo (leia-se: seus amigos) de que o mundo está para acabar.
Adorei a sequência em que Brittany começa a “falar a verdade” aos seus colegas, foi hilário ver o seu “choque de realidade” em Tina, Joe e companhia. Ver Coach Bieste bancando a casamenteira e selando a união do casal e depois inventar uma nova data de apocalipse para não decepcioná-los ainda mais foi a cereja no bolo.
Por fim, o que dizer do episódio ao todo? Mediano para ruim, com performances fracas e números musicais mais fracos ainda, afinal, todas as boas músicas natalinas já foram usadas, e acho que o desgaste atingiu em cheio este episódio.
P.S.: Rendição simples e minimalista apenas a capella da Marley com “The First Nöel” foi mágico. Apenas.
P.S.: Glee retorna dia 24 de janeiro. Anote no calendário.
P.S.: Glee retorna dia 24 de janeiro. Anote no calendário.
Músicas do episódio:
- "Feliz Navidad", de José Feliciano, interpretada por Artie Abrams (Kevin McHale);
- "White Christmas", de Irving Berlin, interpretada por Blaine Anderson (Darren Criss) e Kurt Hummel (Chris Colfer);
- "Hanukkah, Oh Hanukkah", canção popular, interpretada por Noah “Puck” Puckerman (Mark Salling) e Jake Puckerman (Jacob Artist);
- "Jingle Bell Rock", de Bobby Hemls, interpretada por Sam Evans (Chord Overstreet) e as Cheerios;
- "The First Noël", canção popular, interpretada por Marley Rose (Melissa Benoist);
- "Have Yourself a Merry Little Christmas", de Frank Sinatra, interpretada por Marley Rose, Noah “Puck” Puckerman, Jake Puckerman, Sam Evans, Brittany S. Pierce (Heather Morris), Blaine Anderson, Kurt Hummel e pelo coral New Direction.
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