segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

American Idol - 12x05/06 - San Antonio & Long Beach / Oklahoma Auditions

"O que eu aprendi com titia Ryan Murphy", por Matheus Fernandes.

"Aprendi que se eu quiser ter algum destaque em qualquer tipo de  programa, eu tenho de me fazer de coitadinho. Aprendi que não tenho a melhor voz do programa e, como nem tamanho eu tenho, eu terei de sambar em cima das pessoas com minha história de coitadinho. Por quanto tempo isso vai me levar? Ah, eu não sei, mas quando a coisa ficar feia, eu vou fazer mais drama".

Nos últimos programas de audições desta décima segunda temporada, vimos a qualidade dos candidatos caírem feito um meteoro entrando na atmosfera terrestre. Vimos pouquíssima gente com capacidade e qualidade para ser o novo ídolo americano, e vimos jurados complacentes com algumas coisas absurdas que chegam a merecer o prêmio Jennifer Lopez de avulsidade.

Assim como nas semanas anteriores, estou aqui para comentar o que de melhor o American Idol nos trouxe, o que, nesta semana, não significa que os candidatos aqui apresentados têm qualquer chance de vencer o programa, portanto, já que comecei por Matheus, que continuemos com ele.

THE DRAMA KING
Matheus Fernandes. Ex-participante do reality show do canal Oxygen, The Glee Project, que garantia ao vencedor um arco de episódios em Glee. Curioso notar desde já que Matheus veio pra contar sua história de drama e barra, que parou de crescer e ficou estagnado em seu metro e meio. Curioso notar que sua audição, com "A Change Is Gonna Come" foi, incrivelmente, uma das melhores coisas deste episódio. Mas...

... Mas ainda seguirei com meus dois pés atrás com o rapaz. Vocalmente ele não é uma maravilha, muito pelo contrário, quem acompanhou o reality da Oxygen sabe bem o quão limitado e quão ruim é o garoto Matheus. Aposto que se ele chegar na fase de grupos da Hollywood Week é pra ser eliminado logo em seguida (e se for além... é macumba!).

POUND THE ALARM
Disparem o alarme e com música de nossa amada e diva jurada, Nicki Minaj, o alarme soou. Literalmente. Eu ainda não sei de quem é a ideia de fazerem audições em navios, foi assim com o USS Midway Aircraft Carrier ano passado, foi assim este ano no Queen Mary. Interromperam a audição de Jesaiah Baer e logo em seguida retomaram. O que achar disso? Amei. Tom único e com uma pitada em jazz que é cativante, cantou "Settle Down", de Kimbra, e me conquistou com seu tom incrivelmente suave.

Aproveitando pra falar de gente boa neste bloco de comentários, aqui vai mais um dos meus grandes favoritos da temporada (entrando na minha listinha junto com Kez Ban e companhia): Nate Tao. Primeiro, comentário totalmente tosco do Randy. Ignore-o. Depois, vem a história de surdez dos pais dele. Ele não fez drama, como Matheus fez. No momento que foi necessário de falar de sua história, ele disse, e usou tom divertido e despreocupado. Isso é ter uma Idol quality. Depois, ele cantou de forma esplêndida "For Once in My Life". Não precisa de maiores explicações.

PÊSSEGOS, VERGONHA E GRITARIA
"Dentro de um branquelo há uma negona". É assim que Papa Peachez praticamente se apresenta, repetindo uma das frases mais corriqueiras em audições ano a ano. E se apresenta como uma pessoa que não gosta de fazer covers. E eu pergunto: O que você foi fazer no Idol, meu amigo? Minaj fez campanha pra esse moço, alegando em sua originalidade, mas vamos ser francos. Não foi bom vocalmente, tom esquisitíssimo durante a canção e uma letra mais tosca ainda.

E vergonha é o que eu senti ao ver que este painel de jurados passam uma pessoa como Zoanette Johnson, que assassinou o hino nacional americano com muito oversinging e com a ajuda de Mariah Carey, que, inocentemente, passa a letra ERRADA do hino. Eu ri. Não, eu morri de rir. Agora eu não sei se o erro foi troll ou inocentemente um ato de burrice dela. Socorro.

Foi demais. E eu não aguento. Não aguento esses projetos de divas enrustidas que sobem no palquinho e encaram os jurados gritando mais do que protagonista de filme de terror B. Eu não vi a hora de encerrar a audição de Adam Sanders, que fez meus tímpanos sangrarem e doerem no final de tudo isso.

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADA
E sorria mais ainda que você está indo para Hollywood e com chances de ir mais longe ainda. É o que penso de Briana Oakley e Rachel Hale, duas lindinhas com um bom tom e com força pra ir longe. Briana cantou "Up to the Mountain" (um beijo na alma da Crystal Bowersox), mas ainda assim acho que ele precise de um ou dois anos pra crescer mais ainda (afinal, ela só tem 16). P.S.: Ignorem a história de bullying dela, por favor.

Já Rachel, é outra história. Adoro o sotaque sulista carregadíssimo dela, mas vamos falar sobre seu canto: Uma variação positiva, partindo de uma voz aveludada e suave, e chegando a um tom agressivo, me lembrando muito a voz de Jennifer Nettles, vocalista da banda country Sugarland.

VEIO PRA GANHAR
Em Oklahoma, tivemos dois bons e fortes candidatos. A começar por Halie Hillburn, que fez audição ao lado de seu boneco ventríloquo, Oscar. Eu tinha a certeza de que ia dar merda. Que veríamos algo bizarro. Mas não foi. Halie tem uma boa voz (boa, não excelente) e com as escolhas certas pode chegar forte no Top 40 da competição.

Assim como Karl Skinner, que em seu VT de apresentação me arrancou boas risadas. Ele cantou "I Feel Good" e, além de divertido e ter me soado um pouquinho cover demais, tem uma boa voz. Não tenho certeza de que vá longe e, aposto, que se for passando pelas fases será com uma forcinha dos jurados.

PREENCHENDO QUOTAS
Aquele momento que não se pode terminar um texto de audições do American Idol sem fazer uma homenagem ao povo que faz parte da quota "eu vim fazer mimimi". Com histórias tristes, pra "inspirar" o povo em casa, temos duas que se destacam essa semana, o primeiro: Micah Johnson. Com seu drama de sofrer um dano cerebral que lhe causou algum distúrbio e problemas de dicção (o chamado "cicio"), ele mostrou um tom forte e bacana, sem fazer mimimi em frente dos jurados e trazer o drama pros vocais. Foi bom.

Assim como Kayden Stephenson, que foi o grande pimp-spot da temporada de audições. O último a ser ouvido pelos jurados. O último a receber "sim" e o seu "ticket dourado". Keyden sofre de fibrose cística, e tem uma expectativa de vida estimada em 35 anos. Mas ele não transforma em um drama descabido, pelo contrário, age com muito humor na sala de audições.

Sendo assim, fim de audições. Semana que vem, a coisa fica séria e tudo se resume a semana mais difícil do American Idol para os 286 aprovados para a fase seguinte do programa: a temida Hollywood Week, onde os fracos não têm vez e vários favoritos cairão. Será que o seu irá cair?

P.S.: O que é Steven Tyler surgindo do nada vestido de mulher, hein Brasil? O contrato desse homem vai até onde pra se submeter a essas coisas?
"Isso é o que eu ganho depois de 2 anos com a bunda no lugar onde a Mariah está"

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