A verdade nua e crua.
The Lying Game aprendeu. Aprendeu que não basta vir com episódios com twists forçados e coisas sem sentido. Aprendeu que não precisa ser absurda para cativar o público. Aprendeu que não precisa enrolar, dar voltas e parar no mesmo lugar. Aprendeu que na simplicidade é que mora o sucesso de sua nova fórmula.
Pois é, o segundo ano da série é infinitamente superior ao primeiro, principalmente a nível de desenvolvimento de história e aplicação do roteiro. Quem assiste séries da ABC Family está acostumado a um mar de perguntas sem respostas, mas The Lying Game vem empenhada pra responder a todas elas, mesmo que de forma até previsível, só que o mais importante: funcional.
Em contrapartida, no entanto, também tivemos algumas coisas novas para brincar com a dinâmica do elenco e a proposta do todo. Como, por exemplo, o conteúdo do diário de Kristin Mercer. Sabíamos, afinal, Rebequenga já havia nos contado, que mamãe Mercer quis devolver Sótão, mas eu não esperava que no diário teríamos o conhecimento de que Kristin tinha uma tara pelo Alec.
E nesse meio de campo, o relacionamento entre Ted e Kristin, que tinha tudo pra retornar às glórias graças ao pequeno discurso de Sutton, foi evacuado igual merda na privada depois do desastroso jantar com menina Sótão revelando os segredinhos de mamãe Kristin.
Primeiro, é plausível o sentimento de dúvida e receio de Kristin, entendo completamente o fato dela dizer que teve vontade sim de devolver a filha, porque é algo do íntimo dela, agora, essa tara por Alec já foge um pouquinho de aspecto, mas também é compreensível, por ter sido ele quem ficou ao lado dela enquanto Ted dava uma de açougueiro e cortava seus pacientes no hospital.
Segundo, o sentimento de raiva da Sutton também é compreensível. Imagina, a pessoa que uma hora diz que ela era a coisa mais importante pra ela, escondia em um passado que teve a vontade de mandá-la de volta pro sistema de adoção americano? Até eu ficaria completamente puto da vida se descobrisse algo desse tipo.
Nesta equação, além da mãe e do pai serem atingidos, ainda há uma irmã mais nova sobrando. Pois é, menina Laurel começou a desconfiar da bipolaridade de Sutton, afinal, uma hora é toda meiga e preocupada com o funcionamento da família e no outro simplesmente não dá a mínima e age de forma completamente destrutiva. Sem contar o fato de que conversar com uma suposta Sutton e dois segundos depois ela surgir na cozinha é pra se desconfiar.
E é por isso que ela começa a seguir Sutton. É por isso que ela, genialmente (eu precisei pausar o episódio e aplaudir, afinal, é de uma genialidade absurda), sobe em cima do muro da casa dos Rybek na surdina e vê Sutton e Rebequenga no maior diálogo, até que quer dar uma de Mamute e virar merda. E que os fortes entendam o que eu quis dizer.
Laurel, com a queda, foi parar no hospital e, claro, segue desconfiando de tudo, mesmo que papai Ted diga que foi porque ela bateu a cabeça, mas sacomé, Emma está de volta e lhe despejou a verdade. A reação de Laurel? Não perca os próximos capítulos.
E já que falamos de Emma, gostei muito de ver que não pouparam os segredos por aqui também. Finalmente é do conhecimento dela que Rebecca é sua mãe, depois que uma ex-enfermeira a reconheceu em uma foto mostrada por Thayer. Engraçado é ver como Thayer saca tudo rapidamente, entendendo o que seu padastro quis dizer para Emma em não confiar em Sutton.
Sobre os casais, começo a simpatizar como nunca por Thayer e Emma, principalmente por essa Emma, que enfrenta Sutton e não fica passiva à irmã. Já Ethan e Sutton, digamos que eles se merecem. Ainda tem mais casal, afinal, menina Mads já decidiu que quer liberar tudo e mais um pouco pro meio-irmão-não-tão-irmão-assim, Jordan.
Reparem que a produção faz questão de basicamente deixar claro que o menino tem uma dívida com Rebecca e por isso foi para Scottsdale, pra servir de mais um peão desse jogo de mentiras. Só que na continha matemática de Rebequenga, ela não esperava por Mads interver e acabar comendo o menino.
E os receios do Alec com esse relacionamento me chama a atenção, porque, convenhamos, o promotor não dá a mínima pra quem os filhos andam dando comidinha, mas neste caso específico ele dá (entenda como bem quiser). Eu tenho a sensação de que Jordan poderia ser o assassino de Derek a mando de Rebequenga, não seria absurdo nenhum, já que, aparentemente, tudo parece ter sido desenhado e arquitetado pela mãe das gêmeas.
No mais, esse jogo da mentira cada vez fica mais divertido e mais interessante. The Lying Game cresceu muito em sua segunda temporada e cada vez mais estou gostando de ver os rumos e como as coisas acontecerão. Esperemos pelos próximos episódios.
P.S.: Dan pediu a namorada avulsa em casamento. Não precisa de detalhes adicionais, de tão importante que isso foi. Ainda falando de Dan, promotor Alec quer ele investigando a ligação de Jordan com Rebecca, só quero ver onde isso vai dar.
P.S.: Tia Nanda retorna semana que vem pra alegria geral da nação, ou não. Aliás, foi um prazer o tempinho com vocês. 2bjs.
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