quinta-feira, 17 de março de 2011

[Review] Glee - 02x16 - Original Song

Se começamos há algum tempo duvidar do que Glee era capaz de fazer e nos mostrar, Ryan Murphy e sua trupe nos cala e nos deixa de boca aberta. Em uma única palavra: Perfeito! Ou melhor, quase perfeito. A série conseguiu ao mesmo tempo se focar nas Regionais e ainda nos mostrar histórias que ocorreram paralelamente. Digo hoje que Glee está voltando a ser a série que nos fez se apaixonar por ela.
© FOX / Reprodução
Mas como nem tudo é um mar de rosas, tenho de discordar em um único ponto quanto ao episódio, o ponto em que o episódio deixou de ser perfeito: Sue Sylvester. Ela não é mais aquela diva símbolo de egoísmo, autenticidade e genialidade, o pior de tudo é quando um maldito roteirista pega uma personagem que é ícone na série e a destrói a transformando em uma personagem de tamanha violência, Sue era, com a maior certeza do mundo, muito melhor no passado, no que nesse presente. Se bem que o soco foi muito engraçado e inesperado.

Tirando isso, sem dúvidas esse poderia ser o melhor episódio da série e simplesmente posso falar que amei tudo. Logo de cara somos surpreendidos com os Warblers cantando Misery e com o Kurt sendo curto e grosso com o Blaine, mas era óbvio que Kurt estava certo. Digamos que o Blaine é muito "quero-ser-Rachel-Berrry" e só ele assumia os solos nos Warblers, ele pode até cantar bem, mas não é só com um solista que o coral da Academia Dalton iria superar o New Directions.
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Mas com a verdade dita, Kurt e Blaine engataram um romance - aleluia, demorou até demais-, e terão de enfrentar todas as dificuldades que o preconceito acarreta. Para muitos, Glee é uma série extremamente gay, mas não é isso o que Ryan Murphy tenta passar. Através de roteiros e scripts, ele consegue mostrar como a minoria se sente perante situações constrangedoras.

Quanto ao triângulo formado desde o piloto, Quinn/Finn/Rachel, parece que as coisas vão esquentar e as meninas vão brigar pelo seu amado. A minha pergunta implica em por que o Finn? Sério, ele não tem nada de interessante, se fosse o Puck, até o Artie, acho que seria mais interessante vê-las saindo no tapa. Ele é sem sal, sem graça e um péssimo dançarino, só porque ele pensa que é o líder do Clube Glee, elas tem de sair correndo atrás dele, me poupe Sr. Murphy.

E quanto as músicas, acho que é bom ver a Mercedes de volta ao centro da história. Sempre acho que ela poderia ter uma história melhor na série, querendo ou não, ela se encaixa na definição de minorias que a série tenta trazer. De uma gordinha e ainda negra, dá para se tirar muitos plots interessantes. Santana e Britany são  fantásticas, sensacionais, gostosas e de um encanto de outro mundo, mas não me interessa muito a história lésbica das duas, só me interessaria se elas mantivessem seus estilos, o que não é o que está acontecendo.
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As músicas originais foram um show de comédia (e claro, sucesso) à parte. Eu gosto desse estilo diva da Rachel, Only Child estava muito engraçada, mas perdeu para a autenticidade cômica de Trouty Mouth. Sem contar o modo como Puck pediu desculpas para a Lauren e como Mercedes arrebentou numa música sobre ela mesma.

Acho que se tivessem ido com músicas assim para às Regionais, eles levariam o prêmio de piadas musicais do ano. Mas não, foram com músicas sobre eles mesmos: sobre perdedores. Gostei de tudo nas Regionais, da dancinha religiosa do Aural Intensity, do dueto Kurt/Blaine e de Raise Your Glass, mas nada se compara ao que foi a apresentação da Rachel e do New Directions.
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Get It Right foi perfeita e as notas também estavam solenes cantadas pela voz da Berry. Rachel mostrou como impor sentimento à uma música e isso faz dela mais diva do que já é. E pra encerrar as apresentações, Loser Like Me representa o que Glee é e deveria se tornar o verdadeiro hino da série. Finalmente o coral New Directions passou das Regionais e finalmente vai para as Nacionais, espero que o Vocal Adrenaline volte para botar terror ao clube do McKinley High, adorava a rivalidade entre esses corais.

E antes que eu me esqueça, quando tem uma competição, eis que surgem os jurados. Cada episódio é um novo, diferente e mais engraçado do que os outros, me divirto com eles e com o âncora Rod Remington. Em resumo, eles meio que representam o que foi o episódio: um episódio com a cara de Glee.
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Notas tristes:
Estamos em luto pelo pobre pássaro Pavarotti. Descanse em paz, voz, símbolo e alegria da Academia Dalton em seu caixão decorado bem ao estilo carnavalesco de Kurt. E quanto ao próximo episódio, só dia 12/04, mais uma que nos deixa para entrar em um break maldito.

Músicas do episódio:
  • Misery, de Marron 5, interpretada por Blaine (Darren Criss) e pelo coral Warblers;
  • Only Child, canção original, interpretada por Rachel Berry (Lea Michelle);
  • Blackbird, de The Beatles, interpretada por Kurt Hummel (Chris Colfer) e pelo coral Warblers;
  • Trouty Mouth, canção original, interpretada por Santana Lopez (Naya Rivera);
  • Big Ass... Heart, canção original, interpretada por Noah Puckerman (Mark Salling);
  • Hell to the No, canção original, interpretada por Mercedes Jones (Amber Riley);
  • Jesus is My Friend, de Sonseed, interpretada pelo coral Aural Intensity;
  • Candless, de Hey Monday, interpretada por Blaine, Kurt Hummel e pelo coral Warblers;
  • Raise Your Glass, de P!nk, interpretada por Blaine e pelo coral Warblers;
  • Get It Right, canção original, interpretada por Rachel Berry;
  • Loser Like Me, canção original, interpretada pelo coral New Directions.

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