segunda-feira, 18 de julho de 2011

Alphas - 01x01 - Pilot (Series Premiere)

Com um começo de matar (de tédio), não é que no fim das contas o piloto foi bem mais do que eu esperava.
© Syfy / Reprodução
Numa mistura de CSI com X-Men e com todos comparando-a a Heroes, Alphas vai além de uma história de super-heróis com super-vilões e passa a narrar um drama investigativo, provavelmente um procedural, se baseando não só nas proezas e nos poderes dos personagens, mas sim em suas fraquezas.

Partindo do ponto em que um grupo de pessoas com habilidades especiais formam um conjunto clandestino especializado em solucionar problemas que a polícia não consegue, Alphas faz uma apresentação interessante apresentando os garotos e as garotas utilizando de seus poderes para seu próprio benefício, numa sequência básica de apresentação com uma espécie de ficha médica.

Lidando e liderando a tal força-tarefa de "Alphas" (nome dado às pessoas com essas habilidades "fora do comum"), temos o Dr. Lee Rosen, uma espécie de Professor Charles Xavier (X-Men) e um cientista que investiga e recruta tais "Alphas".

No grupo subordinado por ele, temos quatro seres: Rachel Pirzad, uma sinestesista - pessoa que controla os sentidos -; Bill Harcken, o mega-forte; Nina Theroux, a persuasiva; e o Gary Bell, o menino que controla as ondas eletromagnéticas, consegue ver tudo através delas.

Apesar de todo o lado cientista da história, a trama não nos apresentou as teorias de como os personagens acabaram desenvolvendo tais habilidades e nem toda a sua mitologia que servirá como plano principal da trama com os casos semanais de plano de fundo.

Os minutos iniciais são maçantes, extremamente cansativos, mas são fundamentais para compreendermos a trama e nos situar dentro da história. Entretanto, fomos muito bem compensados com uma brilhante e inteligente história durante o piloto de 2 horas.
© Syfy / Reprodução
A utilização do tempo para mostrar a apresentação do outro Alpha, Cameron Hicks, como ele acabou parando no crime, a base da história da "Red Flag" (a instituição vilã da série) e o outro personagem, Ghost, foi bem feita. Ghost servindo de um "recrutador do mal" era bem simples e óbvio, e tudo acabou sendo bem feito, além de nos aprofundarmos na relação entre cada integrante do time.

Todas as sequências de ação não deveram em nada e ainda estamos um pouco na parte superficial da questão dramática, afinal, é só a estreia. Utilizar Hicks na criação e no desenvolvimento inicial foi bem inteligente e, ao que parece, esses Alphas irão encarar uma guerra entre os dois lados da história (eu estou esperando até hoje a guerra anunciada de Fringe).

Os personagens, a primeira vista arrogantes, no final das contas acabam nos chamando atenção em diversos pontos. A série sobre apresentar seus poderes e será interessante ver como eles irão desenvolver o lado oposto da mesma moeda: as fraquezas.

Gary é o personagem mais irritante, Rachel foi a mais convincente, a bela Nina parece ter um passado obscuro, Cameron será o personagem que funcionará como um pilar da série e Bill é o personagem extra-forte que sempre existe em séries/filmes do gênero.

O piloto foi bem convincente, a história é incrivelmente produtiva e, se bem feita (alguém falou Heroes? No Ordinary Family?) pode arrancar bons momentos. Tem a boa cara de produção da Syfy e pode ser encarada como um bom entretenimento, basta conseguir passar dos minutos iniciais.

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