sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Falling Skies - 01x09/10 - Mutiny / Eight Hours (Season Finale)

Depois de dois meses, resultado obtido: a processar...

Falling Skies faz a burrada que cometeu logo de cara no piloto e juntou um episódio chucro a outro melhorzinho e acabou proporcionando o meu motivo de rir durante a semana inteira. E foi o tal do cliffhanger dos momentos finais ccausador disto, mas, asseguro, a frase acima não está no bom sentido da coisa.

Acho que a série manteve um padrão de qualidade entre os episódios, sendo que uns foram melhores do que outros, tudo isso dentro do tal padrão. O problema de Falling Skies para comigo nestes dois episódios finais ainda seguem os mesmos do piloto: muita balela, pouca ação.

Não estou dizendo que a série teria de incorporar o demônio encapetado, que o Noah Wyle e seu personagem teriam de virar os fodões ou ver extermínios de ETs e de humanos, digo que dentre os furos causados no roteiro por conta dessa específica falha, muita coisa me desagradou, principalmente em momentos que sua necessidade eram quase uma obrigação.

A começar por "Mutiny". Um episódio que centrou num embate muito mais político do que qualquer outra coisa. Quando eles falaram que o Weaver estava se drogando (no sentido literal da palavra) eu já fechei a cara e pensei "não, eles não fizeram isso".

Eles conseguiram piorar mais ainda as minhas impressões sobre o tal comandante da 2nd Mass, que depois de ter sido burramente humanizado, foi escraxado numa sequência pífia e chula de total ignorância e desrespeito pelo personagem.

Outra coisa que me irritou, nem sei se foi neste episódio especificamente, foi o discurso motivacional aleatório do Tom sobre aquilo que ele dizia ser a guerra. Nunca tinha achado que um destes discursos tinha saído de forma forçada e aleatória, mas neste ele conseguiu se superar.

Mas como as emoções não se cabiam só a 40 minutos, eis que, seja lá quem for que está por detrás da produção e ao marketing de Falling Skies, nos saboreia com uma cartada final, que, para muitos, será literalmente fatal.

Nele tivemos aquela coisa gostosa de um bando de civis, com uma criança infiltrada, mais um tiozinho do rádio e o Ben bancando de menino-antena, contra uma porção de meia dúzia de Mechs. Detalhe: Aquilo eram mesmo as tais biribinhas ultrapoderosas que o Pope inventou? Sério mesmo?

No episódio anterior o Pope quase arrancou metade de uma cabeça de um Mech com UM único tiro e neste, pra derrubar UM único Mech, foram precisos quase toda a munição disponível? Tem coisas pra se deixar de lado? Ok, mas este foi um erro irrefutável dentro de um curto espaço de tempo.

Ah, claro, isso tudo porque o Rick se desembestou, quis correr pra sua mamãe Skitter e acabou chorando suas lágrimas de réptil em meio a floresta. O melhor, digo, o pior é ver Tom aparecendo logo depois e bancando de bom entendedor.

Cara, qual é, isso não é uma guerra? Aliás, para um professor de história, acho que o mínimo que ele teria de ter feito é ter metido bala no pobre rapaz, mesmo sendo uma criança. Ele é inimigo depois que se repudia e traça informações suas aos inimigos. Essa não é a primeira regra de uma guerra? Apesar de compreender o lado "diplomata" do Tom, neste caso.

Na outra linha de seguimento do episódio, com Hal, Pope, Weaver e todos os outros soldadinhos de chumbo, tivemos um momento extraordinário. Sério. Mas antes, vamos à compreensão de alguns dos fatos.

Primeiro, qual foi a REAL importância do Hal pro episódio? Segundo, como assim numa cena eles estavam se separando e na seguinte eles já estavam fugindo, se é que deu pra entender? Pra mim, não ver nada explodindo ao fundo, foi uma mesada na testa. Nunca critiquei os efeitos, mas faltou a aplicação dos mesmos aqui.

Para uma série que acabou levando mais de um ano só cuidando dos efeitos, me expliquem, onde eles estavam? Isto é, tirando os Mechs, os Surfistas-Prateados, os Skitters, as naves e a estrutura gigantesca de ferro, onde foram parar esse um ano de trabalho?

Enfim, após drama de falta de adrenalina no sangue por conta da ação meio furada da série, eis que o envolvimento de Tom pode mudar tudo, afinal, o professor aleatório de história é como se fosse o Peter Bishop (Joshua Jackson, em Fringe) de Falling Skies - só falta dizerem que "ele nunca existiu".

Primeiro, ele é professor de história, física ou um atirador profissional? Calcular onde a nave estaria não é das coisas mais fáceis de se fazer não, mesmo usando conceitos fáceis da física, a probabilidade dele ter atirado e acertado eram praticamente nulas, considerando tais variáveis de vento, velocidade, experiência e tudo mais.

Sério, eu não me conti. Ri escancaradamente com o meu irmão passando no corredor e me perguntando se eu estava bem. Tive que parar pra retomar. Mas o pior ainda estava por vir. Depois de Lost ter encontrado a "Luz", foi a vez de Falling Skies fazer o mesmo.

Outra vez, não me conti. Não sabia se eu ria da situação, da cara do Weaver, do close do Surfista-Prateado, da menina que simplesmente brotou do chão na rua, ou se foi mesmo com o Tom indo em direção à luz.
Sério, se eu for ver a segunda temporada de Falling Skies, pode ter certeza que não será por este motivo. Confesso aqui que até o final de The Event com o planeta brotando no céu entre a Lua e a Terra foi mais intrigante e interessante que este de Falling Skies.

Apesar de terem sido críticas até que bem duras com a série por um todo e com meu nível de satisfação não sido satisfatório com Falling Skies, a série tem ainda muito a mostrar e dentre toda essa possibilidade, ainda existe aquela de a série continuar na mesma.

Creio eu que a série ainda está em seu formato, digamos, de lagarta e seu desenvolvimento até se desabrochar como borboleta será meio longo e gradual. Conforme dito acima, não sei se voltarei a ver a trama no ano seguinte, mas se por ventura ocorrer, já sabem onde me encontrar.

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