Alphas encerra sua temporada fazendo o que Heroes não fez em quatro.
Com um finale épico, dentre outros adjetivos, a nova aposta da Syfy para a Summer Season se encerra em plena Fall com um status que, comigo, apenas poucas séries conseguiram. Com uma ousadia tremenda de Zack Penn e Michael Karnow no roteiro, só posso dizer que seu adeus é muito acima do excelentismo brilhante pela qual a série vinha percorrendo.
Fato é que, mesmo em detrimento da apresentação de episódios de qualidade esquecível, a série se mantém num ritmo e num nível absurdo e que eu não esperava a que fosse chegar. Alphas é uma das poucas séreis que me conseguem fazer ficar aguardando pelo próximo episódio com uma ansiedade de um cão por um osso.
A audiência foi massiva e muito consistente até o início da Fall Season e espero piamente que a Syfy mexa seus pauzinhos e não deixe a série correr com produções novas sendo exibidas pelas grandes emissoras americanas.
Seu baseamento físico-científico é o maior atrativo dentre inúmeros que poderiam ser citados. A série se apega a realidade e não infringe o limite do fantasioso em momento algum diante de sua mitologia. Outro ponto acertado em cheio é o elenco, com atuações magníficas de David Strathairn e de gente grande de Ryan Cartwright, além de todos os outros.
A diferença entre o piloto e sua conexão com o seu final de temporada, mostra que a série segue seu plano lógico, como procedural acaba esquecendo um pouco do arco central durante alguns episódios, mas nunca fugiu de seu propósito.
Numa linha narrativa interessante, mais uma vez fomos postos diante da trama sem sequer sermos introduzidos à ela. Sem prelúdios, sem recorrência a episódios passados. Simplesmente caímos de paraquedas no meio da história e, sim, funcionou perfeitamente.
Onde nesta história somos remetidos ao passado da família Rosen e a introdução de sua filha, Danielle (Kathleen Munroe), que começa como vítima, passa o episódio como aliada e termina como vilã e defensora da causa oposta.
E quando a história cria um cliffhanger do tamanho que nos fora mostrado, fica nítido a diferença bisonha aos que creditavam-a como a "nova Heroes". O nosso Dr. Rosen foi na linha contrária do seu objeto com parativo (Professor Xavier, X-Men) e contou para o mundo num live stream ao vivo do Congresso Nacional que Alphas existem, sobre a existência do Centro Clínico de Binghamton e do real líder da Red Flag: Stanton Parrish.
Coube ainda a este episódio nos brindar com o desespero de Gary por Anna, a segunda em comando na Red Flag e que fora baleada num tremendo caos meticulasamente pensado pelo tal Stanton Parrish.
A respeito de Bill, o cliffhanger da semana passada foi tratada de forma superficial para não criar empecilhos no decorrer do episódio. Rachel que tinha um futuro brilhante no piloto passou a ser mera coadjuvante e a cão-farejadora da equipe. Nina e Cameron still in love.
O interessante, ao término do episódio, é que a guerra prevista em anos já deverá ocorrer no próximo ano da série e seremos bem recompensados ao chegar até aqui. Danielle em conjunto com Stanton Parrish será interessante. Marcus Ayres ainda está vivo e não é paça solta na trama.
Alphas pode não ser a líder em audiência, mas é certamente uma das melhores, se não a melhor, estreia destes últimos meses. Certamente a segunda temporada será tão arrebatadora e impecável quanto esta e estaremos todos lá para seguir acompanhando os passos de Rosen, Gary, Nina, Cameron, Bill e Rachel.
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