quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Glee - 03x04 - Pot O' Gold

Pegue suas moedinhas de ouro, mas não gastem com este episódio de Glee.

Glee está de volta de seu hiato longuíssimo de três semanas e, depois de me despertar o interesse com um excelente terceiro episódio, volta a monotonia de um episódio morno, salvo por piadas de Brittany e Satã-não voltando a ser bitch de forma ok.

É inegável que Ryan Murphy tem tentado corrigir os defeitos tortuosos e quase irreversíveis para este elenco de Glee (afinal, próxima temporada, alguns novos personagens), mas a série continua pecando um pouquinho com o cuidado com o seu próprio roteiro frágil e ainda não apresentou algo realmente sensacional.

O esforço em corrigir é notável, como colocar uma plotline melhor definida para cada um dos personagens que rodeiam o Glee Club, tanto é que até o pai avulso do Kurt ganhou um, mas pelo visto acabaram esquecendo daquela quem se diz a protagonista da série.

Rachel é um pé nosaco, tudo naquele grupo gira em torno dela e irrita de uma maneira inexplicável, mas isso tudo é com base na temporada anterior, ou você seria capaz de me dar uma história para a personagem de Lea Michele que tenha sido aberto, executado e explorado nestes quatro episódios iniciais?

Não que eu esteja reclamando da falta de solos da Rachel, mas é muito esquisito você assistir à série e ver todos criticando-a sendo que as falas dela diminuiram 90% por episódio. Finn, em compensação, decidiu virar BFF de Brittany, e mesmo soando forçado, foi tolerável e bacaninha de se acompanhar.

Tanto quanto sua relação com Damian. Se você acha que vou chamar ele pelo nome irlandês whatever dele eu não vou, até porque eu nem lembro mais qual é. O menino vencedor (um dos, pelo menos) do The Glee Project entrou prometendo fundos e sua história com Brittany foi dispensável.

Digo a história, não as piadas. Elas (as piadas) salvaram o episódio com uma história ridícula, mas a dos unicórnios também foi e nem por isso eu não deixei de gostar.

Satã-na trabalhando com toda a sua volúpia para tirar o último unicórnio vivo do New Directions e levá-lo ao The Troubletones foi normal, vê-la bitch é legal? É, mas não consegui gostar como das outras vezes.

O plot de Shelby e Puck estava mais cantado do que as provas manipuladas de A Fazenda. Desde a premiere dava pra sentir uma conexão entre os personagens e claro que terminar o episódio com um beijo entre eles era mais do que previsível, ainda mais com o menino Damian cantando "[...] I love you [...]" com cena de Puck e Shelby ilustrando.

E a Dianna Agron, tadinha, como vilã megaevil querendo detonar a Shelby com referência a Nip/Tuck só para ficar com Bethy.

Detalhe: Músicas boas, principalmente Candyman. Enfim, Glee teve mais um recomeço monótono, mas eu consigo enxergar algum futuro para os arcos criados pelo titio Ryan, claro que a série tem de comer muita feijoada (nem é mais arroz com feijão, ok?) para recuperar seu espaço perdido pelo meu afeto. Veremos.

P.S.: A audiência está de mau a pior. Este episódio teve a audiência mais baixa desde 25 de novembro de 2009, no 11º episódio da primeira temporada, Hairography (episódio de menor audiência da história de toda a série). Alerta vermelho para Glee.

Músicas do episódio:
  • "Bein' Green", do programa infantil Sesame Street, interpretada por Rory Flanagan (Damian McGinty);
  • "Last Friday Night (T.G.I.F.)", de Katy Perry, interpretada pelo coral New Directions;
  • "Waiting for a Girl Like You", de Foreigner, interpretada por Noah "Puck" Puckerman (Mark Salling);
  • "Candyman", de Christina Aguilera, interpretada pelo coral The Troubletones;
  • "Take Care of Yourself", de Teddy Thompson, interpretada por Rory Flanagan.

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