Finalmente...
Depois de três episódios ruins, um melhorzinho e outro bom, finalmente posso dizer que estou diante de um excelente episódio de Glee. Sem dúvidas, tecnicamente falando, o melhor episódio da temporada. Nesta temporada estamos diante de uma série mais madura, e este episódio compensou na excelência de roteiro a falta de graça e a ausência da comicidade marcante da primeira temporada.
Glee é praticamente uma nova série, com os mesmos personagens e novos dramas. A série amadureceu e isto pode ser bom, por um lado, e ruim, por outro. Glee quando tentava se levar a sério não conseguia e neste episódio já não posso dizer o mesmo.
Diante da proposta que foi feita, a série conseguiu atingir e quebrar algumas barreiras e limites que a própria série se impôs durante seus episódios iniciais. E é por isso que eu valorizo ainda mais este episódio para a concepção de toda a série.
E pra conseguir injetar os ânimos que faltava à série, nada que um musical dedicando todo o amor de Puck por Shelby. Claro que a relação entre eles seria impossível na siituação que ambos se encontram, mas é interessante vê-los juntos.
E por conta disso quem sai perdendo é Quinn, que tem sido despresada e ficou desnecessária dentro da trama de Glee. Voltou ganhando impulso junto ao retorno de Shelby, mas até agora só ficou na sombra. Agora deve ficar doida com Shelby a afastando de Beth.
Como nem tudo é perfeito, tenho de deixar registrado meu ódio mortal por Sue Sylvester. As piadas da personagem de Jane Lynch não funcionam e essa campanha apelativa para o Congresso dela já deu e já me enxeu o suficiente para aturá-la.
Rachel só funciona com Kurt e vice-versa. A dinâmica entre os dois personagens quando trabalhados entre eles melhoram relativamente e neste, ver que Rachel abriu mão de sua campanha para Kurt, mostra o quanto a amizade entre eles está acima de qualquer outra coisa.
Três vivas para a irritação com Mercedes diminuída durante o episódio, muito graças ao mash-up de músicas de Adele. Demais coadjuvantes esquecidos ou rejeitados permaneceram esquecidos ou rejeitados, não o caso de Rory (Damian), que garantiu o solo do mash-up do New Directions.
Agora Satã-na. Essa menina me ganhou definitivamente após este episódio. Não só por insultar o tosco do menino Finn, resolver sua rixa num jogo de queimada ou cantar excelentemente bem, mas sim por todo o conjunto da obra.
Naya Rivera assume o posto de queridinha de Heather Morris no meu coração e não é por menos. O seu drama de lésbica enrustida e o senhor tabefe na fuça do Finn encerram bem um episódio que além de discutir o bullying, mostra diversas relações num grandioso progresso em nível de roteiro.
Mostrar a personagem fraca e explodindo diante das desconfianças sobre si mesmo em cima de Finn, abrangindo sua fragilidade e a mostrando é uma prova completamente eficaz explorar outras tramas além das que sempre vemos.
Glee prova que a esperança é a última que morre e que sempre devemos mantê-la com a série. Eu já começava a duvidar que a série voltasse a fazer episódios acima da média e finalmente temos um. Quero saber o que ainda resta por vir e agora sim posso dizer que mal posso esperar pelo próximo.
Músicas do episódio:
- "Hot For Teacher", de Van Halen, interpretada por Noah "Puck" Puckerman (Mark Salling) com Finn Hudson (Cory Monteith), Mike Chang (Harry Shum, Jr.) e Blaine Anderson (Darren Criss);
- "Yoü and I / You and I", de Lady Gaga e Eddie Rabbitt, interpretada por Rachel Berry (Lea Michele) e Shelby Corcoran (Idina Menzel);
- "Hit Me With Your Best Shot / One Way or Another", de Pat Benatar e Blondie, interpretada por Santana Lopez (Naya Rivera) e Finn Hudson;
- "I Can't Go For That / You Make My Dreams", de Hall & Oates, interpretada pelo coral New Directions;
- "Rumor Has It / Someone Like You", de Adele, interpretada pelo coral Troubletones.
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