sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Touch - 01x01 - Pilot (Series Preview)

E eu tinha jurando que não veria mais nada do titio Tim Kring...

Eu preciso fazer uma denúncia comigo mesmo, eu havia prometido a mim mesmo que não assistiria nada que fosse assinado pelo cara que foi o comandante de um naufrágio chamado Heroes, muito menos de alguns outros que assinavam a produção da série mais cara e mais ruim (isso mesmo, mais ruim) do ano passado, Terra Nova.

E queimei minha língua, claro que é apenas o piloto, claro que é só o início e claro que não dá para fazer grandes pretensões quanto ao futuro da série. Kiefer Sutherland é o principal culpado disso tudo, só assisti o piloto por ele e por ter gostado de seu trabalho como Jack Bauer, mas a série me ganhou com 5 minutos de duração.

A introdução narrada pelo menino e astro da série, David Mazouz, com a sequência da abertura simplesmente me animou para acompanhar um piloto de 50 minutos que mal pareceram 25. O grande mérito dele foi por ter pensado em tudo e todos os detalhes, e detalhes que serão os responsáveis pelo futuro da série.

Um detalhe errado ou esquecido pode por a série em cheque, principalmente quando tudo o que é feito precise estar devidamente conectado no final. Uma peça errada, um passo em falso e um esquecimento, mesmo que mísero, pode mudar os rumos da série.

Ao que deu a perceber, sim a série será procedural, mas precisam encontrar uma forma de criar uma trama maior como arco principal para não se basear no simplório. Da mesma forma que aprsentou duas histórias, não necessariamente conectadas entre si, os roteiristas vão precisar criar muitas outras para ficarem em aberto pelo menos até a finale para fechar em grande estilo e com uma história maior.

Na trama, temos Martin (Sutherland), pai do menino Jacob (Mazouz), que é um ex-repórter e agente de bagagens, que perdeu a mulher no fatídico 11 de Setembro e que tem de lidar com a criação de um menino que sequer disse uma palavra e tem o dom de enxergar conexões através de sequências numéricas.

Ainda na base central, conhecemos Arthur Teller (Danny Glover), um especialista em crianças com dons sobre sequências numéricas e que servirá numa espécie de tutor de Martin em relação ao seu filho.

Como Jake tem alguns problemas sociais e anda escalando torres como forma de entrar em contato com Martin, somos introduzidos a Clea Hopkins (Gugu Mbatha-Raw), a assistente social que embarcará nesses roteiros ditos por Jake junto com Martin Bohm para tentar evitar acidentes e outras catástrofes.

A trama do piloto foi conduzida em duas linhas, enquanto a loteria e o acidente do ônibus 318 estavam mais presentes e próximos a eles e foi modificada mais fisicamente por Martin e Jake, havia também a do celular viajante, que foi parar no Afeganistão com terroristas.

Enquanto eu olhava para a primeira e via um bom desenvolvimento e uma boa conexão inclusive com o fato da morte de Bohm no atentato terrorista ao World Trade Center, eu achava que a segunda estava levando a lugar nenhum.

A história foi linda e emocionante até o momento que as fotos foram mostradas nos painéis luminosos no centro de Tóquio, mas achei desnecessária a introdução de uma história com homens-bomba e fogões industriais. Foi over e um tanto forçada, em outras palavras, surreal e irreal.

Touch só estreia oficialmente dia 19 de março, e como exatamente neste dia algumas das séries que eu acompanho chegarão ao fim, não vejo problemas em dar uma carta de confiança a Touch. Se a série for suficientemente capaz de apresentar boas histórias e boas conexões, já vou ficar bem feliz.

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