Quem quer ser o Rei de Westeros?
Finalmente chegou a esperada segunda temporada da aclamada nova série da HBO, Game of Thrones, como eu fiz maratona há pouco tempo, a saudade nem foi tão forte assim, mas a curiosidade sobre como a série encaminharia sua história é sobressalente a qualquer outro sentimento.
Como disse no texto de recapitulação de temporada, prometi que daria um tempo e não leria as sequências literárias ao primeiro livro, até que a temporada, pelo menos, esteja encerrada. Prefiro assim acompanhar tudo no escuro e aguardando o próximo passo da batalha pelo poder do continente e da briga entre as Casas da série.
Este episódio, apesar de ser excelente, como bem a série é basicamente em todos os episódios, foi basicamente introdutório, não sei se pelo fato de que a série precisa de um personagem para ocupar a posição de destaque que era de Sean Bean, o Eddard Stark, ou se foi para atrair novos telespectadores. Creio que um pouco de ambos.
O episódio se inicia com as festividades do Dia do Nome do atual Rei, Joffrey Baratheon, mostrando que segue sendo um personagem de tamanha repugnância e completamente prepotente e irritante. E é exatamente isso que Joffrey é, um adolescente mimado sentado no Trono de Ferro dando ordens da forma que for de seu interesse.
Sansa Stark continua tentando meio que lidar com a morte de seu pai e esperar o momento oportuno para se vingar de Joffrey, com seu irmão semeando uma guerra de dimensões gigantescas para destronar o pequeno Rei, mesmo parecendo uma "prometida" ao pseudo-Baratheon, ela é na verdade uma refém e moeda de troca para Cersei ver seu irmão gêmeo/amante incestuoso de volta.
Apesar do roteiro não ter se apegado a nenhuma história, foi evidente a tentativa de fazer Tyrion Lannister o "novo protagonista" do seriado. Até Peter Dinklage aparece creditado antes de qualquer um do elenco da série durante a sequência de abertura.
Como "Mão do Rei", mesmo de forma interina enquanto seu pai, Tywin, está em guerra, Tyrion foi sensacional na sua poética cena do anúncio de que seu pai lhe nomeara que a canalhice foi tamanha que eu não contive o riso. Assim como foi com a conversa entre ele e Cersei.
Por falar em Cersei, eu achei que Joffrey seria muito mais ardiloso com sua própria mãe após ela ter-lhe dado um belo tabefe em público no salão do trono. E apesar do roteiro soar como se fosse Joffrey o assassino dos bastardos, o correto, ao que me parece, é que é Cersei "destruindo provas" de que Robert Baratheon não é o pai verdadeiro de seus filhos, gerados pelo incesto entre Cersei e Jamie.
No norte, mas ao sul, mais precisamente em Winterfel, Bran segue tendo aqueles sonhos que sempre trazem alguma coisa implícita, como não li os livros, não tenho ideia do que está para ocorrer. O legal também aqui foram os diálogos dele com a Osha, aliás tenho criado simpatia pela personagem e pelo fato de achar que algo maior está a espreita de Bran.
Em guerra, Robb Stark começa tentar arquitetar novas estratégias, mandando sua mãe, após um pequeno conflito de interesses, para firmar aliança com Renly Baratheon, herdeiro legítimo do Trono de Ferro e Senhor da Pedra do Dragão. Gostei da sua introdução, o personagem é interessante e deverá ser decisivo para a sequência da série.
Voltando a falar de Robb, o embate entre ele e Jamie Lannister foi empolgante, mostrar que o garoto não é bobo, mostrando um tremendo amadurecimento e notório controle do agora Senhor de Winterfel e Rei do Norte, segundo seus seguidores.
Atravessando o oceano, Daenerys e seu arco em si me pareceram confusos, não sei quanto e como ocorre as coisas nos livros, mas algo parecia fora do lugar e incoerente com o que George R.R. Martin originalmente propôs. O cometa vermelho tem relevância para a história dela, mas a série fez pouco caso em explicitar.
No mais, ela agora tem problemas para alimentar seus três bichinhos, os dragões que são símbolo da sua Casa e só eu fiquei esperando por ela amamentar os bichinhos? Afinal, ela perdeu o bebê há pouco tempo, na cronologia da série, seria plausível e nojento, mas who cares?
Além da muralha, vimos Jon e seus companheiros de Patrulha da Noite chegando às terras de Craster, com direito a explicações sobre onde foram parar as outras pessoas e um pouquinho de intrigas e conflitos sendo criados para que nenhum homem juramentado ao preto tocasse em nenhuma de suas filhas/esposas.
Além da muralha, vimos Jon e seus companheiros de Patrulha da Noite chegando às terras de Craster, com direito a explicações sobre onde foram parar as outras pessoas e um pouquinho de intrigas e conflitos sendo criados para que nenhum homem juramentado ao preto tocasse em nenhuma de suas filhas/esposas.
Agora temos Joffrey para defender o trono, Renly Baratheon querendo-o a força, assim como Robb Stark, além de termos Daenerys, que na teoria é a dona do trono antes de qualquer Usurpador, e o herdeiro de direito, Stannis Baratheon, caso a linhagem de Robert seja seguida como referência. Como as coisas vão ficar? Nem esta temporada será capaz de dizer.
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