segunda-feira, 23 de abril de 2012

Touch - 01x06 - Lost and Found


O melhor episódio até aqui.

Touch conseguiu atenuar sua mitologia com uma qualidade impecável, mostrou e interligou todos os elementos do episódio de uma forma bastante incomum e “fora do padrão” ao que nos acostumou.

Talvez seja aqui onde mora o grande mérito do episódio, o roteiro foi denso e da mesma forma ágil, conseguiu ser intrigante das mais diversas formas possíveis, utilizou de recursos e elementos recorrentes ao já apresentado e ainda entregou, com tamanha perfeição, um bom drama e diálogos interessantes.

As coisas como tudo ocorreu foi muito bem abordado, partimos de uma conversa no aeroporto e intersectamos em uma história que começou com um sequestro de uma criança.

Todos os pequenos arcos foram imprescindíveis a mostrar a Clea que os padrões que Jake enxerga a interconectou a todas as tramas e lhe explicitou algo que Martin vinha martelando-a a algum tempo.

Agora, por mais que o Estado e o Juizado tente tirar a guarda de Jake de seu pai, Clea vai ser fundamental a apoiar a causa, mais até do que já vinha apostando. Finalmente conhecemos a tal mal falada mãe da personagem e ela foi o agente direto das causas do episódio.

Já nos fora dito inúmeras vezes que ela sofre de esquizofrenia e ela raptou a criança de um casal que estava doente, por isso acabou sendo presa, levada ao hospital, que entrou em contato com Clea, que viu sua mãe após 6 anos e depois viu ela fugir novamente.

A percepção rápida de Martin Bohn foi bastante importante para que eles ligassem a coisa toda e perceber que ela era a pessoa que raptou a criança. O curioso, no entanto, foi a forma como as coisas nos levou até a outra história que ocorria em paralelo.

Ver que uma mulher avulsa acabou tendo problemas com sua bagagem e acabou fazendo com que o cara que acabou de conhecer no aeroporto, após uma breve divagação sobre cruzadas, ocupasse seu assento no voo e salvando-a da morte, já que o avião caiu.

Eu fiquei tentando por diversos minutos entender como apenas ele havia sobrevivido ao evento e, aparentemente, não contar a ninguém do fato. Não houve nada do tipo “ah, meu avião acabou de cair e eu ‘tô’ bem e não sofri nenhum arranhãozinho”.

Ele seguiu agindo como um louco por jazz, foi tentar salvar o prédio que nos anos 20 abrigou os maiores nomes do ritmo musical e acabou salvando mais uma vida, a da mãe da Clea.

Mas engana-se que ele não sofreu nada com a queda, ele perdeu muito sangue em um ferimento no abdômen e, após a sua cruzada por tentar evitar a queda do prédio, caiu no chão e morreu.

Até aqui eu já vinha gostando como tudo foi devidamente trabalhado, mas ainda arranjaram tempo para que aquela mulher avulsa do aeroporto escolher este homem, o tresloucado que sobreviveu a queda de um avião, a ser o doador de sêmen para a geração do seu filho com sua companheira.

E a história foi além, criou um bom plano para ser trabalhado ao fundo do episódio e introduziu com maestria algo que aparentou por muito tempo. Dr. Arthur Teller foi até Jake para entender como ele estava se entendendo com a “sequência de Amelia”, a provável paciente do quarto número 6 e que vinha sendo o grande mistério da série até aqui.

A diretora da casa onde o Jake tem sido guardado tem envolvimento direto, não me surpreende, mas o que me pegou desprevenido foi a morte do Dr. Arthur. Ele vinha sendo de grande ajuda para Martin entender Jake e, agora, as coisas tendem a ficar mais sérias.

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