E virou mais uma história sobre vingança.
The Killing deu indícios de seguir com o caso de assassinato de Rosie
Larsen com suspeitas de vingança, onde, talvez, tenha cometido o seu maior erro
nesta temporada. A série que perdeu muita credibilidade com o público e
imprensa americana por não revelar o assassino ao fim da primeira temporada não
se pode dar ao luxo de cair em clichês, mesmo sabendo que conheceremos um twist
no episódio seguinte e ver que, apesar das semelhanças, não é exatamente o que
foi mostrado.
Mais uma vez a série praticamente implica a seguir talvez um suspeito
que não leve ou agregue muitas informações ao caso, mas que por ter informações
sobre a máfia de Janek, pode ser que ganhe uma relevância maior.
A princípio, este episódio foi uma grande perda de tempo e atraso para a
investigação, quando está ficando cada vez mais nítido e óbvio que Janek e a
sua gangue estão por trás do caso e alguma coisa indica que a poderemos ter um
envolvimento da política também no caso, não com Richmond, mas sim com o
prefeito, Leslie Adams, que disputava as eleições de Seattle contra o vereador
baleado.
A obviedade também esteve presente de forma geral com o caso, o roteiro
não permitiu que criássemos dúvidas ou demais preocupações pelo fato de Giffs
ter estado envolvido com Rosie, por aparentar se vingar de Stan, pelo
assassinato de seu pai, Piotr.
Para ser bem franco, o episódio como um todo não foi muito feliz, Veena
Sud não conseguiu construir e amarrar de forma inteligente e apresentar a ideia
de forma que não prejudicasse os demais arcos.
A questão também não estará em buscar uma simples resposta para o
envolvimento de Giffs, Sud e sua equipe terão de trabalhar com uma forma que
finalmente consiga surpreender e fazer com que suas reviravoltas funcionem de
forma perfeita.
Linden e Holder, por mais que se esforçassem em entregar pistas com que
nos fizesse – os telespectadores – acreditar que estariam nos surpreendendo. O
grande destaque, no entanto, foi a relação pessoal entre eles e muito mais em
como Linden conseguirá passar e enfrentar o impasse judicial com o ex-marido
pela guarda de Jack.
Com isso, ganhamos mais um show de interpretação de Mireille Enos, que
soube atenuar e imprimir com perfeição às feições de sua personagem a cada
momento pela qual passara.
Outro que segue sendo excelente em atuação é o intérprete de Stan, que
vai tendo de levar nas costas a família, ainda encarar Janek e os problemas com
os filhos. Acho até que Stan está conseguindo criar um potencial mafioso dentro
de casa, tanto é que Tommy foi aconselhado a revidar as agressões na escola e
ainda prendeu o irmão no porta-malas do carro.
Um grande problema que tenho sentido, porém, é a ausência de Michelle
Forbes. Mitch era a personagem que transmitia com maior perfeição cada
sentimento e cada sofrimento que a mãe de uma adolescente assassinada de forma
fria poderia sentir.
A atriz que faz a Terry também consegue transmitir emoção, mas não com a
carga e empatia com a qual Michelle Forbes fez principalmente no início da
série. Falando em Terry, ela é a que mais se desgasta com a perda de Rosie no
momento, ainda mais pelo fato de ser a ligação entre Rosie e o programa de
acompanhantes, o Beau Soleil.
A proposta do
episódio com Richmond só me fez rir, rir com a cena em que Jamie tentava e
ainda mais com o diálogo. Acho que a cada cena dele, a história com baseamento
político, tudo está bastante desgastado na série, ou eles criam um novo elo,
assumem de vez que não há nada (o que duvido), ou então deixam de exibir
algumas das cenas com tal baseamento.
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