quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Being Human US - 03x03 - The Teens They Are a Changin

Sally, uma vadia sem coração que mesmo quando faz o certo acaba fazendo o errado.

Depois de um episódio que demoliu basicamente boa parte das tramas abertas no episódio de estreia da terceira temporada da versão americana de Being Human, eis que nos deparamos com um episódio incrivelmente divertido. Em total essência, é possível dizer ainda que foi um dos episódios com o maior número de piadinhas irônicas e uso de sarcasmo.

Principalmente quando o alvo deste sarcasmo é Sally. A nossa ex-fantasma coitada que não ouve as recomendações da bruxa mágica de magia afrodescendente e saiu passando o rodo em menino Trent. Confesso que estava esperando uma abordagem diferente para o problema e uma dinâmica completamente contrária ao apresentado para a personagem de Meaghan Rath.

Neste episódio, Sally estava se sentindo culpada por ter "acidentalmente" (entre muitas aspas, por favor) assassinado o Trent e, usando isto como pretexto, foi atrás da "alma" do rapaz para ajudá-lo a encontrar a sua porta. A partir do encontro e todo desenvolvimento em questão se torna em uma grande piada, no sentido bom da palavra, ao contrário da semana passada.

Ela explicando que ela seria a responsável pela morte dele e a reação dele a chamando de "vadia horrível sem coração", acompanhado do pedido dele de abrir o jogo pra ex-noiva dele e a conversa de Sally com ela, em si, foram os grandes ápices do episódio.

A grande verdade deste episódio é que Trent nasceu pra ser burro, enganado e traído. Fato. Como se não bastasse pedir pra Sally assumir que ele foi infiel à noiva, descobriu que ela também o traía e, quando sua porta finalmente aparece pronto para levá-lo para o "Além", pobre Trent, foi enganado mais uma vez.

A bruxa má do mal megaevil está de volta. E você pensa, assim como menino Trent, que ali era seu fado, terminar numa cozinha, descascando batata eternamente e fazendo sopinha, e vem a nossa amada bruxa, Donna, detonando o coitado em frangalhos e, pausa para o choque, comendo-o. Refeição com níveis nutricionais elevadíssimos, servindo como fonte rejuvenescedora da mulher.

E como esse arco inteiro envolvendo Sally e o fundo de história com a Donna são coisas a serem desenvolvidas aos poucos (ainda mais com a mulher desenterrando Ray, ainda não entendi seu interesse com o morto), o nosso vampiro em questão anda a procura de alguém pra ser comido.

Depois de ter libertado Emma, ele teve que arranjar alguém com sangue puro (leia-se: não infectado pela gripe suína matadora de vampiros) para poder se alimentar e alimentar a Henry. E isso não me faz sentido. Se ele teria que ir atrás de alguém pra que lhe dê comidinha, por que libertou Emma então?

Apesar dos pesares, nesse momento temos o melhor momento a nível de interpretação do episódio. Kyle Schmid me impressionou. Muito mais até do que Sam Witwer. A entregação em cena e o desespero estampado em Henry é intenso e verdadeiro, não parece forçado e exala o medo do personagem.

Você compra como se o Henry estivesse realmente morrendo, já que ele, em um ato desesperado, foi até o hospital e acabou "bebericando" de algum sangue infectado, com a desculpa "ah, só uma vez não vai me matar". Pois é, nesse negócio de "só uma vez..." sempre tem neguinho se ferrando. Neste caso foi o francês.

Não sei se veremos Henry morrer, se bem que a morte em Being Human US tem sido bem relativo, afinal, vimos Bishop morrer há eras, mas Mark Pellegrino está sempre aí fazendo pontinha. Não duvido de criarem alguma provável saída, acho que não estou preparado pra ver Henry embora (mesmo que ele mais me irrita do que acrescenta). Enfim, resta esperar até semana que vem para descobrir.

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