segunda-feira, 10 de junho de 2013

Glee - 04x20 - Lights Out

Apagão.

"Lights Out" é um episódio daqueles que me remetem àquela segunda temporada horrível de tão mal-feito e tão mal-cuidado. O episódio leva uma ideia tão interessante de aproveitar um blecaute e termos uma semana de músicas em versões acústicas (unplugged), mas peca na edição e com o cuidado em relação aos cortes de cena e tratamento de transição.

Coisas técnicas que só podem ser definidas como um apagão. Ou não. Todos sabemos que Cory Monteith teve um problema e entrou em reabilitação, o que explica, em partes, alguns cortes e transições completamente mal editadas, mas não absolve em absolutamente nada o desastre que foi este episódio.

E pra completar o desastre, temos a história do Ryder. Algo que poderia ser tão bem desenvolvido, mas que acaba se tornando algo bizarro e completamente sem sentido, e o pior, sem ter um desenvolvimento plausível. A história de que foi abusado quando mais novo poderia ser bem trabalhado, mas acaba passando por um tom superficial, ainda mais quando, por opção de roteiro, vemos o melhor personagem da temporada e aquele que mais cresceu na mesma ter uma fala horrível e fora do condizente ao que lhe foi construído ao longo dos quatro anos.

Sim, Sam, assim como Jake e Artie, assumem uma postura que beira o ridículo, ao acharem que serem abusados quando crianças por uma babá é algo a ser louvado e comemorado. E a sequência abre ponto pra Kitty também dizer que foi abusada. O que me faz me perguntar em como chegamos até aquele ponto? Todas as tramas pareciam simplesmente jogadas na tela e a cargo do telespectador entender em que pontos tudo se encaixava. Novamente, um trabalho porco em edição.

Quem finalmente apareceu neste episódio foi a personagem da segunda colocada da décima primeira temporada do American Idol, Jessica Sanchez (minha favorita na temporada vencida por Phillip Phillips), interpretando a nova ameaça ao New Directions, Frida Romero. Ainda não sei o que dizer sobre Frida como personagem em si, só que espero que tenha um desenvolvimento superior ao de Charice, hoje esquecida no limbo (e recentemente longe de Nárnia ao sair do armário e assumir sua sexualidade - e seu look à lá Yudi do Bom Dia & Cia.).

No mais, ainda temos Blaine tentando investigar e dar sentido aos derradeiros acontecimentos daquele tiroteio do mágico e incrível episódio, "Shooting Star", com direito até a volta de Sue Sylvester em roupas de colã e muita aeróbica avulsa, coisa que amamos em Glee. Por conta da má edição e da retirada de Finn dos planos deste final de temporada, esta é outra história que sofre com desenvolvimento e cuidado da edição.

A história, em si, não anda em nada, apenas que vemos Sue retornando ao McKinley High e vê suas Cheerios sob o comando da treinadora Roz. A cena é bonita e bastante bacana de se acompanhar, ainda mais com a excelente interpretação da canção "Little Girls".

Em Nova Iorque, no entanto, a história funciona como o episódio: parte do nada e se caminha pelo nada e finaliza no nada. A história do balé é bizarra e completamente desnecessária, por mais que encaminhe a personagem de Naya Rivera. Tudo que acontece é sem nexo e sem conexão, assim como o episódio por si só.

Minha preocupação é por ver a série crescer, fazer um episódio deste tipo em uma reta final é um tiro no pé, se ninguém retomar as rédeas de Glee as coisas só podem tender a ir ao erro e encerrar uma boa temporada de forma fraca e muito ruim.

Músicas do episódio:

  • "The Star-Spangled Banner", canção popular, interpretada por Frida Romero (Jessica Sanchez);
  • "You've Lost that Lovin' Feelin'", de The Righteous Brothers, interpretada por Sam Evans (Chord Overstreet) e Ryder Lynn (Blake Jenner);
  • "Everybody Hurts", de R.E.M., interpretada por Ryder Lynn;
  • "We Will Rock You", de Queen, interpretada pelo coral do New Directions;
  • "Little Girls", do musical Annie, interpretada por Sue Sylvester (Jane Lynch);
  • "At The Ballet", do musical A Chorus Line, interpretada por Isabelle Wright (Sarah Jessica Parker), Rachel Berry (Lea Michele), Santana Lopez (Naya Rivera) e Kurt Hummel (Chris Colfer);
  • "Longest Time", de Billy Joel, interpretada pelo coral do New Directions.

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