terça-feira, 5 de abril de 2011

[Review] The Killing - 01x01/02 - Pilot / The Cage

© AMC / Reprodução
Por @kelvinbastos
E aí, quem matou Rosie Larsen? Afinal, não tinha como começar a primeira review de The Killing sem sequer mencionar a pergunta que promete marcar o novo conceito de se fazer TV. Essa série, baseada na dinamarquesa Forbrydelsen, é mais uma super produção da AMC que entra de vez no mercado de séries, afinal, uma emissora que detém títulos como The Walking Dead, Rubicon, Mad Men e Breaking Bad, não deve ser nunca subestimada.

Esperada pela crítica e tão aguardada pelos maníacos por seriados, The Killing não só conseguiu apresentar um episódio, melhor, dois episódios concisos, como também soube aproveitar cada minuto sem sequer se antecipar e pular qualquer etapa do processo de desenvolvimento da trama.

Com um casting perfeito desses e com personagens que se resumem ao mistério, The Killing não me decepcionou em nada, com pouco mais de 8 minutos eu já havia me apegado a série e a toda a linha de raciocínio que ela pretende trazer.

A novata da AMC não é um draminha procedural à lá NCIS ou CSI da vida, a estreante consegue ser um drama complexo, um verdadeiro thriller, onde cada passo, cada cena e cada fração de segundo é importante para toda a compreensão que nos levará a conhecer o (a) assassino (a) da jovem Rosie.

O piloto soube apresentar de forma brilhante os personagens e o que a história vai mostrar, e além do mais que, acabamos que nós ficamos se deleitando com tamanha qualidade. Desde a parte mais técnica como fotografia, locação e trilha sonora como os mais comentados, como roteiro, interpretação e direção.
© AMC / Reprodução
Diante do intrigante desaparecimento de Rosie Larsen, conhecemos os detetives que ficaram com a difícil tarefa de, primeiro, resolver o caso de desaparecimento para que, segundo, possa levar à uma investigação de homicídio.

Sarah Linden (Mireille Enos) recebe este caso como seu último na chuvosa Seattle, enquanto já está de malas prontas para a ensolarada California. Mas o que ela não esperava era que um caso de desaparecimento fosse virar um homicídio bárbaro e que ela se envolveria de uma forma intensa com o caso. E como se não bastasse, Sarah ainda tem que lidar com um filho problemático e com a espera que seu noivo tem de lidar.

Na outra frente de investigação eis que temos o personagem mais enigmático e o mais sensacional, Stephen Holder (Joel Kinnaman), o detetive que está pronto para assumir a cadeira deixada pela Sarah. Enquanto ela é uma detetive séria, que se leva pelo seu instinto e pela sua experiência, ele é mais algo próximo do canatrismo e engana-se quem pensa que ele não possui nenhum dote investigativo.

Porém as peças do quebra-cabeça, que só surgiram a partir de uma peça de roupas e que levaram a um veículo submerso num lago do parque florestal, cresce de uma forma realmente inesperada (pelo menos pra eles). E é assim que se finaliza o piloto, com uma cena emocionante dos pais da garota logo após encontrarem o corpo dela.

E sem pausas, rumo direto ao episódio que sucedeu ao piloto, as investigações e a pergunta "Quem matou Rosie?" começaram a serem feitas. Além de tudo isso, a produção também se preocupou com os arcos menores, o que deram um brilho diferente ao que nos acostumamos e mostrou que uma história não é só feita de uma única trama.
© AMC / Reprodução
E como se não bastasse na rede de intrigas da série, descobrimos que o carro pertence a campanha do candidato à prefeito, o vereador Darren Richmond (Bill Campbell), que esconde muitos segredos e que está diante de um "traidor" dentro de seu comitê de campanha.

Mas a lista de suspeitos não para por aí. Tem o ex-namorado de Rosie, Jasper Ames (Richard Harmon), os próprios integrantes do comitê do vereador Richmond e também outros que ainda deveremos conhecer. Em resumo, um piloto onde buscamos respostas e pistas onde o corpo da Rosie estaria e um segundo episódio onde procuramos respostas para tal atrocidade.

Vale destacar também o recurso que o Holder usou para descobrir "a jaula", o lugar onde eles poderiam "festejar". E, aparentemente, foi lá onde ocorreu o primeiro ato do crime que nos levará a um mundo de segredos e mistérios envolventes.

Outro destaque, que eu inclusive já falei, foi a liberdade do roteiro em manter as histórias secundárias e mostrar o dilema e os problemas que a família Larsen terá de enfrentar. Além de é claro, dos bons pais Mitch (Michelle Forbes) e Stan (Brent Sexton), vimos uma apresentação realmente sensacional dos garotos que interpretam os irmão da Rosie.

E depois de um ritmo cadenciadamente muito bom e de uma combinação espetacular de drama e suspense, nem preciso dizer do quão feliz que eu fiquei após esses episódios. The Killing, dentre as grandes apostas do mês de abril, não pecou em absolutamente em nada. Foi perfeita e também nem preciso dizer do tamanho do potencial da série. E com uma qualidade como a AMC mostrou, fico pedindo mais e mais e a partir de agora, vamos acompanhar essa incrível jornada em busca de respostas para o assassinato de Rosie Larsen.

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