segunda-feira, 20 de junho de 2011

Switched at Birth - 01x02 - American Gothic

© ABC Family / Reprodução
A menor aposta da ABC Family vai se tornando grande em relação às outras e mantém um belíssimo nível de qualidade e começa a desenvolver os personagens. Switched at Birth tem uma trama carregada de clichês, mas é bem feita e consegue arrancar bons momentos.

A trama envolvente da questão da surdez e dos conflitos entre as famílias já começaram e ainda sigo dizendo o quão Katie Leclerc, a Daphne, consegue ser tão convincente. Todos (pelo menos imagino) sabem dos problemas de audição que a atriz tem, por isso ela leva muito o crédito e eleva o nível da série.

O lance do episódio em se basear nestes primeiros conflitos e em conflitos de ideais foi bastante válido. A caracterização de Regina como uma personagem de personalidade forte, a faz como uma das melhores da série, até o momento.

O interessante é ver que diante de tantas coisas, a personagem segue firme em seus preceitos e ainda consegue me deixar curioso pra saber o que esconde. O final do episódio na questão de entrar ou não com um processo contra o hospital que fez "a troca" me fez pensar no que Regina esconde e o que ela teme, afinal.

Diferentemente de Regina, a Kathryn não lhe dá vontade nenhuma de gostar dela. A personagem faz de sua antipatia uma virtude pra criar uma pseuda-antagonista, o que eu particularmente gosto. O fato da série ser bonitinha e não ter aquele vilão ou anti-herói poderia semear críticas ruins, mas Kathryn tem este papel de fingir ser a antagonista.

O exagero absurdo dela e do marido, Jon Kenish, em relação a coitada da Daphne e ao preconceito aos surdos é uma coisa que não agrada a ninguém. Porém, enquanto esta relação Daphne X Pais Biológicos é carregada de absurdos de preocupação, a relação da Bay com Regina é totalmente oposta.

Não sei, não dá para arriscar grandes coisas, e eu tenho mínimas ideias, caso isto seja proposital. Só há esta relação quando Bay dá o primeiro passo. Esta, que por sinal, melhorou em relação ao piloto. Ela já agarrou o carinha lá, metido a ajudante da Regina, e ainda fugiu de seu castiguinho.

Quanto à Daph, o desenvolvimento do caso da surdez sem se expor ao ridículo e abusar de assistencialismo social é o maior ponto positivo da série e uma das qualidades a serem louvadas. O menino surdo da motoquinha foi o pilar para o primeiro desentendimento das famílias e nos fazem questionar valores em relação à nossa própria vida.

O quebra-pau no churrasco semanal da família Kenish resume bem o quão polêmico e quão sério é o assunto. Gostei de ver as duas discutindo em sinais para que os Kenish não entendesse e ficassem perguntando "What?!". Mas o melhor é a transparência e a sinceridade que foi passada nesta cena.
© ABC Family / Reprodução
Esta é a filosofia de Switched at Birth, que, em dois episódios, me conquistou de ante-mão e vai mostrando as suas qualidades de forma simples e de se aplaudir, vindo de uma ABC Family da vida. Que venham os próximos episódios desta gostosura que é o debate sobre os nossos princípios e sobre a surdez.

Mas antes de encerrar, alguém me explica qual é a função do Lucas Grabeel na série? De verdade, eu não entendo o que o ex-irmão da Sharpay (Ashley Tisdale, em High School Musical) fica fazendo de relevante para Switched at Birth. Aparecer de sapatinho rosa e tocar violão durante os episódios? Assim é bem fácil ganhar dinheiro (Mãe, quero um emprego igual a este!).

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