terça-feira, 26 de julho de 2011

Alphas - 01x02 - Cause & Effect

Déjà vu. Sem mais.
© Syfy / Reprodução
Sabe a sensação de assistir ao mesmo plot? Então, Alphas essa semana nos traz uma linda homenagem para Fringe, ou então uma bela cópia para sambar na cara do titio J.J. Abrams. A mesma história base do episódio The Plateau (3x03) fora aqui utilizada, apesar disso, o episódio e a trama se encaminhou de tal forma, que logo nos esquecemos disso.

Como bem imaginado, Alphas traz mais uma linha procedural e, apesar de tudo, começa a encaminhar um bom plano de fundo. Marcus Ayres, um ex pupilo do Dr. Rosen e "aprisionado" numa espécie de prisão mega evil para Alphas de má conduta, é o cidadão, digo, a aberração do episódio.

Ainda dito isto, a sequência cinematográfica, a fuga da ambulância com tudo meramente calculado, os efeitos bem cuidados e sem muito esforço, enfim, tudo referente ao Marcus e sua fugidinha foi bem feita.

No piloto fomos introduzidos a "Red Flag", neste fomos introduzidos a esta prisão. Dois elementos nada criativos, entretanto, que sempre acaba rendendo bons frutos. Assim como o personagem de Fringe citado acima, ele é um matemático doido que consegue calcular através de um elemento todas as possibilidades exatas e candear uma espécie de cadeia de eventos lógicos.

Um ponto antes a analisar e que eu particularmente gosto é que os super-humanos, ou super-qualquer-outra-coisa-que-eles-desejam-ser-chamados, da série são todos teorisados e explicados como fenômenos científicos e a série consegue extrapolar o óbvio em não se basear em tese extraterrestre, de exposição a conteúdo radioativo ou de procedência sobrenatural.

Marcus, além de inserir sua própria storyline a série, consegue dar um aprofundamento ao Cameron Hicks, que deixa de ter um poder esquisito e passa a ter algo como base. E apesar de todo o cientifismo, a série exibe os trejeitos humanos como eles bem são: humanos.
© Syfy / Reprodução
Eles fazem isso tão bem que o autismo exorbitado de Gary e o mau-humor característico do Bill irritam até quem tem muita paciência. Por outro lado, nos fazem manter o pé no chão e não ficar esperando por uma ameaça de apocalipce, uma guerra entre mundos (ou universos) ou algo do gênero.

E como não basta ter apenas o elenco Alpha que possam nos irritar, a série implantou outro: Nathan. Um humano típico e babaca de séries policiais, que apesar de muitas vezes nos fazerem rir de tamanha irritação. E como se não bastasse, ao meio das explosões dos gases no esgoto (não eram puns, eram outros gases mesmo), Nina e Hicks quase se pegando lindamente após uma queda clichê de um sobre outro.

Montar a história com base no xadrez, de que a vida não é causada por acasos (não, também não é pelo destino), o episódio foi interessante a nos fazermos questionar pelo próximo passo do Marcus, que já afirmou que algo muito maior está por vir e que ele precisava avisar o Dr. Rosen.

Como já deu pra perceber, esse foi mesmo o episódio do Marcus e do Dr. Rosen. Dr. Rosen por poder ser a chave de uma "cadeia" maior e Marcus por prever tudo isso, além de também de suas relações com Nina no passado e o que poderia ter sido diferente.

Aos outros Alphas, restou fazer mera figuração. Rachel, Cameron, Bill e Gary pouco apareceram e mesmo os dois últimos sendo bem irritantes, acabaram nos presenteando um bom diálogo do menino-iPod dizendo "I'm not Google-guy".

Estou torcendo muito para que tudo que aqui foi criado seja bem trabalhado, Alphas ainda tem muito a apresentar e, sem dúvidas, tem um bom potencial para isto. Fãs de sci-fi e acostumados com produções da Syfy tem um prato cheio aqui.

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