sexta-feira, 29 de julho de 2011

Alphas - 01x03 - Anger Management

Mais um caso semanal, mais uma sensação de já ter visto isso em X-Files ou Fringe, mas nem por isso deixou de ser bom.
© Syfy / Reprodução
Minto. Alphas não foi só bom como costuma ser, Alphas soube extrapolar seu ponto de controle, usou e abusou do caso semanal para isso e foi acima da média, mesmo deixando sua trama principal e sua mitologia de lado a certo ponto.

Meus medos e meus receios sobre a série e sua temática foi posta a escanteio com mais um episódio. Sou mesmo dessas pessoas que diz e torce mesmo por esta série. Ela, assim como as já citadas X-Files e Fringe, e apega exclusivamente ao teor físico-científico da coisa. Apesar de um Alpha ter sua devida "habilidade", não é por isso que ele vai deixar de ser humano.

Creio até que esta foi a proposta do episódio. Mostrar não só as relações interpessoais dentro do conjunto do Dr. Rosen, mas sim mostrar que eles possuem seus certos medos e incertezas, que mesmo com as tais "habilidades", eles possuem suas devidas fragilidades.

Diferentemente de Heroes onde qualquer um podia salvar o mundo, em Alphas vemos clara e exclusivamente que isto deverá ser feito em equipe, que um erro pode ser fatal, como foi neste episódio.

O Alpha-delinquente ficou por conta de Matthew, que quis mesmo nos fazer crer que a menina era a vilã, digo, o ser com problemas, até porque, tudo e todos em Alphas são tratados como humanos com problemas.

Já digo que me assustei com a ousadia que o episódio teve ao botar, literalmente, para quebrar. A cena maluca do escritório do Dr. Rosen foi um tanto divertida e genial, foi um divisor sobre a minha opinião por Gary e Bill, e só realça tudo o que já fora dito.
© Syfy / Reprodução
O autismo de Gary que me irritava desapareceu após a mais profunda e inteligente reflexão do menino sobre a morte. Cameron Hicks e todo o seu presticismo ao garoto, nos mostra também o lado pai do moço. Além também de Nina, que no seu ataque de desespero e sanidade do seu poder, ficou ressentida por induzir as pessoas.

Rachel teve seu drama pessoal um tanto desenvolvido. Foi meio que expulsa de casa e vai passar uma estadia com tudo grátis com a Nina. O que menos me interessou foi a explicação do poder mais suado da série, o do Bill.

Acho que esse foi o único detalhe a se corrigir dentre o episódio. Explicar melhor o motivo e as razões do agente, a montanha de músculos, não ter sofrido aos feromônios de Matthews, que foram mostrados excelentemente sem muito enfeite pelos efeitos da produção da série.

A perda do Wilson foi necessária para tudo isso, não só para explicar o poder do Matthew e suas induções de feromônio, mas para também nos aprofundar pelo olhar clínico-psicológico dentro de cada personagem.

Alphas conseguiu manter minhas iniciais e reais expectativas, que mesmo não sendo altas, mostra que o mínimo de respeito por quem assiste. Há quem diga que não passa da primeira temporada, mas eu digo o contrário. Se for bem utilizada e explorada, tem canho para muito tempo.

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