Vingança é um prato indigesto, ainda mais quando assume o risco de cutucar o seu ego.
Nossa, nunca comecei um texto de Revenge em um nível cult tão alto, mas para retratar o sentimento da personagem de Emily VanCamp ao término do episódio, foi o mais conveniente. Aliás, não tem como não achar excelente um episódio desses.
Tenho gostado como a produção vai contando a história de Amanda Clarke e seu caminho até completar a sua trilha de vingança, acho que não imaginaria onde chegamos hoje após o piloto. A trama amadureceu e cresce cada vez mais a cada episódio.
E como não podia começar diferente, parecia inevitável ver que Emily/Amanda iria digerir melhor a ideia de ter uma irmã e utilizaria as fitas para acabar com Victoria durante sua separação litigiosa com Conrad Grayson. Entretanto, eu não esperava que ocorresse tão rápido a descoberta e a utilização das fitas contra Victoria.
Quem acompanha séries americanas, sabe como bem funciona as coisas, principalmente quando o assunto é mais delicado. Eles sempre acabam retardando as descobertas, isso quando é descoberto, pois em outras vezes isso nem acontece.
E neste quesito, agilidade, o episódio e o roteiro foram bem feitos e trabalhados. Souberam aproveitar o tempo com diversos plots e arcos. E um deles, que poderia derrubar Emily se o advogado de Victoria não estivesse maracutaiado (se é que esta palavra existe) com Emily/Amanda.
Fakeanda segue achando tudo as mil maravilhas nos Hamptons, e Victoria não estava botando fé que ela fosse a filha de David Clarke. Conseguiu armar para fazer um teste de DNA com amostra da saliva de Fakeanda e comparou com amostras de Charlotte.
Poor Charlotte. O núcleo teen dela nem foi tocado, mas sua relação com os pais foram muito atingidas. Primeiro por seguir alimentando o ódio por sua mãe após o fatídico episódio do videotape em que Victoria "desejava" que a menina nunca houvesse nascido.
E segundo por estar sendo mal-tratada por seu pai, ou por quem ela acha sê-lo. Achei lindíssima a cena em que ela buscou nos braços de sua irmã (mesmo não sabendo) o reconforto por conta do olhar de seu pai, a sequência do desabafo é muito bonita.
Aliás, Emily será a irmã mais velha que Charlotte nunca teve, isso por conta de um dia vir a ser uma Grayson. Pois é, ela aceitou a proposta de Daniel que esteve bastante ocupado em não fazer praticamente nada durante o episódio inteiro.
Já Ashley, atentem-se bem à ela. Pode parecer irrelevante sua presença na série, mas eu começo a apostar que ela será uma bitch ainda maior do que o Tyler foi, posso estar enganado quanto ao seu futuro, mas é uma grande candidata, principalmente por saber o segredo de que Charlotte não é filha de Conrad.
Voltando a Victoria, eu passei boa parte do episódio numa empatia gigantesca com a personagem para no fim morrer de ódio e xingá-la das mais baixas palavras possíveis e existentes. Enquanto Emily reconsiderava a proposta de casamento (soa melhor em inglês), Daniel narrava para ela o que sua mãe lhe disse.
Segundo Victoria quase ex-Grayson, David Clarke a abusou e esturpou-a, engravidou-a e foi eliminado de Revenge, ops, programa errado. Sério, me bateu um ódio da personagem de Madeleine Stowe que a frase final de Emily entrando de novo para o jogo ao responder a pergunta de Daniel resume a minha torcida:
Daniel: Você ainda quer entrar na minha família?Emily/Amanda: Mais do que nunca!
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