domingo, 25 de março de 2012

Touch - 01x02 - 1+1=3

Aprofundando a relação pais e filhos.

Fazendo a irreal matemática de 1 mais 1 ser igual a 3, Touch mostra que o seu caminho a trilhar ainda não está bem definido, uma vez que a cada semana apresenta mini-filmes bem estruturados onde as histórias "tocam-se" entre si.

É muito bonito colocar no papel uma ideia complexa e o grande problema da série será se sustentar em uma história suficientemente capaz de te comover, te emocionar, literalmente te tocar. Só que a virtude, no entanto, deste episódio esteve presente no aprofundamento da relação que Martin e Jake nunca tiveram, e talvez nisto o episódio não tenha só acertado com louvor, mas também como conseguiu colocar em um script através de histórias paralelas conciliações que poderão um dia ocorrer entre Martin e Jake.

Aliás, o personagem de Kiefer Sutherland será o soldado de chumbo de seu filho, indo onde quer que os números lhe levar, utilizando os malditos padrões explicados no piloto para intervir da melhor maneira possível e solucionar diversas histórias ao mesmo tempo.

Outra coisa, a história e a relação entre pais e filhos foram testadas neste episódio, mesmo que para isso precisou utilizar de uma história onde não houvesse essa relação, não de maneira exposta e claramente definida.

A reação de Martin Bohn para defender a vida do dono da loja acarretou inúmeras séries de mudanças, onde, mais uma vez fazendo trocadilho com o nome da série, a vida de pessoas então desconhecidas são tocadas por outras igualmente desconhecidas.

Em relação a amarração das histórias, este episódio foi bem menos complexo do que o caso envolvendo o piloto, entretanto, eu gostei mais deste do que do anterior, mesmo levando a uma conclusão previsível sem fazer previsões e provisões com continhas com a sequência matemática de Fibonacci (chupa, Jake!).

A única coisa desnecessária foram as japonesas, onde eu não entendo a necessidade da aparição delas no episódio, uma vez que foram utilizadas apenas como uma transição de cena para o encontro das vidas da comissária de bordo (elas odeiam ser chamadas de aeromoças) responsável por um cachorro e do indiano com o sonho de espalhar as cinzas de seu pai no estádio de beisebol de Nova Iorque.

As histórias correram bem, ao ponto de tudo ser resolvido, como o menino russo filho do mafioso que cobrava o dono da bola de beisebol e que tentou roubar a loja do cara que tinha-lhe contratado para assassiná-lo, mas por conta do Martin iria tentar se suicidar, impedido pelo encontro com sua filha, levada pelo cachorro dos minutos iniciais solto por Martin, mesmo sem a intenção.

Ponto alto é o ataque de pelancas do menino Jake ao ser "tocado" pelo seu pai, mesmo em condições "desesperadoras". A assistente social, em compensação, presente por pouco tempo no episódio, me pareceu bastante ausente, gostei de sua interação direta com o caso do piloto, acho interessante utilizá-la para os próximos episódios da temporada.

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